sábado, 3 de janeiro de 2015

Lucas 19

Comentário devocional:

Zaqueu era um homem pequeno. Ele não só era baixo fisicamente, mas também agia com outras pessoas aquém do esperado, tomando delas mais do que deveriam em impostos. Como chefe da coleta de impostos da cidade de Jericó, ele recolhia as taxas aduaneiras de todos que cruzavam o rio Jordão. E, neste trabalho, ele era realmente pequeno na honestidade. Seus companheiros judeus odiavam até seu nome, que significava "Puro". Que paradoxo alguém cuja riqueza veio da injustiça ser chamado de "puro"!

Contudo, Zaqueu não era totalmente pequeno em termos de pureza. Ele tinha ouvido falar de Jesus, o rabino que gostava de cobradores de impostos. Quando lhe disseram que Jesus estava chegando a Jericó, Zaqueu decidiu vê-Lo. Mas ele era muito baixo para ver por cima das cabeças das pessoas. "Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali." (Lucas 19:4 NVI).

Dali a poucos momentos Jesus passou debaixo daquela árvore, parou e olhou para cima. Uma risada se espalhou pela multidão quando perceberam o que Jesus tinha encontrado sentado na árvore. Mas Zaqueu ouviu apenas as palavras de Jesus: "Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje." (v. 5 NVI). Zaqueu, então, desceu rapidamente da árvore, abriu o caminho para a sua casa e acolheu Jesus com alegria. A multidão, entretanto, se queixava de Jesus, dizendo: "Ele Se hospedou na casa de um pecador” (v. 7 NVI). Sem dúvida, muitos na multidão haviam tido seu suado dinheiro roubado por Zaqueu. Eles o consideravam um ladrão.

Antes de condenarmos a multidão, pensem no murmúrio que se espalha através de uma igreja – da qual fazemos parte - quando certos pecadores entram por seus corredores. Quanto à multidão que condenava Zaqueu, esta se silenciou quando Zaqueu se levantou e fez uma promessa surpreendente: Ele restituiria em quatro vezes tudo o que tinha tomado de forma desonesta e daria metade de seus bens aos pobres. Quem poderia duvidar da veracidade de tal arrependimento?

Quando você vem para Jesus, você também deve corrigir alguns aspectos de sua vida. Não se preocupe com o que a multidão irá dizer, ou pensar. É a aprovação de Jesus que conta. Sua reputação ou os seus bens podem se perder, mas Deus pode abrir as comportas do céu e dar-lhe maiores riquezas espirituais, bem mais do que você recebeu até agora. O que Zaqueu recebeu naquele dia foi a inestimável garantia de Jesus: "Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão." (Lucas 19: 9).

A salvação não é apenas uma mudança nos registros do céu. A salvação se processa dentro de nós e vêm na pessoa de Jesus. Ele Se convida à nossa casa, para comer e viver conosco. Ele quer realizar em nós o que disse ser a Sua missão: "Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido." (v 10 NVI). Como Zaqueu, receba Jesus com alegria e conceda a Ele o controle de sua vida e o que você tem.

Douglas Jacobs, D.Min.
Professor do Ministério e Homilética
School of Religion, Southern Adventist University




Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/19/

Traduzido por JAQ/GASQ

Texto bíblico: Lucas 19 

Comentário em áudio 

Lucas 19 - Comentários selecionados

2 Zaqueu. Do gr. Zakchaios, do heb. Zakkai, que significa "puro". ... Zaqueu seria hoje um funcionário do Ministério da Fazenda.  CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 938, 939.

maioral dos publicanos. Jericó, na fronteira com a Transjordânia (Pereia) facilitava a arrecadação de impostos. Zaqueu, sendo chefe, recebia uma porcentagem de todos os impostos coletados. Bíblia Shedd.

O vau a leste de Jericó era um dos três pontos mais importantes entre o Mar da Galileia e o Mar Morto, nos quais o rio poderia ser atravessado mesmo na primavera.  CBASD, vol. 5, p. 939.

e rico. Apoiados por Roma, os publicanos costumavam recolher mais impostos do povo do que a lei exigia (ver p. 53, 54; ver com. de Lc 3:12). CBASD, vol. 5, p. 939.

Zaqueu é um tipo de pessoa tida por "impossível aos homens" (cf 18.24-27). Bíblia Shedd.

3 procurava ver quem era Jesus. Não como o curioso Herodes (9.9), nem como as multidões incrédulas (cf 11.16, 24ss), mas com a insistência do cego (cf 18.41n). Bíblia Shedd.

É possível que ele já esperasse uma oportunidade de ver Jesus havia algum tempo. O início da obra de João batista se deu em Betânia [não a aldeia de Maria, Marta e Lázaro], do outro lado do Jordão, local não identificado, mas que talvez ficasse perto de Jericó (ver com. de Mt 3:2; Jo 1:28), e Zaqueu se u ira às multidões que o ouviam pregar (DTN, 553). Talvez ele estivesse entre os publicanos que perguntaram a João: "Mestre, que havemos de fazer?" (Lc 3:12). Zaqueu ficou impressionado com a mensagem de João e, embora não tenha passado por uma conversão verdadeira na época, as palavras do Batista começaram a crescer como fermento em seu coração (DTN, 553). Antes dessa ocasião, Zaqueu ouvira de Jesus e começara a obra de confissão e restituição (DTN, 553). Cheio de expectativa, ele ansiava ver a Cristo e aprender dEle o estilo de vida mais perfeito. CBASD, vol. 5, p. 939.

mas não podia, por causa da multidão. As ruas estreitas das cidades antigas, em geral pouco mais amplas do que os braços abertos de uma pessoa, de uma parede a outra, dificultavam ainda mais o problema de Zaqueu. CBASD, vol. 5, p. 939.

