domingo, 30 de junho de 2013

Jó 5

Resumo: "Quem te responderá? O homem nasce para enfrentar problemas. Quanto a mim, eu buscaria a Deus. Não despreze Sua disciplina. Ele fere, mas te cura."


Comentário devocional:

Elifaz acha que o que acontece na vida de uma pessoa é consequência imediata dos seus atos. Portanto, o problema de Jó, na opinião de Elifaz, é ele mesmo. O seu discurso principal é que o homem colhe o que semeia. Jó não deve pedir a ajuda dos céus (v. 1), pois isto é tolice e desonestidade (v. 2). Os bens das pessoas tolas são destruídos, elas morrem na guerra (v. 3,4) e sua colheita é saqueada (v. 5).

 As dificuldades do homem "não nascem do chão", mas, sim, do próprio homem, que "nasce para as dificuldades como as fagulhas voam para cima" (v. 6 e 7, NVI). Por esta razão, deve-se buscar a Deus (v. 8), que é um Deus Soberano (vv. 11-12) e faz o que Lhe agrada, mesmo em detrimento da vontade de suas criaturas, reduzindo-as a meros brinquedos. Se Ele quiser quebrar Seus brinquedos, quem poderá impedi-Lo? Este ponto de vista da soberania de Deus exposto por Elifaz não é bíblico e omite a revelação de Seu amor.

De acordo com Elifaz, Deus escolhe aleatoriamente os caídos e os que choram (v. 11). Ele destrói ativamente as ações mentais dos homens, os impede de consertar as coisas (v. 12) e sua sabedoria e conselhos são dissipados (v. 13). Quando Deus age, os homens encontram apenas escuridão todos os dias. É escolha arbitrária de Deus querer salvar o carente e desesperado (v. 15). Mas há esperança para os pobres (v. 16). Portanto, tudo o que acontece a uma pessoa é disciplina de Deus e não deve ser rejeitado (v. 17).

Elifaz pensava que Deus inflige dor nas pessoas quando Ele acha necessário, e depois os cura quando quer (v. 18). Indiferente se houverem um ou sete problemas, Ele pode proteger o homem contra o mal (v. 19). Na fome e na guerra Ele protege o indivíduo de morte (v.20). Ele protege a pessoa contra falatórios e nada precisa ser temido (v. 21). Pode-se rir da destruição e não ter medo de animais selvagens (v. 22, 23). Isso em virtude da paz que Deus nos dá neste mundo. Neste pensamento de Elifaz, a paz circunda a pessoa e os recursos do céu estão disponíveis para ela agora.

 Falta a Elifaz o correto entendimento das coisas, do ponto de vista bíblico. A diferença entre o pensamento de Jó e o de Elifaz, ambos equivocados, é que o primeiro traz a ideia filosófica do auto sacrifício e o segundo tem o pensamento "comamos e bebamos, porque amanhã morreremos" (Is. 22:13).

Querido Deus,

voltamo-nos para Ti para suprir todas as nossas necessidades, não porque queiramos criar o nosso próprio paraíso na terra, mas porque colocamos em Ti a nossa esperança que o criará para nós ao final. Queremos viver no presente com esta esperança futura em nós. Amém.

 

 Koot van Wyk

Universidade Nacional Kyungpook

Sangju, Coreia do Sul      

Trad/Adap JAQ/GASQ

 

Texto bíblico: Jó 5



Jó 4 - comentários

1. Elifaz. Suas declarações são mais profundas que as de seus companheiros. [...] Ele resume, com grande clareza, a atitude geral que prevalecia em seus dias acerca da relação entre sofrimento e pecado. Há certa dose de verdade no discurso de Elifaz. Ele revela um discernimento perspicaz, mas lhe falta calor humano e simpatia, e erra completamente ao avaliar a situação de Jó. Elifaz é um exemplo de como pessoas sinceras, que deixam de compreender a Deus e Sua atitude para com o ser humano, podem lidar de maneira ineficiente com verdades profundas (CBASD, vol. 3, p. 567).

Elifaz afirmava que recebera conhecimento secreto através de uma revelação especial de Deus (v.12-16) e que ele tinha aprendido muito de sua experiência pessoal (v.8). Ele argumentou que o sofrimento é resultado direto do pecado e que, portanto, se Jó confessasse seu pecado seu sofrimento teria fim. Elifaz via o sofrimento como punição de Deus, que devia ser bem recebido a fim de trazer de volta a pessoa a Deus. Em alguns casos, certamente, isto é verdade (Gál. 6:7,8), mas este não era o caso de Jó. Embora Elifaz fizesse comentários bons e verdadeiros, ele fez três suposições equivocadas: (1) uma pessoa boa e inocente nunca sofre; (2) aqueles que sofrrem estão sendo punido por seus pecados; e (3) Jó, por estar sofrendo, havia feito algo de errado aos olhos de Deus (Life Application Study Bible).

Elifaz [...] e os outros dois acreditavam que aquele excessivo sofrimento era uma consequência do seu [de Jó] pecado e evidência dele. [...] De acordo com essa filosofia, bastava que ele confessasse o seu pecado, e tudo voltaria ao normal e o sol tornaria a brilhar no seu caminho (Comentário Devocional VT - FBMeyer).

O problema dos amigos não se achava tanto no que sabiam, mas, sim, no que não sabiam (Bíblia de Estudo NVI Vida).

Temã era uma cidade comercial, conhecida como um lugar de sabedoria (ver Jer 49:7) (Life Application Study Bible).

2 Elifaz supõe que sua palestra vá ofender a Jó, e, portanto, pede desculpas de antemão (Bíblia Shedd).

5 Elifaz acha que Jó não tinha gabarito de viver à altura das lições que havia dado a outras pessoas que tinham caído na desgraça (Bíblia Shedd).

7,8 O que Elifaz disse era em parte verdadeiro e em parte falso. É verdadeiro que aqueles que promovem pecado e confusão eventualmente serão punidos; é falso que qualquer um que for bom e inocente nunca irá sofrer. Todo o material registrado e citado na Bíblia está alí por escolha de Deus. Parte dele é registro do que as pessoas disseram e fizeram mas não é um exemplo a se seguir. Os pecados, os defeitos, os maus pensamentos e concepções errôneas acerca de Deus são parte da Palavra inspirada de Deus, mas não devemos seguir estes exemplos errôneos somente porque estão na Bíblia. A Bíblia nos traz ensinamentos e exemplos que deveremos fazer assim como aquilo que não deveremos fazer. Os comentários de Elifaz são um exemplo do que devemos evitar - fazer suposições falsas sobre outros baseado em nossa própria experiência (Life Application Study Bible).

