segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ezequiel 3

Comentário devocional:

O capítulo três continua o tema do capítulo dois. Deus chama Ezequiel a ser um vigia (3:17) e pregar a Palavra ao seu povo no exílio (3:18-21).

Ao ler este capítulo, onde Deus instrui Ezequiel a espalhar a todos sua mensagem, minha mente é atraída à Parábola do Semeador. Em Mateus 13, Jesus descreve sementes sendo lançadas em vários tipos de solo: na beira da estrada, em solo rochoso, em solo espinhoso e em terra boa. Assim como o semeador da parábola, Ezequiel deve transmitir sua mensagem para todos sem se preocupar se a pessoa irá ou não recebê-la bem.

Para a maioria de nós, o pensamento de evangelismo é assustador. Se nosso sucesso está garantido, o pensamento de compartilhar nossa fé é muito mais fácil. Mas, se as chances de nosso sucesso são pequenas é muito mais difícil seguir adiante. Eu me pego às vezes não querendo compartilhar a minha fé dizendo coisas como: "esta área é muito difícil de alcançar", ou "os ricos não estão interessados na mensagem."

Eu acho que este medo do fracasso é a principal razão de resistirmos ao chamado de Deus para compartilhar nossa fé com os outros. Às vezes esse medo leva os cristãos a fazer muita "análise do solo" - pregar apenas para aqueles que parecem estar mais receptivos à nossa mensagem.

Com isto em mente, é importante reconhecer que em Ezequiel 3, Deus não parece tão preocupado com os sucessos de Ezequiel no evangelismo, quanto como com a obediência de Ezequiel ao chamado. Na visão dos versos 22-27, o Senhor diz a Ezequiel que ele será amarrado com cordas em sua própria casa, o que o impedirá, temporariamente de pregar a Palavra de Deus. 

A mensagem de Deus para Ezequiel e para nós é simples: "Quando eu te chamo, eu te capacito. Você é fraco, mas eu sou forte. Você não tem palavras para chegar ao coração humano e convencer os outros de sua necessidade de Mim, mas eu posso fazer isso. Quando Eu te usar, pode ser que as pessoas respondam e pode ser que as pessoas não respondam,  apenas tenha boa disposição. Seja fiel e entregue-se a Mim, e Eu farei o trabalho".

Peçamos a Deus a disposição para fazer o trabalho que Ele nos confiou e Ele nos dará não só a disposição, mas também o poder para fazê-lo.

Pr. Eric Bates
EUA


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/3/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 3 

Comentário em áudio 

domingo, 29 de junho de 2014

Entendendo melhor Ezequiel 1

A pedido dos leitores, apresentamos aqui uma compilação de comentários interpretativos sobre Ezequiel 1.

 

- Esta visão tem sido considerada como a mais enigmática do Velho Testamento. Porém, quase tudo o que Deus quis ensinar por essa visão pode (e deve) ser entendido. 4

- A descrição feita pelo profeta é imperfeita, tendo em vista a dificuldade de descrever a glória divina e seres que nem ele, nem seus ouvintes, eram familiarizados. Isto é expresso nas palavras chave "algo semelhante" (v. 26. Tb v. 5). Portanto, as figuras empregadas não devem ser interpretadas literalmente. 1, 4

- As "visões de Deus" (v. 1) ou manifestações da glória de Deus (tb chamadas teofanias) "frequentemente acompanham o chamado de um profeta" (ver tb Isaías, Is 6:1, Moisés, Êx 3:2, João, Após. 1:13). São a introdução do profeta "num novo âmbito de conhecimento e percepção, numa nova etapa de experiências e responsabilidade". "Meras suposições mentais não serviriam. Eles teriam que falar de coisas que realmente viram". 4

- "As 'visões de Deus' deram a Ezequiel a necessária certeza da genuinidade de seu chamado e acrescentaram à sua mensagem a autoridade de que ela precisava". 4

- A glória de Deus (v. 1, 28) sempre esteve ligada ao tabernáculo e ao templo, agora destruído. O objetivo da visão era, além de confirmar o chamado profético de Ezequiel, consolar e "encorajar os judeus num momento em que grande parte de seu país jazia em ruínas devido a invasões sucessivas, e muitos dos habitantes estavam cativos numa terra estrangeira". Deus se importava com eles. Ele "estava no comando" e Seu "poder supremo controlava os negócios dos governantes terrenos". 4    

- Os trinta anos do verso 1 muito provavelmente se referem à idade do profeta. Os sacerdotes (e, também, muito provavelmente Jesus – o grande modelo - e João Batista) começavam seu ministério com essa idade (Nm 4:3). 2, 4

- Ao descrever que "a mão de Deus" estava sobre ele (v. 3), o profeta testemunha que o poder divino repousou sobre ele. "Ezequiel sabia que esse estranho e novo poder que o impelia não era outro senão o poder de Deus". 4