4 correndo adiante. Zaqueu ouviu a notícia de que o Mestre havia entrado em Jericó. (ver DTN, 553). Sem dúvida, com as multidões que passavam pela cidade a caminho da Páscoa [em Jerusalém], o chefe dos cobradores de impostos ... estaria mais ocupado que de costume. Mas ele pôs tudo em ordem a fim de ter um vislumbre de Cristo. CBASD, vol. 5, p. 939.

subiu a um sicômoro. Um procedimento indecoroso para um homem como Zaqueu. ele estava disposto a ser excêntrico para não perder a oportunidade de um vislumbre do Mestre. CBASD, vol. 5, p. 939.

sicômoro. Trata-se de uma árvore baixa, de galhos espalhados, que proporciona boa sombra. Dificilmente uma árvore como esta seria encontrada nas ruas das cidades antigas. Elas geralmente ficavam à beira da estrada, fora da cidade. CBASD, vol. 5, p. 939.

6 Me convém ficar hoje em tua casa. Esta é a única ocasião registrada em que Jesus Se convida para ficar na casa de alguém. Um homem da posição de Zaqueu certamente teria cômodos amplos para receber convidados, e Cristo sabia que o publicano não passaria vergonha mesmo que as visitas fossem inesperadas. Não se diz como Jesus reconheceu Zaqueu a ponto de chamá-lo pelo nome. É possível que alguns dentre a multidão tenham contado ao Mestre, mas é bem provável que seja um exemplo de conhecimento sobrenatural (ver Jo 1:47). CBASD, vol. 5, p. 940.

7 Todos ... murmuravam. Para o "povo" era mais fácil louvar a Deus pelo milagre da cura de Bartimeu (cf 18.24), do que pelo milagre maior da conversão de um grande pecador (cf 15.28, 30). Bíblia Shedd.

8 resolvo dar aos pobres a metade de meus bens. Para os judeus, cuidar dos pobres era o mais importante ato de piedade e de aplicação prática da religião. Deus deixou instruções específicas quanto ao cuidado desse grupo (ver Lv 19:10, 15; 25:35-42; Et 9:22; Rm 15:26; ver com. de Mt 5:3). CBASD, vol. 5, p. 940. 

A disposição voluntária de distribuir livremente a riqueza que ele havia adquirido de forma injusta era uma evidência da conversão de Zaqueu. "Não é genuíno nenhum arrependimento que não opere a reforma" (DTN, 555). A iniciativa voluntária de Zaqueu foi o posto da recusa do jovem rico de abrir mão de suas riquezas quando Jesus o chamou a fazê-lo (ver com. de Mr 19:21, 22). A experiência de Zaqueu evidencia que um rico pode entrar no reino dos céus (ver com. de Mt 19:23-26). CBASD, vol. 5, p. 940.

Zaqueu demonstra a realidade da sua conversão pela profunda gratidão que sente ao ver em Cristo o único valor real. Bíblia Shedd.

quatro vezes mais. Quando a restauração era voluntária, a lei de Moisés exigia apenas o acréscimo de um quinto do valor tomado (ver Lv 6:5; Nm 5:7). A restauração quatro vezes mais era uma das penalidades extremas por roubo deliberado com perda dos bens (ver Êx 22:1; ver com. de 2Sm 12:6). ... O montante que Zaqueu prometeu restaurar era a melhor evidência de que ele havia passado por uma sincera mudança. CBASD, vol. 5, p. 940.

9 salvação. Jesus tinha dito precisamente que é difícil um rico ser salvo (18:24-25); a salvação de Zaqueu mostra que isso não é impossível (18.27). Bíblia de Genebra.

filho de Abraão. Judeu verdadeiro - não somente por ser da linhagem de Abraão, mas também por andar "nos passos da fé" de Abraão (Rm 4.12). Jesus reconheceu o publicano como tal, embora a sociedade judaica o tivesse excluído. Bíblia de Estudo NVI Vida.

o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido. Ou, "o que estava perdido" (NVI). Ver com. de Mt 1:21. O termo da ARA sugere todos os pecadores. No entanto, Jesus veio restaurar não só as pessoas, mas também tudo aquilo que se perdeu por causa do pecado do ser humano. O mundo em si será conduzido novamente à beleza edênica, habitado por uma raça sem pecado e "o que estava perdido" será transformado nos "tempos da restauração de todas as coisas" (At 3:21). CBASD, vol. 5, p. 941.

11 propôs. O texto grego diz, literalmente, "acrescentou e disse", o que seria uma redundância. Trata-se de uma expressão idiomática hebraica usada em outras partes do NT e que evidencia uma influência do hebraico no texto dos evangelhos (Lc 20:11, 12; At 12:3; etc.; ver também Gn 4:2; 8:12; 25:1; Jó 29:1). CBASD, vol. 5, p. 941.

A parábola das minas tem o propósito de combater a ideia de que Jesus estabeleceria Seu reino terrestre ao chegar a Jerusalém. Bíblia Shedd.

...os discípulos ainda acreditavam que Ele seria aclamado rei de Israel e que aceitaria o trono de Davi. ... A base para essa concepção errônea sobre os objetivos de Cristo era a expectativa messiânica disseminada pelos rabinos, que se baseava numa interpretação equivocada das profecias messiânicas do AT(... cf. Rm 11:25; 2Co 3:14-16). CBASD, vol. 5, p. 941.

o Reino de Deus ia se manifestar. Esperavam que o Messias aparecesse em poder e em glória para estabelecer seu reino terrestre, derrotando todos os inimigos políticos e militares dos judeus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

12 A parábola dos talentos (Mt 25.14-29) parece-se com esta, mas naquela as quantidades são maiores e variam de tamanho, testando os servos em sua competência para tarefas maiores. Aqui, as quantidades são menores e as mesmas para todos (v. 13). A parábola ensina que cada um tem uma tarefa básica - servir a Deus fielmente. Bíblia de Genebra.