12,13 Apesar de Elifaz declarar que sua visão tinha inspiração divina, é questionável se ela realmente viera de Deus porque mais tarde Deus mesmo criticou Elifaz por representá-Lo erradamente (42.7). Seja qual for a origem da visão, ela é resumida em 4:17. Aparentemente, a declaração é completamente verdadeira - um mero mortal não pode tentar questionar os motivos e atos de Deus. Elifaz, contudo, tomou este pensamento e o expandiu, expressando suas próprias opiniões. Sua conclusão (5:8) revela seu entendimento superficial de Jó e de seu soffrimento. É facil que professores, conselheiros e amigos bem intencionados comecem com uma porção da verdade de Deus e, então, errem o alvo (orig: go off on a tangent). Não limite Deus à sua perspectiva e entendimento finito da vida (Life Application Study Bible).

12-21 Aqui, notamos que Elifaz é um místico. No seu debate, depende muito da sua experiência pessoal; fala do que aprendeu em visões e sonhos (Bíblia Shedd).

18, 19 Os anjos realmente cometem erros? Lembre-se de que foi Elifaz quem disse isso e não Deus. Portanto deveríamos ser cuidadosos em construir conhecimento a respeito do mundo espiritual a partir das opiniões de Elifaz  (Life Application Study Bible).[NT: Note que o comentarista não está afirmando nem que a frase é correta nem que não é. Apenas que a palavra de Eifaz não é suficiente para construirmos teologias sobre ela ].

Áudio em inglês do capítulo do dia

Amigos,
uma novidade que pode interessar:
Você pode escutar o capítulo do dia em inglês, através do links enviado pelo boletim diário do blog mundial. Ótimo para quem praticar seu inglês.


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T
Aqueles que se interessarem em receber este boletim diário, podem fazer sua inscrição na página de abertura do blog, em: www.revivedbyhisword.org.
Tenha um ótimo e abençoado dia.
Jeferson.


----- Mensagem encaminhada -----
De: Revived by His Word <revivedbyhisword@ministerialassociation.org>
Enviadas: Domingo, 30 de Junho de 2013 3:59
Assunto: Job 4 - Revived by His Word

Job 4 - Revived by His Word
Good morning, Jeferson, Job 4 is here for you to read!
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Job 4


Read in the NIV or NKJV


Listen  
Then Eliphaz the Temanite answered and said,
If we assay to commune with thee, wilt thou be grieved? but who can withhold himself from speaking?



Jó 4

Resumo: Elifaz diz: "Você vai ficar impaciente? Alguma vez você viu o inocente perecer? Ouvi uma voz: 'Pode um homem ser mais justo do que Deus?' "

 

Comentário devocional:

Elifaz é o primeiro amigo de Jó a responder ao seu lamento. Esses amigos de Jó não tinham conhecimento da história da rebelião no Céu e da prolongada discussão entre Satanás e Deus, a respeito da fidelidade de Jó. A questão era muito maior  do que eles poderiam imaginar.

 

Alguns estudiosos querem ver o lado bom de Elifaz e tentar desculpá-lo por ele estar expondo, em sua fala, o pensamento dominante de sua época. Ele está dizendo que Jó costumava ser um conselheiro e ajudava a muitos (v. 3 e 4), mas agora que a tragédia surgiu em seu caminho, ele se tornou impaciente e agora é ele quem necessita de um conselheiro (v. 5). No verso 7 Elifaz explica o seu ponto de vista, "segundo o que eu tenho visto " (v. 8). A fonte do seu conhecimento é a sua experiência e seus sentidos. Ele tem a idéia de que é no presente que Deus castiga os ímpios e recompensa os fiéis. Aqueles que semeiam problemas, isso mesmo colherão (cf. v. 8). É pela ira de Deus que o ímpio chega ao seu fim, mesmo agora (cf v. 9).

 

Durante uma noite, quando Elifaz tentava dormir, um espírito passou diante de seu rosto (v. 15). Ele ficou com muito medo e tremendo (v. 14). Seu cabelo se arrepiou e ele pulou para fora da cama (v. 16). Ele não podia discernir o vulto corretamente, apesar de estar na frente de seu rosto. A voz culpou os atos de Deus de uma maneira que somos lembrados dos papéis desempenhados por Lúcifer na rebelião no céu. Sua intenção é lançar dúvidas sobre a justiça de Deus. "Seria, porventura, o mortal justo diante do seu criador? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?" (v. 17).

 Estas perguntas feitas com objetivo de gerar dúvidas pedem um não como resposta, o que reforça mais uma acusação a Deus: "Eis que Deus não confia nos seus servos" (v. 18). Esta acusação de culpa de Deus na Terra é ligada à culpa de Deus no Céu, pois Ele "aos Seus próprios anjos atribui imperfeições" (v. 18), tendo, por isso, os expulsado do Céu.

 

Satanás está usando aqui a mesma estratégia que ele usou com Eva em Gênesis 3. Se os próprios anjos não são poupados, os seres humanos não podem esperar nada melhor. Entre a manhã e a noite é Deus quem quebra os seres humanos em pedaços ("Nascem de manhã e à tarde são destruídos", v. 20a). O espírito de atribuição de culpa continua, e Elifaz repete: (v. 20b). "Eles perecerão pela retenção", o que significa que Deus retém as bênçãos dos céus dessas pessoas. Eles são desconectados de suas vidas, são deixados a morrer sem ter conhecimento do porquê.

 

Querido Deus, nós também nos deparamos com tragédias. Pessoas e a nossa consciência querem nos acusar de maldade que merece punição imediata de Deus. Mas nós sabemos que irás recompensar a todos no futuro [não pela nossa (inexistente) justiça, mas pela justiça de Jesus Cristo]. Mantenha-nos na palma da sua mão. Amém.

 

 Koot van Wyk

Universidade Nacional Kyungpook

Sangju, Coreia do Sul

Trad JAQ/GASQ

 

Texto bíblico: Jó 4

 

 

sábado, 29 de junho de 2013

Jó 3

Comentário devocional:

A partir deste capítulo, Jó começa a refletir sobre sua condição. Alguns estudiosos querem chamar essas seções de "discursos em forma poética" com Satanás, como se fossem parte de uma introdução artificial. Porém a falha em sua argumentação é que a atuação de Satanás se estende por todo o capítulo três até o capítulo quatro, com sua aparição a Elifaz de 4:12 em diante. Satanás utilizou os amigos de Jó para continuar seu ataque. Então, eles ficam em silêncio e Jó começa a falar. O Talmude judaico recomenda que os consoladores não deveriam dizer nada até que o enlutado iniciasse a conversação.

Jó começa, então, a reclamar do dia de seu nascimento, através de uma série de comparações: dia e noite (v. 3); escuridão e luz (v. 4); nuvens e sombra (v. 5); um dia não especial (v. 6), nenhuma manifestação de alegria (v. 7), amaldiçoem o dia e a noite(v. 8), as estrelas deviam ser obscurecidas e que não seja visto o amanhecer (v. 9). Tudo isso por causa do dia do seu nascimento. Ele pediu que Deus não desse valor para o dia do seu nascimento (v. 4).