- A expressão "fogo a revolver-se" (v. 4), de acordo com o original em hebraico, indica um fogo que se alimentava continuamente, com o "surgimento constante de novas chamas".4

- Os seres viventes (v. 5 e ss) são querubins, anjos de ordem superior (ver 9:3; 10:15), e são atendentes do trono de Deus. 1, 2, 4

- O número quatro (v. 5, 8, 10, 15, 17) geralmente está associado na Bíblia aos quatro ventos (ou cantos) da terra, ou seja, evidencia o interesse e atividade das instrumentalidades celestiais em favor da salvação de toda a humanidade. 2

- Os querubins não tinham necessidade de se virar (v. 9), uma vez que tinham rostos olhando em todas as direções. 4

- O simbolismo dos quatro rostos dos querubins (v. 10, homem, leão, boi, águia) são também vistas em Apoc. 4:7 e denotam a complitude de "sua natureza, funções e propósito em cumprir o plano de Deus"(ref 3). Muitas outras sugestões tem sido feitas para este simbolismo, como: as qualidades de Jesus ressaltadas nos quatro evangelhos (proposto primeiramente por Irineu e ressaltado em pinturas e esculturas da Idade Média), as quatro tribos líderes de Israel, mas nenhuma delas é conclusiva. 2,3, 4.

- "Não é necessário imaginar que, a serviço de Deus, haja seres de quatro cabeças e quatro asas". "As formas escolhidas para essa apresentação profética tinham o objetivo de simbolizar mensageiros celestiais na plenitude de sua função, capacidade e adaptabilidade". 4

- Os relâmpagos do v. 14 denotam que os querubins viajavam em alta velocidade. 3; E também "a rapidez com que a obra de Deus será consumada". A aparente demora só pode ser entendida à luz de 2Pe 3:9 ("...que nenhum pereça..."). Porém, "um dia, em breve, revestido de grande surpresa, o fim virá, mais rapidamente do que as pessoas imaginam". 4

- As rodas (v. 16) que se interseccionavam, provavelmente denotam as intrincadas interações das ações humanas, todas, porém, sob o controle divino. 3 A estrutura e o arranjo singular das rodas apresentavam uma cena aparentemente confusa; contudo, os movimentos tinham perfeita harmonia". 4

- A liberdade de movimentos dos querubins (v. 17) denota a onipresença de Deus; os olhos (v. 18), Sua onisciência. 1, 2, 3

- O som das asas dos querubins (o "tatalar", v. 24) é descrito imperfeitamente como de muitas águas, uma catarata, mas sugere "a voz de uma grande multidão, como se inúmeros indivíduos estivessem envolvidos nos movimentos dos seres ... e das rodas". 4

- A repetição do ato de abaixar as asas, v. 24 e 25, "sugere um ato de reverência dirigido à Majestade, no alto" (v. 26), "quando a voz [de cima do firmamento] foi ouvida" (v. 25).  "Os querubins pararam, os potentes sons de seu movimento cessaram, e suas asas se abaixaram e ficaram imóveis em atitude reverentes". 4

- O clímax da visão ocorre quando acima do firmamento cristalino o profeta viu algo semelhante ao "mais rico e profundo azul". "Então, à medida que os detalhes foram se tornando mais nítidos, o profeta notou a forma de um trono". 4

- O ser no trono, semelhante a um homem (v. 26), é identificado como Jesus, antes da encarnação. 3

- "Em visão, o profeta contemplou apenas uma representação do original ... Ezequiel não viu o Ser divino em si, mas uma representação da Divindade. Ao descrever o Ser como um homem, o profeta empregou extrema cautela... 'Ninguém jamais viu a Deus' (Jo 1:18), e, assim, os seres humanos são incapazes de dar uma descrição de Sua verdadeira essência." 4

- O arco íris em volta do resplendor do trono (v. 28) simboliza a misericórdia divina (ver Gên 9:13). 3

-"O arco-íris que fica ao redor do trono de Deus é a certeza do Seu eterno amor." "É um 'sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido' (PP, 107)". 4

 

- "O Deus que governa desde o Céu não é um Senhor ausente. Ezequiel viu o firmamento e o trono diretamente acima da cabeça dos seres viventes. Estes, por sua vez, estavam ao lado de cada uma das rodas que, quando paradas, tocavam o solo. É confortante saber que Aquele que Se assenta acima dos querubins está no controle de tudo, que Ele guarda Seu povo, que todos os poderes terrenos que buscam se exaltar contra o Deus do Céu serão subjugados, e que Deus será tudo em todos." 4

  

1. Comentários da Bíblia Shedd

2. Comentários da Bíblia NVI Vida

3. Comentários da Andrews Study Bible

4. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.4

Ezequiel 2

Comentário devocional:

Meu pai não era um cristão. Ele estava envolvido no  "Movimento da Nova Era" e praticava ativamente astrologia e meditação transcendental e até mesmo valorizava cristais pelas suas "propriedades curativas." A última vez que visitei meu pai em seu apartamento eu tinha 18 ou 19 anos. Quando ele me recebeu na porta de entrada, disse que não estava interessado em uma visita muito longa porque estava jejuando e meditando a fim de se preparar espiritualmente para um encontro com Deus.