Certo homem nobre. Fica claro que Jesus está representando a Si próprio. Há uma semelhança notável entre esta parábola, comumente conhecida como a parábola das minas, e a dos talentos (Mt 25:14-30). Há também diferenças notáveis. CBASD, vol. 5, p. 942.

partiu para uma terra distante. É possível que Jesus tenha baseado esta parábola em fatos históricos com que Seus ouvintes estivessem familiarizados (ver com. de Lc 15:4). CBASD, vol. 5, p. 942.

13 Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas. Cada servo recebeu uma mina, o equivalente a cem dracmas (15.8, nota), ou o pagamento de vários meses de trabalho. Bíblia de Genebra.

Do gr. mnai, palavra derivada do heb maneh (ver vol. 1, p. 142, 145). Nos tempos de Cristo, a mna, era equivalente a cem dracmas. ... uma mina equivalia ao salário de cem dias de trabalho. CBASD, vol. 5, p. 942. [Ver tb o com. de Dn 5:25, 26, "mina, mina, sheckel"].

Negociai até que eu volte. Ver Lc 19:15; cd Ez 27:9, 16, 19, 21, 22. A quantidade de 385 g de prata parece ser pouca para o "homem nobre" dar a um de seus "servos" como capital. ... Entretanto esta era uma forma de testar as habilidades de cada servo, com a expectativa de atribuir responsabilidades mais importantes no futuro. As palavras "até que eu volte" sugerem que o nobre planejava ficar fora durante um período indeterminado. Por meio dessas palavras, Cristo também subentende que Ele também ficaria fora por um período considerável antes de voltar para dar a recompensa aos fiéis. CBASD, vol. 5, p. 942.

14 seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada. Quando Arquelau, filho de Herodes, foi a Roma procurando por seu reino, seus súditos judeus enviaram uma delegação para pedir que ele não fosse feito rei sobre eles. Bíblia de Genebra.

Não queremos. Os judeus não queriam aceitar a Cristo como seu rei. Perante Pilatos, declararam: "não temos rei, senão César!" (Jo 19:15), rejeitando a Jesus por completo. CBASD, vol. 5, p. 942, 943.

15 Quando ele voltou, ... mandou chamar os servos. O nobre queria saber como os seus servos haviam se saído na administração de seus bens e planejava lhes atribuir responsabilidades como oficiais em seu reino, a cada um segundo a habilidade demonstrada. CBASD, vol. 5, p. 943.

16 o primeiro. São relatadas só as experiências de três dos dez servos, como exemplos de variados graus de desempenho. CBASD, vol. 5, p. 943.

rendeu dez. O lucro foi de mil por cento do capital investido. ... O primeiro servo servo demonstrou habilidade incomum em sua iniciativa de negócios. Isso refletia sua devoção ao senhor, além de diligência e fidelidade no cumprimento de seus deveres. CBASD, vol. 5, p. 943.

16-19  Dois servos trabalharam bem e foram recompensados com posteriores oportunidades de serviço, proporcionais ao seu sucesso. Notar a modéstia deles ("tua mina rendeu"). Bíblia de Genebra.

20 lenço. Do gr soudarion, do latim sudarium, derivada do radical sudor, "suor". O "lenço" era um pedaço de pano usado como peça de vestuário. Papiros mencionam o soudarion como parte do dote da noiva. CBASD, vol. 5, p. 943.

21 tive medo de ti. O principal motivo do temor deste servo era sua atitude errada em relação ao mestre, que parceia esperar que cada um fizesse seu melhor absoluto e nada menos. Fica óbvio que este servo era preguiçoso. O teste que o "nobre" lhe dera, se bem aproveitado, teria sido útil para ajudá-lo a superar essas características. CBASD, vol. 5, p. 943.

o que não semeaste. O que o servo disse, na verdade, foi: "De qualquer maneira, você pegaria o que eu ganhei e eu não teria recompensa por meus esforços. Qual é, então, o sentido de me preocupar tanto?" A recompensa recebida pelo primeiro e segundo servo é prova de que a falha se encontrava no terceiro servo, não no senhor. CBASD, vol. 5, p. 944.

22-26 A punição por não usar o que recebeu foi perder o que tinha recebido, um princípio de ampla aplicação. Os que usam suas oportunidades espirituais encontram mais, enquanto os que nada fazem com elas perdem a habilidade que tinham recebido. Bíblia de Genebra.

22 por tua boca. Os que sempre culpam os outros pela falta de sucesso acabam denunciando os próprios defeitos de caráter. Deixam claro que não podem ser encarregados de maiores responsabilidades. CBASD, vol. 5, p. 944.

23 banco. Do gr trapeza, "mesa"; refere-se à mesa de um cambista, daí, "banco" (ver Mt 21:12; Mc 11:15; Jo 2:15). CBASD, vol. 5, p. 944.

24 Tirai-lhe. O servo não parece receber castigo, a não ser a punição de devolver sem juros o capital que lhe fora confiado. CBASD, vol. 5, p. 944.

26 mais será dado. Os que buscarem no evangelho lucros espirituais para si e para o próximo ficarão espiritualmente mais ricos, mas os que negligenciarem ou esbanjarem o que lhes for dado ficarão empobrecidos, perdendo até mesmo o que já possuem. Bíblia de Estudo NVI Vida.

27 Quanto a esses meus inimigos ... executai-os. Isto é, aqueles que se rebelaram na ausência do nobre e tentaram impedi-lo de receber seu reino. ... Ao que tudo indica, os opositores do nobre não mudaram a conduta. Continuavam a ser contrários a seu governo, e a única forma de resguardar a paz e a segurança do reino era eliminá-los de uma vez por todas. CBASD, vol. 5, p. 945.

