quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Isaías - autor e mensagem

Isaías, filho de Amoz, parece ter sido membro de uma próspera e respeitada família de Jerusalém, pois não apenas o nome de seu pai é registrado, como também gozava de relações íntimas com a família real e com os mais altos oficiais do governo. Embora tenha, talvez, iniciado seu ministério profético nos últimos dias do reinado de Uzias, ele registra o ano da morte de Uzias (provavelmente 740 a.C.) como o tempo em que recebeu uma unção e comissão especial da parte de Deus no templo (cap. 6). Recebeu ordem de pregar ousadamente e sem qualquer transigência uma mensagem de advertência e denúncia contra o seu povo, devido a sua vida ímpia, de adoração idólatra, e de convocar a nação para entregar-se a um arrependimento e reforma completos. Foi odiado e sofreu a oposição do idólatra rei Acaz; foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698 a.C.) – que, não obstante, desconsiderou suas advertências contra a aliança com o Egito – e provavelmente foi martirizado pelo depravado e brutal filho de Ezequias, o rei Manasses, mais ou menos por volta de 680 a.C.

 

Isaías é merecidamente conhecido como o Profeta evangélico, visto que apresenta a mais completa e clara exposição do evangelho de Jesus Cristo que se pode encontrar em qualquer porção do Antigo testamento. Sendo um pouco parecido com a epístola aos Romanos, no Novo Testamento, o livro de Isaías serve de compêndio das grandes doutrinas da época pré-cristã, e aborda quase todos os temas cardeais de toda a gama da teologia. Ênfase especial recai sobre a doutrina de Deus, em Sua onipotência, onisciência e amor redentor. Em contraste com os imaginários deuses dos pagãos adoradores de ídolos, Ele se revela como o único verdadeiro Deus, o soberano criador do universo, que ordena todos os acontecimentos da história de conformidade com o Seu grandioso e completo plano. [...] É principalmente na qualidade de Santo de Israel que Isaías apresenta o Senhor, que o impelia a profetizar. Sendo Santo, Ele requer antes e acima das formalidades da adoração por sacrifícios, o sacrifício vivo de uma vida piedosa. 


Fonte: Bíblia Shedd, p. 980.

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