Ao longo da história, as pessoas têm dado o melhor de si para experimentar Deus, isolando-se dos amigos e familiares, chegando mesmo a infligir dor a si mesmos e outros sofrimentos em tentativas desesperadas de se conectar com Deus. Ezequiel oferece uma perspectiva diferente. É Deus quem vem à procura de Ezequiel e Se revela a ele.

Na visão, Deus chama Ezequiel para uma missão. Mas ele não é chamado para evangelizar pessoas em alguma aldeia remota em uma terra estrangeira. Ele não precisa frequentar uma escola de idiomas ou aprender a cultura do seu público-alvo, porque ele é enviado por Deus para evangelizar o seu próprio povo, os "filhos de Israel".

Evangelizar seus próprios amigos e familiares já é desafiador, mas o chamado de Deus para Ezequiel é ainda mais difícil. Nesta chamada, Deus compartilha com Ezequiel que, apesar de seus melhores esforços para convencê-los, Israel não iria ouvir sua mensagem.

Por que Deus pediu a Ezequiel para fazer uma coisa impossível - evangelizar o seu povo? Eu acho que podemos tirar algumas conclusões desta situação. Em primeiro lugar, no caso de Ezequiel, Deus parece mais preocupado com a obediência de Ezequiel ao chamado. Deus deseja que o Seu povo seja fiel em compartilhar a sua fé, independentemente dos resultados. Em segundo lugar, o sucesso da evangelização não depende de nós. Alguns dos melhores sermões podem cair em ouvidos surdos e corações insensíveis e algumas das piores mensagens produzem o maior número de conversões. A presença e o poder de Deus, atuando junto aos ouvintes, através do Seu Espírito é que faz a diferença.

Evangelismo eficaz é o trabalho de Deus; Ele não é limitado pelas nossas fraquezas. Esta é uma grande notícia, mas também é uma notícia extremamente humilhante. É humilhante, porque mesmo que você seja o mais eficaz comunicador e mestre nas habilidades do evangelismo, sem o Espírito de Deus você não será bem sucedido em alcançar os perdidos.

O chamado de Deus a nós, hoje, não é muito diferente do que Ezequiel recebeu. A nossa resposta também deveria ser a mesma: obediência e submissão a Deus. Ele virá até você e fará toda a diferença. Esta é uma ótima notícia! Não é? Amém.

Pr. Eric Bates 
EUA



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/2/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 2 

Comentário em áudio 

sábado, 28 de junho de 2014

Ezequiel 1

Comentário devocional:

O livro de Ezequiel nos traz novamente ao tempo de Judá (c. 593-571 aC), antes e depois da destruição de Jerusalém pelo exército babilônico sob o Rei Nabucodonosor. Assim como os profetas haviam predito, Deus permitiu que Judá fosse conquistado por causa de sua repetida idolatria. 

Era prática dos babilônicos, em suas incursões militares, levarem prisioneiros para a sua terra. Os jovens mais brilhantes eram levados para o exílio a fim de serem educados na ciência, filosofia e religião de seus conquistadores, para, em seguida, serem colocados em posições de liderança. 

O profeta Ezequiel encontra-se em território inimigo, na Babilônia. Ele fora levado para lá assim como Daniel e seus três amigos. Na Babilônia, Deus se revela a Ezequiel por meio de uma visão. 

A descrição da visão nos versículos 4-18 é incrível. É difícil imaginar a cena vista por Ezequiel. Os cineastas de hoje, mesmo com todos os modernos efeitos especiais cinematográficos disponíveis, teriam dificuldade para reproduzir o fogo, os querubins com múltiplas asas, e o trono de Deus com o próprio Senhor, assentado, em toda a Sua glória. 

Um fato merece ser destacado. Apesar de Judá ter sido conquistado e estar sendo oprimido, apesar de Ezequiel ser um cativo e residir em terra estrangeira, com outros exilados, Deus sabe exatamente onde ele está. Deus conhece exatamente as circunstâncias que Ezequiel está atravessando e aparece e fala com Ele! 

Você já se sentiu como residindo em território estrangeiro, onde a cultura que o envolve é contrária a sua caminhada com Cristo? Alguma vez você já sentiu como se estivesse vivendo em "território inimigo", perdido, sozinho ou esquecido? 