Jesus, também, retornará para estabelecer Seu reino, mas Seu julgamento será fundamentado na justiça, em contraste com o desejo de ganho pessoal e poder evidenciado pelos reis seculares. (Sl 9:8). Andrews Study Bible.

28 subindo para Jerusalém. Ou seja, de Jericó, no vale do Jordão. Em cerca de 25 km, eles subiram 1,5 mil metros de altitude. CBASD, vol. 5, p. 945.

29 aconteceu. Somente Lucas narra o clímax da entrada triunfal, que ocorreu no cume do monte das Oliveiras (v. 41-44). CBASD, vol. 5, p. 945.

Betfagé. Aldeia próxima à estrada que vai de Jericó a Jerusalém. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Betânia. Outra aldeia, cerca a 4 km a sudeste de Jerusalém (Jo 11.18). Nela moravam Maria, Marta e Lázaro. Bíblia de Estudo NVI Vida.

30 um jumentinho. Foi profetizado que um rei entraria em Jerusalém em um jumento, trazendo salvação e paz a toda a terra (Zc 9.9-10). Andrews Study Bible.

no qual ninguém montou. O qual não tinha sido submetido a uso secular (Nm 19.2; 1Sm 6.7). Bíblia de Estudo NVI Vida.

33 Apenas Lucas observa que os donas da jumenta e do jumentinho (ver Mt 21;2) questionaram os dois discípulos enviados para procurá-los. CBASD, vol. 5, p. 945.

31-34 o Senhor precisa dele. Este é o padrão de mordomia no NT. Bíblia Shedd.

32 acharam segundo lhes dissera Jesus. Profecia cumprida era a credencial de um profeta [Esta foi a razão do desespero de Jonas: porque Nínive não foi destruída; e a razão de sua fuga]. Jesus tem o dom da profecia (cf 22.13, 21, 34) e conhece os segredos dos homens (7.30s; cd Jo 1.47ss). Bíblia Shedd.

35-36 pondo suas vestes sobre ele. As vestes, evidentemente, serviam de sela; as roupas pelo caminho formavam um tapete virtual. Bíblia de Genebra.

37 Esta entrada em Jerusalém cumpriu a profecia (Zc 9.9) e foi uma proclamação pública da messianidade, porém messianidade de uma espécie distintiva, uma vez que o jumentinho era o animal de um homem de paz. Um rei conquistador estaria montado num cavalo. O povo parece ter reconhecido a realeza, mas não viu a ênfase sobre a paz. Bíblia de Genebra.

Tradicionalmente, os líderes de uma cidade sairiam para saudar uma autoridade com grande aclamação. Isto foi deixado para os seguidores de Jesus, que celebravam Sua chegada com alegria. Andrews Study Bible.

38 Uma citação do Sl 118.26, porém com uma referência explícita ao Rei. Apenas Lucas tem as palavras "paz" e "glória". ele não inclui "Hosana", que os leitores gentílicos podiam não entender. Bíblia de Genebra.

repreende os teus discípulos. Ao invés de dar as boas vindas ao Rei, estes fariseus O repreendiam. Andrews Study Bible.

39 alguns dos fariseus. Na noite anterior, os líderes de Israel haviam decidido matar Jesus. ... O fato de as multidões deixarem de lado os cultos no templo a fim de ter um vislumbre de Jesus (DTN, 571), especialmente com a temporada pascal se aproximando, era um presságio do declínio do poder dos líderes religiosos da nação, que temiam que Cristo permitisse que as pessoas O coroassem (DTN, 572). CBASD, vol. 5, p. 945.

40 se eles se calarem, as próprias pedras clamarão. Quem é Jesus não será mais segredo. Mesmo que os discípulos deixem de anunciá-lO, as pedras darão testemunho, como fizeram na destruição de Jerusalém (21.6), em cumprimento da palavra de Cristo (v 44). Cf Josefo, Guerras, 6, 5, 3. Bíblia Shedd.

41 vendo a cidade, chorou. Nesta ocasião, ... Jesus chorou audivelmente, pois Ele era capaz de ver aquilo que a multidão não conseguia enxergar: o terrível destino de Jerusalém nas mãos do exéercito romano, menos de 40 anos depois. CBASD, vol. 5, p. 945. 

41-42 Só Lucas registra o lamento de Jesus quando chegou perto da cidade. Jesus sabia que a emoção das multidões não correspondia à genuína percepção espiritual e que as ações levadas a efeito trariam inevitavelmente a guerra e não a paz. Bíblia de Genebra.

42 Ah! Se conheceras ... o que é devido à paz! Isto é, as coisas que os líderes e o povo necessitavam saber a fim de impedir a calamidade e assegurar prosperidade e paz. Eram os requisitos que Deus esperava dos judeus, a fim de poder honrá-los plenamente como nação e transformá-los em Seus representantes para as nações da terra. CBASD, vol. 5, p. 945, 946.

44 a oportunidade que Deus lhe concedeu (NVI). Deus veio até os judeus na pessoa de Jesus, o Messias, mas não O reconheceram, e o rejeitaram (v. Jo 1.10, 11; cf. Lc 20.13-16). Bíblia de Estudo NVI Vida.

não reconheceste o tempo da tua visitação (NKJV). Um termo [visitação] usado para a vinda de Deus, para o bem (Gn 50.24), como aqui, na pessoa de Jesus, o Messias, mas também, quando não atendido, para julgamento (Êx 32:33-34). Andrews Study Bible.