 Jó quer que alguém lhe diga qual o propósito de sua existência e porque ele nasceu (v.11-12). Ele diz que, se tivesse morrido ao nascer, estaria dormindo e experimentando um verdadeiro descanso sabático (versículo 13). Um segundo significado de descanso sabático está no versículo 17, ou seja, “os maus cessam de perturbar”: os prisioneiros ficariam à vontade “e não ouvem a voz do feitor” e está “o servo livre de seu senhor”(v.18-19). Um terceiro significado de Sábado ou descanso está no versículo 26, que é estar à vontade, tranquilo e livre de confusão.

A compreensão judaica é que Jó estava incomodado por causa do relatório da perda de seu gado; não estava tranquilo por causa das notícias sobre o fogo; não estava em paz por causa do relatório dos camelos; e muito perturbado por causa dos problemas nos festejos de seus filhos. Porém, esta interpretação judaica não está correta. Perder entes queridos e bens é muito difícil para qualquer um. O que Jó está dizendo é que ele desejava nunca ter nascido e então não sofreria a privação da paz como a dos Sábados e das bênçãos em sua vida.

Embora não culpe a Deus, Jó se pergunta por que Ele não impediu o mal. Afinal, qual é o propósito de viver quando você ganha o mundo inteiro e, então, perde tudo? Por quê um Deus amoroso continuar a dar vida a uma alma amargurada (v.20)?

Na Grécia antiga, os palcos para peças eram construídos com três pisos de madeira em três níveis simbólicos: o superior para o céu, embaixo para o submundo e no meio para a vida cotidiana. O espectador tinha uma perspectiva completa do contexto, uma vez que podia ver as influências espirituais superiores e inferiores sobre o que se encenava e os resultados sobre a vida cotidiana.

 O livro de Jó foi escrito para que tivéssemos uma visão dos níveis superior e inferior sobre a vida cotidiana. A agonia de Jó era a sua falta de conhecimento sobre o plano do líder da rebelião no Céu. Mas nós, os leitores, estamos bem informados e podemos ver tudo.

Querido Deus,
Vivemos com tragédias diárias e turbulências nos rodeando e nos afetando. Te agradecemos pelo relato histórico que Moisés fez sobre a vida de Jó, nos informando como lidar com sofrimento e dor em nossas vidas.
Amém.


Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Trad JAQ/GASQ


Texto bíblico: Jó 3

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Jó 2

Comentário devocional:

 

Neste capítulo, Satanás tem acesso ao céu, depois da queda de Adão e Eva, para conversar com Cristo (ver História da Redenção, p. 26). Se ele teve acesso ao céu, isso ocorreu na época de Abraão, época em que Jó viveu.

 

Desde que Satanás roubou este planeta, a Terra se tornou a única ovelha perdida, mas Deus está plenamente consciente do que vem acontecendo aqui. Ele conhecia Jó e o sofrimento e também a vitória dele sobre o sofrimento. Quando Deus, através de Cristo, perguntou a Satanás de onde ele viera, ele disse: "De andar de um lado para o outro e para cima e para baixo, na Terra." Ele estava muito ocupado projetando o mal e desastres, não apenas para Jó, mas para toda a humanidade.

 

Jó pertence a Deus, como nós também pertencemos a Ele. Deus estava orgulhoso de Jó e perguntou a Satanás se ele havia observado Jó, "homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal" (verso 3). Coloque-se na situação de Jó e aprenda de sua experiência. Deus permite que Satanás atue contra Jó, mas não o abandona. De fato, Deus enviou o seu Filho para vir e morrer por Jó, para que Jó possa viver, o que Ele também fez por todos nós, para que possamos viver. Por causa disso, todos os filhos de Deus e os anjos não caídos verão o amor de Deus e exultarão de alegria.

 

Séculos mais tarde, quando os rabinos Rashi e Ibn Ezra buscaram interpretar o versículo 4 ["Então Satanás respondeu ao Senhor: 'Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.' " ARA] eles não sabiam o que fazer com ele. A palavra que Moisés usou aqui não foi "pele", mas a palavra egípcia "pôr fim". Satanás quer dizer que se Jó pudesse ser trazido próximo da morte, as bênçãos dadas por Deus mostrariam um resultado diferente. Por essa razão, Satanás queria que Deus lhe permitisse tocar a pele de Jó com uma doença (verso 5). Deus permitiu a Satanás fazer isso e também deixou que trouxesse desastres sobre bens de Jó, o que Satanás fez (versículo 7).

 

Satanás obteve apoio da esposa de Jó, que lhe procurou fazer crer que ele estivesse tão próximo da morte que ele deveria amaldiçoar a Deus e morrer. Isso seria o que hoje é chamado de "eutanásia", ou seja, levar alguém à morte para evitar o sofrimento. Jó recusou a sugestão de eutanásia de sua esposa (verso 10). Em seguida, os amigos de Jó, Elifaz, Zofar e Bildade vieram vê-lo. Chocados com o que viram, eles esperaram sete dias para falar a Jó sobre a causa de seu sofrimento.

 

Querido Deus,

Muitas pessoas inocentes estão sofrendo e Tu sabes porquê elas sofrem. Mas Tu também sabes que nada se compara com as bênçãos e dádivas que Tu lhes darás quando da Volta de Jesus e após. Inclua-nos, portanto, em seu reino de Graça. Amen.

 

 

Koot van Wyk

Universidade Nacional Kyungpook

Sangju, Coreia do Sul

 Trad JAQ/GASQ


Texto bíblico: Jó 2

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Jó 1

Comentário devocional:

Jó foi, provavelmente, um contemporâneo de Abraão que nasceu por volta de 2.000 anos a.C. e também estava familiarizado com o sistema de sacrifícios ligados ao culto, com os conceitos da salvação e o papel da expiação. Jó é descrito por Moisés neste épico histórico como um grande fazendeiro. Ele tinha 7.000 ovelhas e 3.000 camelos, bem como 500 bois e 500 jumentas, o que era, realmente, um grande negócio. 

Seus filhos e filhas estavam acostumados a jantar na casa uns dos outros. Sabemos que eles não estavam bebendo álcool ou comendo carne de porco nestes eventos, uma vez que Jó não estava ciente de que eles haviam pecado. No entanto, ele orou por eles no início da manhã (ulay hatheu), porque "talvez os meus filhos tenham, lá no íntimo, pecado " (v. 5 NVI). Observe que quando o "vinho" (v. 13) é usado no sentido bíblico negativo, isto inclui o álcool; mas quando não se fala dele negativamente se está referindo ao "fruto da videira" puro, suco de uva sem fermentação.  

Sabemos que todas as ações de Deus são dirigidas a partir do Santuário e é aí que os "filhos de Deus" e também Satanás iam falar com Deus (v. 6). Satanás tinha acesso a Deus até a cruz, mas não depois (ver História da Redenção, p. 26). No livro de Jó, o objetivo de Satanás era questionar o mérito e culpa das criaturas de Deus. Quando o Filho de Deus perguntou a Satanás se ele havia visto Jó e quão íntegro e reto ele era (v. 8), a resposta foi negativa. 

