Resumo: Elifaz diz: "Você vai ficar impaciente? Alguma vez você viu o inocente perecer? Ouvi uma voz: 'Pode um homem ser mais justo do que Deus?' "
Comentário devocional:
Elifaz é o primeiro amigo de Jó a responder ao seu lamento. Esses amigos de Jó não tinham conhecimento da história da rebelião no Céu e da prolongada discussão entre Satanás e Deus, a respeito da fidelidade de Jó. A questão era muito maior do que eles poderiam imaginar.
Alguns estudiosos querem ver o lado bom de Elifaz e tentar desculpá-lo por ele estar expondo, em sua fala, o pensamento dominante de sua época. Ele está dizendo que Jó costumava ser um conselheiro e ajudava a muitos (v. 3 e 4), mas agora que a tragédia surgiu em seu caminho, ele se tornou impaciente e agora é ele quem necessita de um conselheiro (v. 5). No verso 7 Elifaz explica o seu ponto de vista, "segundo o que eu tenho visto " (v. 8). A fonte do seu conhecimento é a sua experiência e seus sentidos. Ele tem a idéia de que é no presente que Deus castiga os ímpios e recompensa os fiéis. Aqueles que semeiam problemas, isso mesmo colherão (cf. v. 8). É pela ira de Deus que o ímpio chega ao seu fim, mesmo agora (cf v. 9).
Durante uma noite, quando Elifaz tentava dormir, um espírito passou diante de seu rosto (v. 15). Ele ficou com muito medo e tremendo (v. 14). Seu cabelo se arrepiou e ele pulou para fora da cama (v. 16). Ele não podia discernir o vulto corretamente, apesar de estar na frente de seu rosto. A voz culpou os atos de Deus de uma maneira que somos lembrados dos papéis desempenhados por Lúcifer na rebelião no céu. Sua intenção é lançar dúvidas sobre a justiça de Deus. "Seria, porventura, o mortal justo diante do seu criador? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?" (v. 17).
Estas perguntas feitas com objetivo de gerar dúvidas pedem um não como resposta, o que reforça mais uma acusação a Deus: "Eis que Deus não confia nos seus servos" (v. 18). Esta acusação de culpa de Deus na Terra é ligada à culpa de Deus no Céu, pois Ele "aos Seus próprios anjos atribui imperfeições" (v. 18), tendo, por isso, os expulsado do Céu.
Satanás está usando aqui a mesma estratégia que ele usou com Eva em Gênesis 3. Se os próprios anjos não são poupados, os seres humanos não podem esperar nada melhor. Entre a manhã e a noite é Deus quem quebra os seres humanos em pedaços ("Nascem de manhã e à tarde são destruídos", v. 20a). O espírito de atribuição de culpa continua, e Elifaz repete: (v. 20b). "Eles perecerão pela retenção", o que significa que Deus retém as bênçãos dos céus dessas pessoas. Eles são desconectados de suas vidas, são deixados a morrer sem ter conhecimento do porquê.
Querido Deus, nós também nos deparamos com tragédias. Pessoas e a nossa consciência querem nos acusar de maldade que merece punição imediata de Deus. Mas nós sabemos que irás recompensar a todos no futuro [não pela nossa (inexistente) justiça, mas pela justiça de Jesus Cristo]. Mantenha-nos na palma da sua mão. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Trad JAQ/GASQ
Texto bíblico: Jó 4
Amen! Good!
ResponderExcluir