43 sobre ti virão dias. Com visão profética do futuro, os olhos de Jesus captam o que viria e visualizam o exército de Roma cercando Jerusalém e deixando-a desolada. CBASD, vol. 5, p. 946.

os teus inimigos te cercarão de trincheiras. Do gr charax, "estaca", "fortificação" ou "plataforma de proteção". Josefo (Guerra dos Judeus, vi.2; ix.2; xi.4 a xii.2) descreve o cumprimento desta profecia. Ao cercar Jerusalém, a princípio os romanos construíram fortificações de madeira e terra. Quando os judeus as destruíram, os romanos as substituíram por um muro. CBASD, vol. 5, p. 946.

e, por todos os lados, te apertarão o cerco. os romanos cercaram Jerusalém e fizeram seus habitantes passar fome até se renderem. Quando a escassez de alimentos levou ao pânico, as legiões romanas atacaram a cidade e a tomaram. CBASD, vol. 5, p. 946.

44 não deixarão em ti pedra sobre pedra. ...indica completa destruição. CBASD, vol. 5, p. 946.

45 Marcos (11.11-17) deixa claro que essa purificação ocorreu após a entrada triunfal, na segunda-feira da Semana da Paixão. Bíblia de Estudo NVI Vida.

no templo. Especificamente, no átrio exterior (dos gentios), onde animais para os sacrifícios eram vendidos a preços injustos. Bíblia de Estudo NVI Vida.

45-46 Casa de oração transforma-se em covil de Ladrões, quando: 1) O Senhor da casa não é reconhecido (v 42; cf Ml 3.1); 2) A avareza (cf Jr 7.11) substitui a adoração e o amor (cf 1Co 13); 3) A casa do Senhor ("minha") é tratada como "nossa" (cf 1Co 6.19); 4) Palavras e petições egoístas suplantam a intercessão (Tg 4.2, 3). Bíblia Shedd.

47-48 O templo era um lugar normal para o ensino. A oposição a Jesus agora inclui um novo grupo - "os maiorais do povo". Os leigos proeminentes tinham agora se juntado aos sacerdotes e escribas. Bíblia de Genebra.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Lucas 18

Comentário devocional:

Alguma vez você já se perguntou: "Por que eu tenho que continuar pedindo a Deus a fim de que minhas orações sejam respondidas?" Como Jacó lutando com o anjo, nós nos preocupamos: "Devo persistir até eu prevalecer?" Não é de admirar que o conselho comum: "Ore por isso" pareça tão fútil. À primeira vista, a parábola da viúva persistente, em Lucas 18, parece reforçar a ideia de que, a fim de conseguir que nossas orações sejam respondidas, temos que ser persistentes até que Deus nos responda. Jesus está dizendo que os persistentes apelos da viúva para o juiz injusto é um modelo para a nossa vida de oração?

Felizmente, Jesus fornece uma melhor interpretação: "E o Senhor continuou: Ouçam o que diz o juiz injusto” (v 6 NVI). Jesus está nos dizendo para contrastar, em vez de comparar, o juiz injusto com Deus. Deus se preocupa conosco. Todo o plano de salvação é o plano de Deus para nos resgatar do verdadeiro juiz injusto, Satanás. Jesus conclui: "Eu lhes digo: Ele [Deus] lhes fará justiça, e depressa" (Lucas 18:8a NVI). Em face dos ataques de Satanás, Deus agirá rapidamente. Jesus está nos dizendo para perseverarmos na oração, não implorar desesperadamente tentando chamar a atenção de Deus. Nós não somos a viúva suplicante e Deus não é o juiz injusto! Jesus está nos dizendo que, como crentes, devemos perseverar em oração ao reivindicamos a promessa:

Deus fará justiça,
Ele não irá adiar meu pedido.
Ele me fará justiça,
E o fará rapidamente.

Então, persevere na oração, não porque você tem que pedir que Deus o ajude. Persevere em oração porque você acredita que Deus está ansioso para agir em seu benefício. Persevere em oração para continuar crendo em Deus, mesmo quando Satanás tenta levá-lo a duvidar.

Jesus encerra a parábola em Lucas 18:8 com o que parece à primeira vista, uma pergunta estranha: "Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (v 8b). Como esta pergunta de Jesus se relacionada com os pedidos da viúva?

Jesus está nos chamando a perseverar na oração a fim de que não percamos a fé na promessa de Sua Segunda Vinda. Há o perigo de que o nosso foco na sobrevivência nos transforme de crentes em céticos. Podemos ser tentados a duvidar da promessa de Sua vinda. Oração persistente e perseverante, oração que não desiste, é a única maneira de manter a nossa fé no breve retorno de Jesus.

Douglas Jacobs, D.Min.
Professor do Ministério e Homilética
School of Religion, Southern Adventist University



Texto original:  http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/18/

Traduzido por JAQ/GASQ

Texto bíblico: Lucas 18 

Comentário em áudio 

Lucas 18 - Comentários selecionados

1-8 Disse-lhes Jesus uma parábola. A data devia ser março de 31 d.C., pouco depois da ressurreição de Lázaro ... e algumas semanas antes da última Páscoa. E o local devia ser alguma parte da Pereia. CBASD - Comentários Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 930.

Como 16.1-8, esta é uma parábola de contraste. Se um juiz que não teme a Deus (ou ao homem) pode ser levado a vingar uma viúva importuna, quanto mais o Justo Juiz do universo (cf Tg 4.12). No contexto, os crentes perseguidos são encorajados a orar confiantes em Deus, durante o intervalo que há entre a ascensão e a segunda vinda de Cristo. Bíblia Shedd. 

3 viúva. No AT representa (com os órfãos) os desamparados e destituídos de todos os recursos (Sl 68.5; Lm 1.1). Bíblia Shedd. 

5 molestar-me. Literalmente, "dar-me um olho preto [roxo]" (Jesus conta a estória com humor). Andrews Study Bible.