Satanás não presta atenção às coisas boas. Ele acusou que Jó de ser fiel somente porque Deus o estava abençoando e exaltando (v. 10) e pediu uma chance para derrubá-lo. Satanás concluiu que Jó iria se voltar contra Deus se as coisas fossem na direção oposta. Estão grandes desastres feriram a Jó: os sabeus roubaram seus bois e jumentos, fogo queimou as ovelhas e os servos; os caldeus levou todos os seus camelos e um tornado matou seus filhos. 

Em choque, Jó fez seis coisas: ele se levantou, rasgou as suas roupas, raspou a cabeça, caiu no chão, adorou a Deus, e discursou, louvando a Deus neste discurso. Deus se agradou disso, mas Satanás não. Jó não pecou e não culpou a Deus. 

Querido Deus,
Dá-nos a força para que, como Jó, não caiamos quando em tentação. E que possamos dizer, tanto nos bons quanto nos maus momentos: "Bendito é o meu Deus porque todos os meus problemas estão nas Suas mãos. E eu também estou. Em nome de Jesus, amém.  

Koot van Wyk
Kyungpook National UniversitySangju, Coreia do Sul
Trad JAQ

Texto bíblico: Jó 1 


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ester 10 - comentários

1 tributo sobre a terra. Dario Histaspes foi o primeiro monarca a cobrar impostos universais, mas Xerxes (Assuero) se distinguiu como um grande arrecadador de tributos (ver Dan 11:2). O tributo teria que ser ajustado ao longo do tempo, e Xerxes estaria em extrema necessidade de aumentar os impostos depois de retornar da desastrosa campanha contra a Grécia (CBASD, vol. 3, p. 544).

A guerra contra os gregos prolongou-se na Ásia Menor durante muitos anos depois da batalha de Salamina. Havia necessidade desses tributos, para que o império arcasse com as enormes despesas havidas (Bíblia Shedd).

A referência a esses impostos talvez diga respeito a um material presente na fonte utilizada pelo autor, a qual ele recomenda aos leitores que quiserem mais informações e confirmação  (Bíblia de Estudo NVI Vida).

as ilhas (ARC). Ou "terras do mar" (ARA), neste caso, as províncias marítimas na fronteira com o Mediterrâneo e o mar Egeu. Estas foram ocupadas por um tempo considerável por guarnições persas, mesmo após a derrota na Grécia, e estariam incluídas em qualquer tributações feitas por Xerxes (CBASD, vol. 3, p. 544 e 545)

Note que o rei e Mordecai são mencionados duas vezes nos últimos três versos do livro. Este não é um livro sobre um imprevisível rei persa, mas sobre um povo cuja sobrevivência se articulou na coragem no comprometimento de duas pessoas  (Andrews Study Bible).


2 estão escritos. Esta frase usa as mesmas  forma e linguagem utilizadas pelo(s) editor(es) dos livros de Reis e Crônicas para concluir os registros dos reis de Judá e Israel (1Rs 14:29; ver tb 1Rs 15:23; 16:14; 2Cr 25:26). O propósito é claro: apesar de Israel estar disperso por toda a terra, seus líderes compartilham status similar aos reis dos séculos passados (Andrews Study Bible).

livro da história. As Crônicas do império persa, cf 2.23; 6.1. Essas Crônicas devem ter sido estudadas na composição do Livro de Ester (Bíblia Shedd). 


3 segundo depois do rei Assuero. Mordecai tinha galgado à posição oficial de Hamã (3.2 e 8.15). Os registros históricos mostram que no ano 465 a.C., aquela posição pertencia a Artabano, que naquele ano assassinou o rei Assuero (Xerxes I). Se os acontecimentos narrados nestes capítulos pertencem ao ano 474 a.C., então é provável que entre 474 e 465 a.c., tanto Ester como Mordecai teriam morrido ou caído do poder; naquele intervalo Vasti recuperou sua posição, apesar dos esforços dos nobres para isso evitar. No caso de Ester ter caído do poder, podemos frisar a expressão de 4.14 "Quem sabe se para tal conjuntura como essa é que foste elevada a rainha?". A mensagem da sua vida é "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito", (Rm 8.28) (Bíblia Shedd).

Não foram descobertos registros arqueológicos de Mordecai sendo o segundo em comando, mas durante este tempo existe uma estranha falha nos registros persas. [...] Foi descoberto um tablete com o nome Mardukaya como sendo um oficial nos primeiros anos do reinado de Assuero; alguns acreditam que este seja Mordecai (Life Application Study Bible Kingsway NIV).

Mordecai é avaliado como um estadista judeu ideal. A importância dele como modelo para os judeus e no estabelecimento da Festa de Purim foi reconhecida no livro apócrifo dos Macabeus, em que a Festa de Purim é chamada de "o dia de Mordecai" (2Macabeus 15.35) (Bíblia de Genebra).

Percebe-se claramente a providência divina em todos os incidentes aqui registrados. Em todos os governos humanos e todos os acontecimentos há sempre um propósito divino; e, assim como Deus exaltou Mordecai com honra e glória, de igual modo poderá agir em favor dos que O amam, e, desse modo, por fim, porá todos os inimigos sob os pés  (Comentário Bíblico Devocional-VT, FBMeyer).

No livro de Ester podemos ver claramente Deus trabalhando na vida de indivíduos e nos assuntos de uma nação. Mesmo quando parece que todo o mundo está nas mãos de pessoas perversas, Deus ainda está no controle protegendo aqueles que são Seus. Apesar de não entendermos tudo o que acontece ao nosso redor, devemos confiar na proteção de Deus e manter nossa integridade, fazendo o que sabemos que é correto. Ester, que arriscou sua vida ao comparecer diante do rei, tornou-se heroína. Mordecai, que estava efetivamente condenado à morte, não só sobreviveu, como chegou a se tornar a segunda mais alta autoridade na nação. Não importa quão sem esperança é a nossa condição ou o quanto queiramos desistir, não precisamos nos desesperar. Deus está no controle de nosso mundo  (Life Application Study Bible Kingsway NIV).

terça-feira, 25 de junho de 2013

Ester 10

Comentário devocional:

O curto último capítulo do livro de Ester começa com um claro sinal de que, apesar da crise e da guerra posterior, algumas coisas na Pérsia continuavam as mesmas. O rei Assuero impôs aumentos de impostos sobre a terra e sobre as ilhas. Teria sido este um esforço para compensar os fundos que Hamã havia proposto ao planejar o decreto de morte dos judeus e expoliação de seus bens? Talvez, mas o mais provável é que isto mostrasse o rei simplesmente olhando para o seu personagem favorito: ele mesmo.
 
Mordecai é confirmado como primeiro ministro [ou grão vizir] e somos lembrados de que tudo foi registrado nas crônicas oficiais dos medos e persas. Mordecai não buscou poder e não permitiu que o poder ou posição envenenassem sua mente com orgulho, como aconteceu com Hamã, seu antecessor. Deus colocou um homem bom em uma posição de influência e abençoou não só o povo judeu através deste ato, mas também todo o Império Persa. Sua confirmação foi merecida.
 