Quer você esteja sentindo-se isolado e sozinho, devido a circunstâncias alheias a sua vontade ou como resultado de suas próprias más escolhas, saiba de uma coisa: Você é filho de Deus e Ele não se esqueceu de você. Ele sabe exatamente onde você está e através de Sua Palavra e do Seu Espírito, Ele virá até você e falará ao seu coração e o manterá aquecido. Esta é uma notícia maravilhosa! Amém. 

Eric Bates 
Pastor na Conferência dos Estados do Golfo*
EUA


* Reúne os estados de Alabama, Mississipi e noroeste da Flórida


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/eze/1/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Ezequiel 1 

Comentário em áudio 


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Convite a ler Ezequiel

Mal terminaram os escritos de Jeremias e já estamos com saudades do amor do profeta por Deus, por Jerusalém, pelo rei (o "ungido de Deus", Lam 4.20), pelo seu povo. Mas o livro de Ezequiel está à nossa frente e tem muitas e maravilhosas lições para nosso proveito.

Ezequiel foi contemporâneo de Jeremias, porém seu ministério começou bem depois. Jeremias começou seu ministério ao tempo do reinado de Josias. Ezequiel testemunhou o primeiro ataque babilônico a Jerusalém no reinado de Jeoaquim, filho de Josias (2Rs 24.1). No segundo ataque, em 597 aC, quando reinava Joaquim, Ezequiel foi deportado, junto com outros jovens intelectuais judeus, para a Babilônia (2Rs 24.14) onde foi chamado por Deus a ser profeta, cinco anos depois. Profetizou por, pelo menos, 22 anos (Ez 1.2; 29.17). No seu chamado (cap. 1), Ezequiel foi levado em visão ao Céu, onde viu a Deus em Seu trono, em imagens semelhantes à apresentadas em Apoc. 4.

Assim, como Isaías, Jeremias e Sofonias, Ezequiel apresenta a estrutura: condenação de Jerusalém (cap. 3 a 24) - condenação dos povos vizinhos (cap. 25 a 32) - consolação de Jerusalém (cap. 33 a 48). Neste último bloco, escrito depois da terceira, trágica e arrasadora invasão babilônica, em 586 aC, o profeta traz mensagens de consolo e restauração para Israel.

Sabemos que Ezequiel era casado (24.15-18), morava em casa própria (3.24; 8.1) e levava uma vida relativamente livre, junto com seus companheiros de exílio. Quando o Senhor lhe informou que Jerusalém estava sendo sitiada e seria tomada (24.1-14), recebeu também a informação de que sua amada esposa, o "prazer dos seus olhos" (24.16) também lhe seria tirada. O profeta não deveria lamentar em público a perda da esposa, assim como os judeus não deveriam ficar enlutados ostensivamente por Jerusalém e o templo, o deleite dos olhos de Israel. A vida de um profeta, definitivamente, não é fácil!

O tema principal do livro de Ezequiel é a soberania de Deus.
Que o Senhor seja soberano em nossas vidas, também. Para sempre.

Fontes: Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, comentários das Bíblias Shedd e NVI Vida. 

Lamentações 5

Comentário devocional:

No capítulo final do livro de Lamentações, uma oração sobe ao céu. A súplica: "Lembra-Te" (v. 1) demonstra apego a Deus. No sofrimento que se seguiu à destruição de Jerusalém e do seu templo, na escuridão que parecia separar os sobreviventes do Senhor, alguém disse: "Lembra-Te". 

Jeremias conhece a Escritura. Ele sabe que quando Deus se lembra, coisas acontecem para o seu povo (cf. Gn 8:1; 19:29; 30:22; Ex 2:24; 6:5). A miséria da catástrofe é equilibrada pela eternidade do Senhor: "Tu, Senhor, reinas para sempre." (v. 19 NVI).

O tempo de Deus é certo; Sua justiça é transformadora; Sua paciência é eterna. Ele não pode Se esquecer (v. 20), porque Ele nos ama como uma mãe que cuida de seu bebê (Is 49:14, 15). Mas é só Ele que pode nos transformar. " Restaura-nos para ti, Senhor", escreve Jeremias: “renova os nossos dias como os de antigamente" (v. 21 NVI).

No meio de nossas lutas particulares e em nossos momentos pessoais de escuridão, Lamentações nos lembra que Deus não está ausente. Ele está ao nosso redor. Sua disciplina é sempre transformadora; Sua paciência e longanimidade são eternas (Ex. 34:6, 7); Deus, na verdade, está ansioso de vir ao nosso socorro!

"Lembre-se" hoje, da bondade de Deus e da salvação que Ele oferece gratuitamente a todos.