7 Se mesmo um juiz injusto (v. 6) fará aquilo que é direito, quanto mais Deus? Bíblia de Genebra. 

8 depressa. Isto é, no tempo de Deus (2Pe 3.8) e não segundo o nosso [Sem demora = com certeza, cf. Ap. 22:20]. Bíblia de Genebra. 

9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos. Embora eles não sejam mencionados diretamente, fica claro que Jesus estava pensando nos fariseus. CBASD, vol. 5, p. 932.

por se considerarem justos. Isto é, segundo os próprios padrões de justiça, que os fariseus, de modo geral, colocavam em prática meticulosamente, ou pelo menos fingiam fazê-lo. O padrão farisaico de justiça consistia na observância estrita das leis de Moisés e da tradição rabínica. Em essência, era a justificação pelas obras. O conceito farisaico e legalista de justiça operava com base na premissa de que a salvação deve ser merecida por meio da observância de determinado padrão de conduta. Esses líderes davam pouca ou nenhuma atenção à devoção necessária a Deus e à transformação dos motivos e objetivos da vida do ser humano. os fariseus enfatizavam a letra da lei, ignorando seu espírito. CBASD, vol. 5, p. 932, 933.

desprezavam. Aqueles que se consideram modelos de virtude costumam olhar para as outras pessoas com desprezo. CBASD, vol. 5, p. 933.

10 Dois homens. Um deles se considerava santo e subiu com o propósito de se engrandecer diante de Deus e dos semelhantes. O outro olhava para si como um pecador e subiu para confessar suas faltas ao Senhor, clamar por misericórdia e obter perdão. CBASD, vol. 5, p. 933.

subiram ao templo. A palavra deve ser usada em referência à subida das regiões mais baixas da cidade até o monte Moriá [do templo]. CBASD, vol. 5, p. 933.

um, fariseu. Ser fariseu era o mais elevado ideal judaico de piedade na época. CBASD, vol. 5, p. 933.

outro, publicano. Em contrapartida, o publicano representava o nível mais baixo da escala social judaica. CBASD, vol. 5, p. 933.

11 de si para si mesmo. Ou seja, de maneira inaudível, talvez mexendo os lábios ou sussurrando. Aparentemente, o fariseu estava se dirigindo a si mesmo, não a Deus.

Ó Deus, graças Te dou. Sem dúvida, o que ele queria dizer seria: "Senhor, Tu deves ser grato por ter uma pessoa como eu entre aqueles que vêm Te adorar. Sou bem superior ao povo comum. ... O povo comum ficava muito distante de seu exaltado padrão de justiça própria. CBASD, vol. 5, p. 933, 934.

nem ainda como este publicano. Quando os olhos do fariseu detectaram a presença daquele vigarista da sociedade, orou dizendo mais ou menos assim: "Senhor, é deste tipo que estou falando, aquele detestável cobrador de impostos. Alegro-me por não sr como ele." CBASD, vol. 5, p. 934.

12 jejuo duas vezes por semana. O jejum não era ordenado na lei mosaica, a não ser o jejum do Dia da Expiação. Os fariseus, no entanto, também jejuavam nas segundas e nas quintas-feiras (v. 5.33; Mt 6.16; 9.14; Mc 2.18; At 27.9). Bíblia de Estudo NVI Vida. 

De acordo com a teologia dos fariseus, um crédito suficiente de atos supostamente meritórios cancelava a dívida de atos de maldade. CBASD, vol. 5, p. 934.

13 não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu. Olhar para cima era costume quando se fazia oração, mas este homem estava muito consciente de sua indignidade para fazer isto. Ele simplesmente pediu por misericórdia, reconhecendo o seu pecado. Bíblia de Genebra. 

batia no peito. Literalmente, "continuava a bater no peito". As ações do cobrador de impostos evidenciam a sinceridade de suas palavras e constituem uma expressão vívida de seu senso de indignidade. ele se sentia indigno até mesmo de orar. Mas a consciência de sua necessidade o impelia a fazê-lo. CBASD, vol. 5, p. 935.

tem misericórdia de mim (NVI). O publicano não defende suas boas obras, mas, sim, recorre à misericórdia de Deus para lhe perdoar os pecados. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

pecador. A consciência da própria necessidade é a primeira condição para ser aceito por Deus, numa percepção de que, sem Sua misericórdia, estaríamos completamente perdidos (ver PJ, 158). Em contraste com o fariseu, sem dúvida, o publicano pensou em muitos vícios e sabia que já os praticara todos; pensou nas virtudes e reconheceu que não possuía nenhuma delas. Assim como o apóstolo Paulo, ele sabia que era pecador (ver 1Tm 1:15) e necessitava da graça divina. ... O publicano fala como se não existissem outros pecadores e ele fosse o único. Assim como o fariseu, ele se coloca numa classe totalmente separada. Não era virtuoso como as outras pessoas; era um pecador. O fariseu se considerava muito acima dos "demais homens" (Lc 18:11); o publicano se considerava muito abaixo dos outros. CBASD, vol. 5, p. 935.

14 este desceu justificado para sua casa, e não aquele. Isto é, por Deus (Rm 1.17n; 5.1). O fariseu, justificando-se a si mesmo, rejeita a justiça gratuita de Deus (cf Rm 3.20). Bíblia Shedd. 

O fariseu confiou nos seus próprios méritos, não tendo descoberto que nenhuma justiça humana é suficiente diante de um Deus que exige perfeição (Mt 5.48). O publicano confiou na graça de Deus e a encontrou. Bíblia de Genebra. 