O capítulo final não menciona o nome de Ester. Só nos resta supor que o resto de seu tempo como rainha foi muito parecido com os primeiros cinco anos. Após evitar uma crise terrível, ela continuava casada com o mesmo homem. Mordecai ainda cuidava dela, protegendo-a. Só que agora, ele poderia fazer isso de dentro da corte, em vez de a partir do pátio do palácio. Não sabemos se Ester teve filhos, envelheceu ou morreu feliz. Só conhecemos um momento de sua vida, talvez o de maior bravura e mais difícil e, quem sabe, o seu momento mais brilhante. 
 
Que a nossa vida, também, possa ser reconhecida pela nossa fé. Que a nossa superação dos momentos de dificuldade possam revelar a atuação soberana de Deus em nossa vida, mesmo que o nome dele não seja mencionado, como no livro de Ester.

Jean Boonstra
Voz da Profecia
Trad/Adap JAQ

Texto bíblico: Ester 10


Ester 9 - comentários

1 sucedeu o contrário. O tema de uma irônica conversão é novamente salientado (Bíblia de Genebra).

2 o terror que inspiravam. O temor dos Deus dos judeus estava por detrás do terror generalizado que os persas sentiam pelos judeus (cf Êx 15.14-16). A inversão foi tão completa, que todos os oficiais que teriam apoiado o extermínio dos judeus passaram a dar ajuda ao povo da aliança (Bíblia de Genebra).

5 A recusa dos judeus em saquear nos lembra o saque dos amalequitas contra os judeus, que levou à morte de Saul (1Sm 15.17-19) (Bíblia de Genebra).
Os judeus cumprem a tarefa inacabada de "apagar o nome dos amalequitas" (Êx 17.16; Dt  25.17-19). Esse incidente é apresentado como antítese de 1Sm 15; o narrador ressalta que os judeus não tomaram despojos, a despeito da permissão do rei de assim fazer (8.11). Por se apossar dos despojos numa batalha contra Amaleque, 500 anos antes, Saul foi destituído da realeza (1Sm 15.17-19); aqui, não se apossar dos despojos confere poder real a Mardoqueu [Mordecai] (v. 20-23) (Bíblia de Estudo NVI Vida).

11 Aqui, a cidade "cidadela" parece se referir à cidade fortificada de Susã. O rei parece estar mais preocupado com os desejos de Ester do que com o massacre de seus súditos (Life Application Study Bible).

13 conceda-se. Não está claro por que Ester pediu mais um dia de matança.No entanto, não é provável que ela tenha feito este pedido sem antes consultar Mordecai, que certamente tinha mais informações. Como ministro-chefe da nação inteira, Mordecai, possivelmente, sabia que muitos inimigos de seu povo ainda estavam vivos e temia que se vingassem. Nada há que sugira que ele agiu com um espírito de vingança cega (CBASD, vol. 3, p. 543).

16,22 se livrarem de seus inimigos. Em estreita associação com a vingança contra os inimigos, há o descanso prometido a Israel (Dt 25.19). A derrota de Hamã traz alívio e descanso aos judeus. Ver 1Cr 22.6-10; Sl 95.8-11; Is 32.18; Hb 3.11-4.11 (Bíblia de Estudo NVI Vida).

18,19 O autor explica a tradição de observar o Purim em dois dias diferentes: é observada no dia 14 na maioria das cidades, mas os judeus em Susã a observam no dia 15. Hoje, é observada no dia 14, a não ser em Jerusalém, onde é observada no dia 15 (Bíblia de Estudo NVI Vida).

19 O povo do oriente, além de convidar os amigos às festas, mandavam porções àqueles que não podiam vir, e também davam oportunidade ao pobres de compartilhar de alguma coisa (cf Dt 16.14) (Bíblia Shedd).

19-22 As pessoas tendem a ter memória curta com relação à fidelidade de Deus. Para ajudar que este livramento fosse lembrado no futuro, Mordecai escreveu estes eventos e encorajou uma festa anual para comemorar os dias históricos de Purim. Os judeus ainda hoje celebram o Purim. Celebrações com comida, alegria e doação de presentes são modos importantes para lembrar ações específicas de Deus. Hoje em dia, as festividades do Natal e Páscoa nos ajudam a lembrar  do nascimento e da ressurreição de Jesus Cristo. Não deixe que a celebração ou a troca de presentes ocultem o significado destes grandes eventos (Life Application Study Bible).

26 Purim. A festa de Purim, precedida por um jejum, ainda se observa na noite que inicia o dia 14 de adar. [...] Na manhã seguinte, se leria o livro de Ester inteiro, em grego ou aramaico, ou na língua entendida pela congregação ouvinte (Bíblia Shedd).
Sempre que o nome de Hamã era pronunciado toda a congregação fazia um barulho terrível e todos gritavam imprecações como: "Que o seu nome apodreça!" (Comentário Bíblico Devocional - VT, FBMeyer).
Atualmente, é a festa de caráter mais secular entre os judeus, sem, porém, deixar de ser relacionada à intervenção divina salvando ao Seu povo, e às ações de graças que se devem prestar a Deus. Cada festa religiosa israelita tem por base comemorar algum ato de Deus realizado no passado, que revelara Seu amor, ou algum ato de salvação prenunciado pelos sacrifícios (Bíblia Shedd).

28 estes dias de Purim. A adoção universal da festa do Purim pela nação judaica é um fato curioso. Joiaquim, o sumo sacerdote na época [em Jerusalém], deve ter dado sua aprovação para a festa desde o princípio e a incorporado no calendário eclesiástico da nação, ou ela dificilmente teria se tornado universal. Deve ter sido por ordem eclesiática, e não civil, que a festa se tornou obrigatória (CBASD, vol. 3, p. 544).

29-31 Entre os judeus, as mulheres deveriam ser quietas, servir em casa e ficar à margem da vida religiosa e política. Mas Ester era uma mulher que quebrou as regras culturais, agindo diferentemente do que se esperava que ela agisse, ao arriscar sua vida para ajudar o povo de Deus. Seja qual for sua posição na vida, Deus pode utilizar você. Esteja aberto, disponível e pronto porque Deus pode usar você para fazer aquilo que outros tem medo até de pensar (Life Application Study Bible).


Ester 9

Comentário devocional:

Chegou o dia escolhido por Hamã, por meio de sortes, em que os judeus deveriam ser mortos. No entanto com o novo decreto, emitido agora pelo governo, os judeus tinham o direito de se defenderem. A guerra começou. Funcionários do governo, por todo o império, estavam ansiosos para agradar a Mordecai, o novo braço direito do rei. Sendo assim, prontamente ajudaram o povo judeu a derrotarem todos os seus inimigos.