Gerald A. Klingbeil
Universidade de Andrews


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/lam/5/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Lamentações 5 

Comentário em áudio

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lamentações 4

Comentário devocional:

Panelas de barro não são feitas para cair. Lembro-me, como se fosse hoje, quando uma das minhas filhas, ainda jovem, carregava uma pilha perigosamente instável de pratos de porcelana em direção à nossa pia da cozinha. Quando pensei em lhe advertir do perigo, já era tarde demais. O prato que estava em cima começou a se mover e, deslizando, caiu e quebrou-se no chão da nossa cozinha.

A argila é um material maravilhoso. Um oleiro habilidoso pode fazer nela desenhos incríveis e depois de endurecidos pelo fogo podemos usá-los como pratos, copos ou vasos por muito tempo, anos até. No entanto, se sofrerem um só tombo os objetos de cerâmica se quebram.

Jeremias e os outros sobreviventes da queda de Jerusalém devem ter se sentido como potes de barro quebrados. "Como os preciosos filhos de Sião, que antes valiam seu peso em ouro, hoje são considerados como vasos de barro, obra das mãos de um oleiro!" (v. 2 NVI). O sentimento de satisfação de fazer parte de uma cidade conhecida como o "povo escolhido de Deus”, tudo isto desapareceu quando a cidade e o templo arderam em chamas.

Como podemos sobreviver quando o tapete debaixo dos nossos pés é retirado? Depois de uma situação trágica assim, como podemos recuperar o nosso verdadeiro valor? Há apenas um caminho: precisamos correr para os braços do nosso Criador que cuidou tão profundamente de nós a ponto de se tornar um de nós e morrer em nosso lugar! 

Paulo também utiliza esta figura de vasos de barro em 2 Coríntios 4:7: "Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós" (NVI). Não é o vaso, o utensílio, que é essencial - é o seu conteúdo, Cristo em nós.

Descubra a sua verdadeira identidade e valor caminhando diariamente com o Senhor, mesmo que hoje você esteja passando por um vale escuro. 

Gerald A. Klingbeil
Universidade Andrews, USA



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/lam/4/

Traduzido por JAQ/JDS


Texto bíblico: Lamentações 4 


Comentário em áudio 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Comentários em áudio

Olá, amigos!
Mais uma boa notícia: a partir de hoje colocaremos junto com o post do dia um link para que você possa ouvir os comentários gravados em áudio pelo pastor Valdeci Jr.
Não é ótimo isso?

Para ouvir o comentário em áudio sobre Lamentações 3 clique aqui: <))


Lamentações 3


Comentário devocional:

Todos nós nos lembramos de momentos sombrios em nossas vidas. Momentos em que lutamos, duvidamos, choramos. Mas existe um outro ponto, mais importante, que transforma tudo. É o momento em que nos damos conta de que Deus ainda age em nossas vidas e que Ele é bom.

Lamentações 3 não é apenas o capítulo mais longo do livro - é também o momento de virada nos sentimentos do profeta em que ele passa do desespero à confiança: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a Tua fidelidade"(v. 22, 23 ARA).

A bondade e a compaixão de Deus não são negociáveis; elas não dependem de nós; elas estão disponíveis gratuitamente, mas exigem uma resposta chave. Precisamos esperar por Ele (v. 25); é preciso "esperar tranquilo pela salvação do Senhor" (v. 26). Esperar requer resistência. Temos que tratar aquilo que não podemos ver como se fosse realidade. A espera é a parte da fé que se apodera de Jesus; a espera também requer um autoexame e uma disposição de se arrepender e retornar para Deus. 

"Examinemos e coloquemos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor. Levantemos o coração e as mãos para Deus"(v. 40, 41 NVI). Ao enfrentar os desafios de hoje, levante o seu coração para o Pai celeste e diga-Lhe que você está disposto a deixá-lo conduzir a sua vida.

Gerald A. Klingbeil, D.Litt.
Universidade Andrews, USA


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/lam/3/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Lamentações 3 

Comentário em áudio

terça-feira, 24 de junho de 2014

Lamentações 2

Comentário devocional:

Quando coisas ruins acontecem conosco queremos por a culpa em alguém. Primeiro, nos perguntamos "porquê" e "como" e depois nos concentramos em "quem".  Em Lamentações 2 o profeta volta-se para "quem" permitiu a tragédia chegar a Judá. Para Jeremias, o Senhor "jogou por terra o esplendor de Israel"; Ele "derrubou ao chão e desonrou o seu reino e os seus líderes" e "cortou todo o poder de Israel" (vs. 2, 3, NVI).