O publicano sabia que era pecador (ver v. 13) e essa percepção abria caminho para que Deus o declarasse "sem pecado" - um pecador justificado pela misericórdia divina. ... Era a atitude dos dois homens em relação a sia próprios e ao Senhor que fazia a diferença. CBASD, vol. 5, p. 935.

exalta. O problema do orgulho em oposição à humildade está no centro do grande conflitoCBASD, vol. 5, p. 935.

Lucas 18:14 encerra a "grande inserção" de Lucas, nome às vezes dado ao trecho de Lucas 9:51-18:14 (ver com. de Lc 9:51), pelo fato de os outros evangelhos não registrarem a maior parte dos eventos e ensinos desta seção. CBASD, vol. 5, p. 935.

17 pequeninos... dos tais é o reino de Deus. Receber o reino requer: 1) Humildade, 2) Confiança, 3) proximidade e 4) Uma relação pessoal, como a da criança, que revela maior receptividade diante do amor de Cristo. Bíblia Shedd. 

18 homem de posição. Uma expressão geral para significar alguém da classe superior. Bíblia de Genebra. 

19 Bom Mestre. Esta não era uma forma comum de tratamento no Judaísmo; era mera bajulação. O homem presumiu que seus feitos lhe assegurariam a vida eterna. Bíblia de Genebra. 

Por que me chamas bom? Isto é, "sabes o que dizes? Só aquele que reconhece quem Eu sou, pode chamar-Me bom sem ser hipócrita". Bíblia Shedd. 

22 vende tudo. Este desafio revelou que aquele homem não tinha realmente entendido os mandamentos. Quando ele se defrontou com a escolha, tornou-se claro que seus bens vinham antes de Deus. Bíblia de Genebra. 

Jesus viu que este governante precisava, literalmente, abandonar todas as suas posses para ser completamente comprometido com Deus (ver 3:10; 19:8-9). Andrews Study Bible. 

26 quem então pode ser salvo? (NKJV). Os ricos eram considerados ser especialmente favorecidos por Deus. Se eles não pudessem ser salvos, quem poderia? Andrews Study Bible. 

27 Os impossíveis do homem são possíveis para Deus. Deus, apenas, é capaz de salvar. Andrews Study Bible. 

30 no presente. Os seguidores de Jesus não precisam esperar até que cheguem "ao céu" para começar a receber Suas bênçãos, porque algumas podem ser recebidas mesmo agora. Andrews Study Bible. 

34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas [sobre vv 31-33, os sofrimentos e morte próximos]. Lucas reflete mais do que os outros sinóticos sobre a completa falha dos discípulos em compreender as tristes verdades que Jesus procurava revelar a eles. O motivo era que a mente deles estava cheia de conceitos equivocados quanto à natureza do reino que Cristo viera fundar. Parece que eles não tiravam da cabeça [melhor: "não admitiam"] qualquer coisa que não estivesse de acordo com suas ideias pré-concebidas sobre o assunto (ver DTN, 547, 548). CBASD, vol. 5, p. 936.

35 Ao aproximar-se Jesus de Jericó, um homem cego. Lucas dá a entender que Jesus estava entrando em Jericó, enquanto Mateus e Marcos dizem que o incidente ocorreu quando eles saíam de Jericó (Mt 20.30; Mc 10.46). Parece ter havido duas "Jericós" que distavam aproximadamente em 1,5 km uma da outra; as ruínas da cidade do Antigo Testamento, conquistada por Josué (Js 6), e a cidade construída por Herodes, o Grande. O encontro pode ter acontecido quando Jesus estava deixando a cidade antiga e entrando na nova. Bíblia de Genebra. 

Mateus relata que dois cegos foram curados (ver nota em Mt 20.30). É provável que, pelo fato de um deles tomar a palavra e se destacar, Marcos e Lucas não mencionam o outro. Bíblia de Estudo NVI Vida. 

43 todo o povo. Lucas acrescenta algo que Mateus e Marcos não mencionam: a reação dos que testemunharam o milagre. em contraste com os líderes judeus, que costumavam atribuir o poder de Jesus ao diabo (ver com. de Mt 12.24), o povo comum, cuja percepção não fora cegada pelo preconceito, creditava a Deus o poder de Cristo. CBASD, vol. 5, p. 936.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Preparando-se para a eternidade

A história, no início de Lucas 16 é muito apropriada ao chegamos ao fim de 2014 e começar um novo ano.

Até mesmo o gerente infiel percebeu que precisava para se preparar para o futuro. Ele era um filho deste mundo, um incrédulo desonesto. A lição desta parábola de Jesus é clara: se mesmo os filhos deste mundo percebem a importância da preparação para o futuro, quanto mais devemos nós, como filhos da luz, nos prepararmos para a eternidade!

No limiar de um novo ano, determinemos, pela graça de Deus, caminhar como filhos da luz (v.8), vivendo para Jesus todos os dias, e se preparando para seu retorno glorioso.

Pr. Derek Morris
Coordenador mundial programa RPSP

Lucas 17

Comentário devocional:

Poucas passagens na Bíblia são mais visuais do que a advertência de Jesus aos seus discípulos em Lucas 17:1, 2: "É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem. Seria melhor que ela fosse lançada no mar com uma pedra de moinho amarrada no pescoço, do que levar um desses pequeninos a pecar" (NVI). Jesus também nos mostra como tratar aqueles cujo pecado nos ofende: "Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe." (v 3 NVI). 

Esse é o Evangelho, a boa notícia: porque Jesus morreu por nossos pecados, podemos ser perdoados e ter a vida eterna. Quando perdoamos, até mesmo àqueles que pecaram ou tentaram outros ao pecado, estamos agindo como Jesus. Jesus sugere que deveríamos ter mais medo de levar alguém a pecar, do que se nós mesmos pecássemos. A diferença entre as duas perspectivas pode ser sutil, mas é substancial. É possível que nossos esforços em não pecar possam ser egoístas quando nos concentramos somente em nós mesmos? Jesus continua dizendo que, mesmo que alguém pecasse sete vezes contra nós em um dia e se arrependesse sete vezes, ainda assim teríamos que perdoá-lo (v 4). 