Na capital 500 inimigos foram mortos, incluindo todos os dez filhos de Hamã. O decreto de Mordecai dizia que os judeus eram livres para tomar o despojo desta guerra. Mas os judeus não levaram nada, nem propriedade, nem dinheiro ou jóias de seus inimigos. O propósito deles nessa luta não era a guerra em si nem o lucro. Era apenas salvar suas vidas e as vidas de seus familiares.

O caos e a destruição na capital chamaram a atenção do normalmente indiferente rei. No final do dia, ele perguntou a Ester se ela tinha mais algum pedido. Ester, então, pede que o segundo decreto se estenda mais um dia em Susã, e que os corpos dos filhos de Hamã sejam pendurados na forca. Talvez ela estivesse preocupada que no segundo dia alguns dos familiares ou amigos de Hamã pudessem tentar sair da lei em busca de vingança. Então, os judeus estariam preparados para se defender. No segundo dia, mais 300 inimigos foram mortos e os corpos dos filhos de Hamã foram expostos na forca.

A guerra em todo o país terminou com 75.000 dos inimigos dos judeus mortos [NT: Teria sido aqui finalmente cumprido o mandado de Deus, originamente dado a Saul, de exterminar os amalequitas?]. O povo judeu saiu ileso e celebrou com gratidão. Eles espalharam a sua alegria através de pequenos presentes de uns para os outros e para os pobres.

Mordecai instituiu um feriado e estabeleceu uma festa. Em outras partes da Bíblia, foi Deus quem estabeleceu as festas nacionais. Mas aqui Mordecai parece ser a própria voz de Deus. Foi assim que a festa de Purim, em homenagem a pur (“pedrinha para lançar sortes”) foi estabelecida. Durante dois dias, a cada ano, o povo judeu deveria celebrar este grande livramento operado por Deus a favor dEles. A tristeza se transformou em alegria e o pranto em festa. Mordecai atuou como a voz oficial do povo judeu e Ester confirmou, endossando suas instruções.

Mordecai e Ester foram reverenciados e admirados em todo o império. Eles tinham, em essência, conseguido anular a lei dos medos e persas, cujas leis não podiam ser alteradas e muitas vidas do povo de Deus foram poupadas. Deus usou Ester e Mardoqueu como humildes vasos de Sua vontade.

A festa de Purim pode ser pouco conhecido hoje fora do ambiente do povo judeu , mas a história de Ester e a história da luta de seu povo, continua a ser muito cara para jovens e velhos. Ela nunca será esquecida.

Jean Boonstra
Voz da Profecia
Trad JAQ/JDS



Texto bíblico: Ester 9

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Ester 8 - comentários

1-7 Enquanto não devamos esperar recompensas terrenas por sermos fiéis a Deus, elas virão. Ester e Mordecai foram fiéis ao ponto de arriscarem suas vidas para salvar outros. Quando eles estavam a ponto de desistir de tudo, Deus deu lhes deu uma recompensa ao seu total comprometimento (Life Application Study Bible).

6 prudentemente. Ester deixa de frisar a responsabilidade do rei por ter assinado o decreto, mas acentua que o povo por ele condenado se encontra espalhado por todas as províncias do império, dando a entender que o próprio rei seria prejudicado se o decreto fosse levado a efeito (Bíblia Shedd).

9 Este é o maior versículo da Bíblia e contém 43 palavras ou 192 letras (CBASD, vol. 3, p. 540).

Terceiro mês, mês de sivã. Maio/junho. Ainda faltavam nove meses para a data marcada para a destruição dos judeus, adar (fevereiro/março) (Bíblia Shedd).

9-16 O decreto de Mordecai foi escrito exatamente 70 dias após o decreto de Hamã em 3.:12. Os leitores judeus familiarizados com o contexto histórico mais amplo do exílio imediatamente ligariam isto aos 70 anos do exílio (Jer 25.:11-12; 29:10; Dan 9:2). O decreto usa terminologia similar a 3:12-15, mas inverte aqueles que podem agir. Isto é feito para destacar a completa reversão e cancelamento do decreto de Hamã (Andrews Study Bible).

10 ginetes criados na coudelaria do rei (ARA). "Cavalos velozes, das estrebarias do próprio rei" (NVI).

A rapidez com que foi transmitido o decreto é de dar vergonha à igreja de Deus que foi encarregada do evangelho da salvação. Já se passaram mais de 1900 anos e, ainda, há imensas multidões que nunca ouviram falar do nome de Cristo nem do amor de Deus (Comentário Bíblico Devocional VT, FBMeyer).

15-17 Em vez de vestir roupas de saco e cinzas (4:1), Mordecai agora está vestido de glória e honra. Note que a cidade de Susã, que ficou érplexa com o decreto original (3:15), agora se regozija e está feliz (8:15), refletindo o estado de espírito dos habitantes judeus (Andrews Study Bible).

17 se fizeram judeus. Uma das poucas alusões bíblicas à conversão dos povos ao judaísmo, situação já prevista por Isaías (Is 56.6-8) (Bíblia Shedd).

15-17 Todos querem ser heróis e receber honra, louvor e riqueza. Mas poucos estão dispostos a pagar o preço. Mordecai serviu o governo fielmente por anos, sofreu o ódio e opressão de Hamã e arriscou sua vida pelo povo. O preço a pagar pelos heróis de Deus é o compromisso a longo prazo. Você está pronto e desejoso para pagar o preço? (Life Application Study Bible).

 

Ester 8

Comentário devocional:

O rei Assuero salvou sua rainha, deu-lhe a casa de Hamã, e promoveu seu parente Mordecai ao posto de Hamã. Sua dignidade foi preservada e o assunto para ele estava encerrado, pelo menos no que lhe dizia respeito.
 
Mas estava longe de terminar. Ester e Mordecai ainda tinham que encontrar uma maneira de salvar as vidas de todos os judeus que viviam na Persia. Mais uma vez, Ester vestiu seu melhor traje real e se aproximou do rei. Ela apelou pelo seu amor por ela e chorou, dizendo-lhe que ela não conseguia suportar ver seu povo destruído. No seu estilo habitual, o rei concordou, dizendo a Ester e Mordecai que escreverem um decreto como quisessem e assiná-lo com seu anel de sinete.
 
Ester e Mordecai não podiam revogar o maligno decreto de Hamã. Eles devem agora escrever um novo decreto que anule os efeitos do original. Nos versos 3 e 5 somos novamente lembrados de ascendência de Hamã e da luta antiga entre os judeus e os amalequitas. Deus ordenou a Saul que destruísse os amalequitas, mas ele se recusou. Mordecai e Ester não haviam iniciado nem a guerra do passado nem a do presente, mas precisavam defender seu povo. Assim, seu novo decreto estabeleceu claramente que os judeus tinham o direito de se reunir para se defender e proteger suas vidas. Se atacados, poderiam revidar. O decreto foi traduzido, transcrito e distribuído rapidamente por todo o país pelos cavalos do correio real.
 