A ira de Deus ardeu contra Jacó "como um fogo ardente que consome tudo ao redor" (v. 3). Deus, aparentemente, abandonara todo o sistema de adoração cultual, incluindo o altar, o tabernáculo, as festas, e os sacerdotes (vs. 6, 7). Como poderia Aquele que tinha estabelecido o sistema sacrifical do templo, que apontava para o santuário celestial, ser o agente de sua destruição? Podemos até imaginar a perplexidade de Jeremias, mas precisamos balancear a descrição da ira de Deus com os séculos de paciência divina demonstradas quando Israel seguiu seus próprios desejos, a influência de seus vizinhos e suas inclinações pecaminosas, mas não seguiu a seu Deus.

A queda de Jerusalém não ocorreu devido a uma explosão de raiva de um deus tirano que precisava desabafar. Os juízos divinos sobrevieram devido a séculos de idolatria, declínio espiritual e falta de compaixão para com os fracos e necessitados.

"Sua ferida é tão profunda quanto o oceano; quem pode curá-la?", pergunta o autor de Lamentações (v. 13, NVI). Quem poderá curar nossas feridas e lesões quando lutamos com nossa culpa e com o sentimento de que Deus está distante?

Lamentações 2 não oferece uma resposta clara - ainda não. Mas sabemos que, em todas as ocasiões, “o Senhor fez o que planejou” (v. 17 NVI). Em todas as ocasiões, Ele aje de acordo com padrões perfeitos de justiça e misericórdia. Ele não é insensível às nossas necessidades e nem se irrita facilmente. Ele é o Criador, Sustentador e Salvador do universo. E está disposto a dar tudo para Seus filhos. Suas promessas serão cumpridas, embora Ele possa demorar um pouco.

Gerald A. Klingbeil
Universidade de Andrews

Traduzido por JDS/JAQ


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Lamentações 1

Comentário devocional:

Quando ocorre um desastre, as perguntas "como?" e "por que?" de repente se tornam importantes. Como é possível que tudo o que eu conhecia e pensava ser sólido parece estar se derretendo? Como Deus pode ficar quieto diante da minha dor e sofrimento?

O primeiro capítulo de Lamentações ainda não mostra os "comos" e "porquês", mas estas perguntas surgirão em abundancia nos capítulos seguintes. O livro poético é escrito em um estilo acróstico cuidadosamente projetado, ou seja, o poeta utilizou as 22 letras do alfabeto hebraico como a primeira letra de cada verso nos capítulos 1, 2, 4 e 5. No capítulo 3, no centro do livro, Jeremias usou 66 versos (cada grupo de três versos começando com uma letra do alfabeto hebraico).

Todo este cuidado com os detalhes mostra que estas não são divagações espontâneas de um autor desiludido e magoado – o livro é uma descrição cuidadosamente elaborada da estrutura social e das razões para o exílio. O livro também reconhece que a nossa única esperança está no renovado compromisso com o nosso Criador e Salvador. "Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração em geração" (Lam 5:19 NVI) é uma declaração de fé cujo cumprimento pleno será no futuro. 

A primeira palavra de Lam. 1:1 ("Como...!") dá o tom. É uma exclamação de dor; um grito de lamento, usualmente utilizada em um ambiente de funeral (2 Sam 1:19, 25, 27,.. Isa 1:21; Jer 48:17). Judá não existe mais; seu templo está destruído (v. 10); seus líderes e sacerdotes tentam fugir (v. 4, 6). A causa para este desastre é evidente: "Jerusalém pecou gravemente; por isso, se tornou repugnante" (v. 8 ARA). O escritor reconhece imediatamente a resposta divina: "o Senhor me afligiu" (v. 12 ARA), "me entregou àqueles que não consigo vencer" (v. 14 NVI), "o Senhor pisou, como num lagar, a virgem filha de Judá" (v. 15 ARA). Esta não é uma "má sorte" que aconteceu “por acaso” ou uma situação política adversa - Deus está por trás da queda de Jerusalém, ilustrando um ponto importante da visão bíblica da história.

Sim, foi Babilônia que destruiu a cidade e seu templo em 586 aC. Sim, foi o rei de Babilônia, Nabucodonosor, que enviou alguns habitantes de Judá para o exílio, mas em última análise, Deus está no controle (Dan. 1:2). Jeremias, assim como Daniel, e todos os outros fiéis de outrora, reconheceram a mão ativa de Deus na história. 

Eu não sei se neste momento você está passando por lutas ou alegrias. Mas lembre-se: o Senhor é justo – e está no controle. Quando Ele traz o julgamento ou a salvação Ele é soberano. Entretanto, Ele está atento às suas lágrimas e disposto a ouvir as suas orações. 

Gerald A. Klingbeil
Universidade de Andrews



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/lam/1/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Lamentações 1 

domingo, 22 de junho de 2014

Introdução ao livro de Lamentações

Amigos, amanhã, segunda-feira, começaremos a ler Lamentações.