Perdoar alguém sete vezes em um dia para o mesmo pecado não é fácil, mas isso depende de nossa natureza, nossa atitude para com os outros. Colocar quaisquer limites sobre o perdão pode ser uma posição que tomamos por alguma conveniência pessoal. Se julgarmos ao invés de perdoar, não estamos agindo como Jesus. Satanás é o "acusador de nossos irmãos (cf. Zc 3:1, Ap 12:10). Só o perdão fornece uma maneira de curar e restaurar alguém.

  E sobre a ordem de Jesus para repreender um pecador antes de perdoá-lo? Como podemos repreender sem provocar essa pessoa à ira? Em primeiro lugar, devemos lembrar que o propósito de uma repreensão é produzir arrependimento; o objetivo não é pronunciar julgamento. Além disso, a nossa repreensão deve ser motivada por nosso desejo de perdoar e restaurar um relacionamento.

 Ao ler Lucas 17, pergunte a si mesmo como uma repreensão motivada por um espírito de perdão será diferente de uma repreensão efetuada em um espírito de justiça. Como você pode se tornar um embaixador do perdão e restauração aos pecadores mais ofensivos?

Douglas Jacobs, D.Min.
Professor de Ministério e Homilética
School of Religion, Southern Adventist University  



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/17/

Traduzido por JAQ/GASQ

Texto bíblico: Lucas 17 

Comentário em áudio 

Lucas 17 - Comentários selecionados

1 escândalos. "Pedras de tropeço". Aquilo que afasta, do Senhor (cf 17.23; 21.8; Mc 9.43ss; Rm 14.13ss), a um crente menos maduro na fé. Bíblia Shedd.

A palavra grega originalmente designava o alimento colocado na haste de uma armadilha; veio a significar, depois, qualquer coisa que faz tropeçar e cair numa armadilha. Bíblia de Genebra.

10 servos inúteis. Cf iCo 9.16. Deus não é nosso devedor, mesmo quando fazemos tudo quanto Ele pede. O escravo não tem direitos. Bíblia Shedd.

11 pelo meio. Melhor, "entre", isto é, na divisa da Galileia e Samaria, indo para a Pereia, ou Transjordânia. Bíblia Shedd.

12 A lei exigia que os leprosos ficassem longe das pessoas sadias (Lv 13.46); estes leprosos chegaram tão perto quanto possível e gritaram com estardalhaço. Bíblia de Genebra.

18 estrangeiro. Os nove ingratos leprosos representam a maioria do povo judaico diante da missão e a mensagem de Cristo. O samaritano é como uma amostra do acontecimento da antecipada aceitação do evangelho pelos não-judeus. Bíblia Shedd.

O fato de ser ele um samaritano torna tudo mais interessante, pois não se esperaria que ele mostrasse gratidão a um judeu que o curou. Bíblia de Genebra.

19 a tua fé te salvou. "Salvar" tem um duplo significado, de curar e redimir. Fé não é obra meritória mas graça recebida, e portanto motivo de gratidão. Bíblia Shedd.

20-37 Jesus ensina sobre Sua Segunda Vinda. Bíblia de Genebra. 

21 o reino de Deus está dentro de vós. Através do ministério de Jesus, o reino de Deus já está presente nos corações de Seus seguidores. Andrews Study Bible.

Isto é, o reino está presente como uma realidade interior, uma coisa escondida no coração das pessoas (cf. Rm 14.17). Bíblia de Genebra.

23-25 Ainda que alguns procurem falsos messias (21.8-9), a vinda final de Cristo será tão pública que todos saberão. Bíblia de Genebra.

24 como o relâmpago. De forma diferente aos falsos messias que tem aparecido desde os tempos de Jesus, a Volta de Jesus será súbita e amplamente visível (21.27; Ap 1:7). Andrews Study Bible. 

Sua vinda será repentina, inesperada e pública (cf 12.40). Bíblia de Estudo NVI Vida.

27-29 comiam... A ênfase deste trecho não recai sobre a pecaminosidade, mas sobre a indiferença relativa às coisas espirituais e ao juízo. Bíblia Shedd.

As pessoas nos dias de Noé e de Ló levavam uma vida normal neste mundo (Jesus não fala de seus pecados) e negligenciaram sua espiritualidade. Bíblia de Genebra.

30 Filho do Homem for revelado. Na segunda vinda, Jesus estrá claramente visível a todos (1Co 1.7; 2Ts 1.7; 1Pe 1.7, 13; 4.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.

32 A esposa de Ló esteve bem perto do livramento, porém, ao olhar para trás, perdeu-se. Bíblia de Genebra.

33 Quem quiser preservar a sua vida perde-la-á. Jesus repete o ensino de 9.24 de que a vida egoísta e de auto-afirmação significa morte espiritual. Bíblia de Genebra.

34-35 Uma estreita proximidade com algumas pessoas salvas não ajudará no dia da vinda de Cristo. Bíblia de Genebra.

A escolha de estar pronto para a Volta de Cristo é uma decisão que deve ser tomada por cada um, individualmente. Os versos 34-36 não estão falando de um arrebatamento secreto porque, de acordo com o v. 24, a Vinda de Jesus será um evento público. Será então que os anjos reunirão Seu povo dos quatro cantos da terra (Mt 24.31). Andrews Study Bible.

37 Onde, Senhor? (NKJV). Os discípulos queriam saber em qual lugar o Filho do Homem viria (ver v. 24). O provérbio sugere que ele será tão óbvio quanto o ajuntamento de abutres em volta de um animal morto. Andrews Study Bible.