Após o decreto de Hamã, Mordecai se aproximara do palácio do rei vestido de saco. Agora, ele deixa o palácio com vestes reais e uma coroa na cabeça. Quando os melhores cavaleiros do rei entregaram este novo decreto para todas as províncias do império, uma onda de mudança positiva se seguiu. Os judeus receberam luz e alegria. A luz substituiu a escuridão, a alegria substituiu o medo, a esperança substituiu o desespero e, mais significativamente, Deus devolveu a honra de volta ao Seu povo.
 
Curiosamente, a grande maioria da população mudou de atitude em relação aos judeus e muitos se tornaram judeus. Uma boa parte, certamente, motivada pelo medo e pensamentos de auto-preservação. Mas talvez algumas das conversões foram genuínas e levaram a mudanças do coração e, assim, almas foram salvas no processo. Só Deus pode transformar uma vida de vergonha para uma vida de honra. Ele é o único lugar seguro no meio de uma guerra.
 
Jean Boonstra
Voz da Profecia
Trad JAQ


Texto bíblico: Ester 8

domingo, 23 de junho de 2013

Ester 7 - comentários

banquete. No livro de Ester, acontecimentos importantes acontecem durante banquetes (Andrews Study Bible).
2 disse o rei a Ester. Pela terceira vez, Assuero solicita que Ester torne conhecido seu pedido. A esta altura ele deveria estar curioso para saber do que se tratava (CBASD, vol. 3, p. 536).
3 Ester aborda o problema crítico de uma maneira inteligente: ela liga o destino de seu povo à sua própria vida. A identificação com alguém ou algo envolve assumir riscos (Andrews Study Bible).
Pouco importava ao rei que milhares de seus súditos seriam mortos; ele não se preocupava com eles. [...] Mas, se o decreto tocava a Ester, isto era outra questão. Seu caráter, lealdade e devoção estavam muito acima de qualquer suspeita. [...] A rainha tratou o assunto com tato e habilidade, introduzindo o problema de forma calculada para apelar pessoalmente ao rei. Sua vida estava ameaçada; ela, a rainha, estava em perigo mortal (CBASD, vol. 3, p. 537).

4 vendidos. Ester referia-se à propina que Hamã ofereceu ao rei (3.9; 4.7) (Bíblia de Estudo NVI Vida).

6 A resposta de Ester é bastante dramática e mostra de forma contundente o caráter de Hamã. A reação de Hamã é imediata: ele vê agora que o seu plano para destruir os judeus não apenas afetava seu arquiinimigo e algumas pessoas dispersas, mas atingia diretamente o centro nervoso do poder persa (Andrews Study Bible).

8 sobre o assento onde Ester estava reclinada. Os persas tomavam suas refeições reclinados em divãs, como também os gregos e os romanos (Bíblia Shedd) [ver tb Am 6.4-7; Jo 13.23].
Hamã se comportou diante de Ester de um modo que foi interpretado pelo rei como uma quebra deliberada da etiqueta da corte e mesmo uma violação da dignidade da rainha (Andrews Study Bible).
Ao retornar, Assuero interpreta mal a postura de Hamã como sendo um ataque planejado sobre a rainha, ou, em sua ira, simula interpretá-la desta forma (CBASD, vol. 3, p. 537).

cobriram o rosto de Hamã. A exclamação do rei revelara sua ira implacável contra Hamã, e os seus servos bem sabiam que isto significava a pena de morte; cobriram-lhe o rosto conforme o costume aplicado às pessoas que iam ser executadas (Bíblia Shedd).
Escritores gregos e romanos confirmam este costume (CBASD, vol. 3, p. 537).
Um véu era colocado sobre a cara de alguém condenado à morte porque os reis persas se recusavam a olhas para a fase de um condenado (Life Application Study Bible).

9 Harbona. Ver Et 1:10. Talvez Harbona fosse um dos eunucos que o rei enviou mais cedo naquele mesmo dia para chamar Hamã ao banquete (ver Et 6.14). Sendo assim, ele viu a forca pessoalmente (ver Et 5.14)  (CBASD, vol. 3, p. 537).
A referência de Harbona à forca [feita para Mordecai] introduz, com efeito, uma segunda acusação contra Hamã – sua tentativa de exterminar o benfeitor do rei (Bíblia de Estudo NVI Vida).

Provérbios 26:27 ensina que uma pessoas que cava um poço para outros, cairá ele próprio neste poço. Aquilo que aconteceu a Hamã mostra os quase sempre violentos resultados de armar qualquer tipo de armadilha para outros (Life Application Study Bible).

Ester 7

Comentário devocional:

O segundo banquete de Ester foi um grande sucesso. Mais uma vez, o rei perguntou-lhe qual era o seu pedido e prometeu que ele seria atendido. Desta vez, Ester respondeu.

Ester conhecia os pontos fortes e fracos do rei e sua resposta foi cuidadosamente planejada. Primeiro, ela implorou que o rei poupasse a vida dela, confiante de sua afeição por ela. Os olhos do rei devem ter ficado enormes, numa expressão de surpresa, ao ela descrever o plano de aniquilação contra ela e seu povo. O rei exigiu saber quem faria uma coisa dessas. Ester, então, corajosamente apontou para o estimado conselheiro do rei e expôs o inimigo que era.

Hamã ficou aterrorizado. Ester devia estar tremendo. O rei, enfurecido, saiu da sala do banquete. Como ele poderia mudar um decreto selado com o seu próprio anel? Como ele poderia admitir publicamente que o seu próprio braço direito o havia enganado?

Lá dentro, Hamã ajoelhou-se diante da rainha, debruçando-se sobre o divã em que ela estava, implorando por sua vida. Neste momento o rei retorna para o aposento e ao ver a postura de Hamã, encontra no fato o pretexto que precisava para salvar a própria dignidade. Ele o acusou de tentar molestar a sua esposa, e tão logo as palavras saíram da boca do rei, os servos cobriram o rosto de Hamã. Seu destino estava selado. Um dos eunucos rapidamente sugeriu que a forca construída para Mordecai podia ser usada. O rei concordou e Hamã foi enforcado na forca que seu orgulho havia construído para Mordecai.

O caráter do rei Assuero era duvidoso. Sua única qualidade redentora era a sua afeição por Ester. Ele autorizou o extermínio de mulheres e crianças inocentes, sem questionar o menor detalhe. Ele também não teve dúvidas se devia ou não lucrar financeiramente com isso. Ele era um líder egocêntrico, arrogante, e desinteressado. Os eunucos no banquete sabiam a respeito da forca de Hamã e estavam mais conscientes dos movimentos políticos no reino do que o próprio rei.

A incapacidade do rei liderar, de prestar atenção aos detalhes e de pensar por si mesmo permitiram que Hamã emitisse seu decreto. Entretanto, estas mesmas falhas de caráter trabalharam em favor de Ester. O rei prontamente acreditou que a versão dela dos acontecimentos era a verdade. Não foi por acaso que Deus permitiu que a bela e sábia Ester, estivesse onde estava naquele momento da história. 

Ore para que Deus use você como parte do Seu plano para salvar pessoas. Você, como Ester, estará também trabalhando pela sua própria salvação.