A guisa de introdução ao livro, postamos aqui os comentários de duas Bíblias de Estudo:

“O livro de Lamentações tem um tema principal: o sofrimento que sobreveio a Jerusalém quando Nabucodonosor capturou a cidade, em 586 a.C. Tanto o rei Zedequias como seus filhos, seus homens de confiança, o sumo sacerdote, e os líderes da cidade foram levados para o cativeiro. Depois os filhos do rei foram mortos, a cidade foi queimada juntamente com o templo; todos os objetos de valor foram levados embora, a muralha da cidade foi destruída, milhares de cativos foram levados, de maneira que a única coisa que restava na cidade e na terra ao redor era uma diminuta população dos mais pobres ignorantes.

“Numa série de elegias, o autor expressa sua inconsolável tristeza por causa da agonia e tristeza da cidade. O primeiro lamento descreve e explica as aflições, em termos gerais. O segundo descreve o desastre com maiores detalhes. Salienta que a destruição da cidade foi um julgamento de Deus contra o pecado. Alguns fatores profundos desse julgamento são elucidados na terceira lamentação. A quarta lamentação sublinha algumas lições que Jerusalém aprendera do julgamento. O quinto e último lamento (mais exatamente, é uma oração) descreve como os sofrimentos de Jerusalém levaram-na a lançar-se nos braços da misericórdia divina, e a esperar que o Senhor seja novamente gracioso para com Israel, agora purificada no cadinho da aflição. Visto que o livro de Lamentações trata do sofrimento como julgamento contra o pecado, o crente afligido pode encontrar na linguagem do livro a sua própria confissão, auto humilhação e invocação.

“O livro de Lamentações consiste em cinco poesias que seguem o padrão dos hinos fúnebres hebraicos. Cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico, cada uma na sua ordem certa.

“Desde os tempos mais antigos, os judeus, e posteriormente, os cristãos, tem atribuído o livro de Lamentações à pena de Jeremias. Comentários da Bíblia Shedd.


“O autor de Lamentações compreende com clareza que os babilônios eram meros agentes do castigo divino, e o próprio Deus destruíra Sua cidade e Seu templo (1.12-15; 2.1-8, 17, 22; 4:11). Não foi, no entanto, arbitrária a atuação de Deus; o pecado desavergonhado que desafiava a Deus e a rebeldia que violava a aliança foram as causas principais do infortúnio do povo (1.5, 8, 9; 4.13; 5.7, 16). Embora fosse de esperar o choro (1.16; 2.11, 18; 3.48-51) e fosse natural o clamor por punição contra o inimigo (1.22; 3.59-66), o modo certo de reagir ao juízo é o arrependimento sincero, de todo o coração (3.40-42). O livro que começa com uma lamentação (1.1,2) termina acertadamente com arrependimento (5.21,22).

“No meio do livro, a teologia de Lamentações chega ao ápice ao focalizar a bondade de Deus. Ele é o Senhor da Esperança (3.21,24,25), do amor (3.22), da fidelidade (3.23), da salvação (3.26). A despeito de toda prova em contrário, “as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a Tua fidelidade” (3.22,23). Comentários da Bíblia de Estudo NVI Vida.

Jeremias 52

Comentário devocional:

O final do capítulo 51 diz: "Aqui terminam as palavras de Jeremias" (Jeremias 51:64, NVI). Então, quem escreveu o capítulo 52? Jeremias começou seu ministério profético em torno de 625 aC. Ele provavelmente não estava vivo no momento em que o rei Nabucodonosor morreu e Evil-Merodaque tornou-se o rei de Babilônia em 562 aC. Isso aconteceu no 37 º ano do rei Joaquim, depois de ter sido exilado na Babilônia. Além disso, o capítulo 52 é quase idêntico à última porção de 2 Reis (24:18-25:30). Portanto, o escriba de Jeremias pode ter acrescentado esta parte, considerando necessário colocá-la no final do livro de Jeremias como uma nota adicional de confirmação da queda de Jerusalém.

O capítulo 52 (vs. 1-11) retrata o reinado de Zedequias, a derrota de Judá pelos caldeus, e o fim desastroso da família real e dos oficiais de Judá. A razão pela qual Deus permitiu que tudo isso acontecesse a Jerusalem foram as maldades cometidas pelos reis Zedequias e Joaquim (vs. 2-3).

Os versos 12-16 relatam as providências que Nebuzaradã, capitão da guarda de Nabucodonosor, tomou com relação a Jerusalém, após a sua conquista. No décimo dia do quinto mês do ano 19 do reinado de Nabucodonosor, ele entrou em Jerusalém e queimou o templo de Deus e a casa real depois de pilhá-los. O exército caldeu destruiu as muralhas da cidade ao redor de Jerusalém e Nebuzaradã levou a maioria dos judeus para a Babilônia, exceto os agricultores mais pobres que foram deixados para cuidar das vinhas e plantações. 