Jean Boonstra
Voz da Profecia
Trad JAQ/JDS


Texto bíblico: Ester 7

sábado, 22 de junho de 2013

Ester 6 - comentários

1 naquela noite o rei não conseguiu dormir. Se o capítulo 4 marca a vida pessoal de Ester, o capítulo 6 marca o ponto de virada da história inteira (Andrews Study Bible).

O rei decidiu rever a história de seu reino e seus servos leram para ele sobre a boa ação de Mordecai. Isto pode parecer coincidência, mas Deus está sempre trabalhando. Deus tem estado trabalhando quieta e pacientemente em sua vida do mesmo modo. Os eventos que ocorrem ao mesmo tempo para o bem não são coincidência; eles são o resultado do controle  soberano de Deus sobre a vida das pessoas (Life Application Study Bible).

Literalmente, “o sono do rei fugiu.” Talvez ele estivesse tentando adivinhar qual seria o pedido de Ester. Uma vez ela havia se apressado a dar informações surpreendentes a Assuero (2.21,22).  Não é provável, também, que naquela ocasião, também, Ester tenha se contentado em esperar uma convocação real; o assunto era urgente. À medida que as horas da noite passavam, a curiosidade e a imaginação do rei inventavam todos os tipos de possíveis conspirações contra sua vida. Para refrescar sua memória do incidente, e talvez com medo de que alguns dos conspiradores tivessem escapado, o rei pediu que se fizesse a leitura do registro. Além disso, o fato de que Ester havia convidado Hamã indicava fortemente que ele estava envolvido de alguma forma – como amigo ou inimigo, o rei não poderia saber. Não é de se estranhar que o rei não conseguisse dormir (CBASD, vol. 3, p. 532).

Esse versículo marca o centro literário da narrativa. Quando tudo parecia tenebroso em absoluto, uma série de aparentes insignificantes coincidências marcam o ponto crucial que começa a apresentar soluções à história. A insônia do rei, seu pedido para ouvir a leitura dos registros históricos, a abertura no trecho que relata a lealdade de Mardoqueu no passado, a obra barulhenta de carpintaria de Hamã logo de madrugada (5.14), sua entrada repentina no pátio do palácio e sua pressuposição de ser ele o homem a quem o rei desejava honrar – tudo isso testemunha da soberania de Deus sobre todos os acontecimentos da narrativa. As circunstâncias que pareciam meramente secundárias passam a assumir relevância fundamental. Assim como na história de José (Gn 41.1-45), o destino do herói é revertido pelo fato de o sono do monarca ter sido perturbado (cf Dn 2:1; 6.18 (Bíblia de Estudo NVI Vida).

2 foi lido. Nessa ocasião, o escriba estava lendo registros históricos de acontecimentos de cinco anos antes (cp 3.7 com 2.16) (Bíblia de Estudo NVI Vida).
Provavelmente, o próprio rei não podia ler. É mais provável que servos especiais foram designados para a tarefa de leitura. Naqueles dias, a escrita e a leitura eram artes altamente especializadas, e somente aqueles que dedicavam seu tempo a elas poderiam se tornar proficientes(CBASD, vol. 3, p. 532).

3 honras. Havia entre os persas um ordem chamada “ordem dos benfeitores do rei”, constituída por indivíduos que prestaram algum serviço excepcional ao rei, os quais passaram a ser sobejamente recompensados. Mordecai, tendo denunciado uma conspiração contra o rei, deveria ter sido enquadrado naquele grupo, mas não foi (Bíblia Shedd).

5 Nem Hamã poderia entrar sem o convite do rei (4.11) (Bíblia Shedd).

6 De novo, fica evidente a ironia: assim como Hamã deixara de revelar ao rei a identidade de “certo povo” (3.8), também o rei deixa de mencionar a Hamã a identidade do “homem que o rei tem prazer de honrar” (v. 6) (Bíblia de Estudo NVI Vida).

8 uma roupa do próprio rei. Na antiguidade, atribuía-se muito sentido das vestes reais; vestir as roupas do rei era sinal de grande favor concedido (1Sm 18.4). Usar vestes de outra pessoa era participar de seu poder, de sua estatura, de sua honra ou de sua santidade (2Rs 2.13,14; Is 61.3,10; Zc 3; Mc 5.27). A sugestão de Hamã, além de ser grande honraria para o contemplado, também bajulava bastante o rei; escolheu-se envergar uma veste dele em vez de suas riquezas (Bíblia de Estudo NVI Vida).

Que o rei costuma usar. Ou, “o rei vestiu”. Usar uma peça de roupa anteriormente usada pelo rei, em circunstâncias normais, era uma violação da lei persa punível com a morte. Isto sugeriria que o portador pensava assumir a autoridade real. O rei, é claro, poderia autorizar uma exceção como uma indicação especial de favor pessoal (CBASD, vol. 3, p. 535).

10-13 Mordecai expôs um complô para assassinar Assuero – portanto ele salvou a vida do rei (2.21-23). Apesar do seu bom ato estar registrado no livro históricos, Mordecai não tinha sido recompensado. Mas Deus estava guardando a recompensa de Mordecai para o momento certo. Exatamente quando Hamã estava para enforcar Mordecai injustamente, o rei estava pronto para dar a recompensa. A despeito das promessas de Deus em recompensar nossas boas ações, nós às vezes sentimos que nossa “retribuição” está demorando demais. Sejamos pacientes. Deus sabe quando Ele fará o melhor para nós (Life Application Study Bible).

10 apressa-te. O rei não admite demora em um assunto que já esperou tempo demais (CBASD, vol. 3, p. 536).

o judeu Mordecai. A nacionalidade e ocupação de Mordecai foram, sem dúvida, anotadas no Livro das Crônicas de onde o servo tinha lido naquela noite, e a partir delas o rei soube dos fatos que, então, declarava. Ele pode ter usado a expressão exata que encontrou no relato (CBASD, vol. 3, p. 535).
10,11 O arrogante Hamã teve que conduzir seu arquiinimigo montado no cavalo real e proclamar a apreciação real sobre Mordecai. O orgulho leva à destruição mesmo que leve um longo tempo (Andrews Study Bible).

12 voltou. Mordecai coltou à sua antiga condição e ao emprego. O rei considerou a honra assim demonstrada a Mordecai uma recompensa suficiente. Do ponto de vista oriental, isto seria de valor mais simbólico e prático do que uma recompensa em dinheiro (CBASD, vol. 3, p. 535).
cabeça coberta. Um sinal de tristeza [luto, CBASD. Ver 2Sm 15:30] e vergonha (2Sm 15:30; Jer 13:3) (Andrews Study Bible).


14 Um dos grande propósitos do autor é mostrar que aquele que põe um laço para a vida de seu vizinho está em grave perigo de ele mesmo cair na armadilha. As pessoas muitas vezes encontram os mesmos males que procuraram infligir a outros (ver Mt 7:2) (CBASD, vol. 3, p. 536).