Nos versos 17-23 são listados os itens e utensílios do templo de Jerusalém levados para a Babilônia. Eles levaram a maioria do ouro, da prata, do bronze e dos utensílios, incluindo as duas altas colunas de bronze e o enorme "mar" de bronze. Então, nos versos 24-27 lemos que Nebuzaradã levou 74 judeus, incluindo príncipes e sacerdotes, para Ribla, onde Nabucodonosor estava, e que o rei ordenou a morte de todos eles. Triste fim para aqueles que não quiseram atender aos apelos divinos através de Jeremias.

Os versículos 28-30 nos informam o número total de exilados de Judá que foram levados para longe da terra da Judéia: quatro mil e seiscentos.

Como é triste ler sobre a destruição de Jerusalém! O povo de Judá poderia ter prosperado se tivesse obedecido a Deus. Mas o caminho da desobediência e rebelião sempre conduz ao caos e destruição.

A boa informação mencionada no final deste capítulo é que Evil-Merodaque, o sucessor de Nabucodonosor, libertou Jeoaquim, o rei cativo de Judá, e permitiu que comesse na mesa real. Mesmo na pior tragédia Deus ainda tem meios de nos socorrer e aliviar o nosso sofrimento.

Senhor, eu Te louvo porque és justo e bondoso. Ajuda-me a ser fiel a Ti a fim de que as bênçãos que desejas para mim possam se realizar de modo completo. Amém

Yoshitaka Kobayashi
Japão


http://reavivadosporsuapalavra.org/

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/52/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Jeremias 52

  
Nota: Observe que os acontecimentos narrados nos capítulos 1 a 4 de Daniel ocorrem entre os fatos registrados nos versos 27 a 31 de Jer 52.

sábado, 21 de junho de 2014

O que aconteceu com Jeremias?

As últimas palavras registradas de Jeremias estão em Jer 44:30. 
Os capítulos 45 a 51 haviam sido escritos por Jeremias, muitos anos antes da invasão e destruição de Jerusalém. O cap. 52, de acordo com Jer 51:64, teve outro autor, provavelmente Baruque, e é um epílogo histórico com objetivo de mostrar o cumprimento das advertências proféticas de Jeremias.

A Bíblia não registra o que aconteceu depois das últimas palavras de Jeremias no Egito. Temos apenas informações extrabíblicas, entretanto inconclusivas: 
"A tradição judaica diz que, devido ao fato de Jeremias condenar seu destino, os judeus no Egito apedrejaram o profeta até a morte, embora de acordo com outras tradições ele tenha sobrevivido até a invasão de Nabucodonosor ao Egito e sido levado para Babilônia ou de volta a Judá, onde teve morte natural." Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 4, p. 547.

Ao completarmos a leitura de Jeremias, ficamos com um sentimento de profunda admiração pela coragem e determinação do profeta em proclamar uma mensagem impopular com risco da própria vida. E também uma tristeza muito grande porque toda a destruição e sofrimento do povo judeu podiam ser evitados se escutassem aos apelos do Senhor por um reavivamento e reforma.

Que o Senhor continue falando ao nosso coração, reavivando-nos pela Sua Palavra!

Jeferson Quimelli


Jeremias 51

Comentário devocional:

Jeremias 51 (v. 3-4) diz: " Não poupem os seus [de Babilônia] jovens guerreiros, destruam completamente o seu exército" (NVI). Ciro conquistou a Babilônia e matou o rei Belsazar, mas não destruiu a cidade de Babilônia e não matou o soldados. 

A profecia de Deus é sempre condicional. Se o exército babilônico tivesse resistido e não se rendido aos medos, Ciro teria destruído todos os soldados babilônicos. A cidade da Babilônia continuou existindo até o tempo de Seleuco Nicator. Depois que ele construiu a cidade de Selêucia perto de Babilônia, seus habitantes se mudaram para Selêucia e a cidade de Babilônia se tornou afinal uma ruína como predito por Jeremias (v. 26, 29).

Uma das razões para a punição divina do reino da Babilônia foram as atrocidades desnecessárias cometidas contra Judá e a cidade de Jerusalém (v. 35). Deus usou os reis dos medos para lutar contra a Babilônia (v. 11). Esta mensagem é a repetição de Isaías 13:7. Deus permitiu que Babilônia punisse Judá, mas Babilônia não deveria cometer tamanha crueldade contra Judá, que continuava a ser o povo de Deus e seria perdoado por Ele (Jer 50:20). Eles oprimiram o povo de Judá e não os deixaram voltar à sua terra natal por 70 anos (Jer 50:33). 

Outra razão foi o pecado cometido contra o Santo de Israel (v. 5). Os soldados babilônicos -  que obviamente não eram sacerdotes - entraram nos lugares sagrados do templo de Deus em Jerusalém, e levaram muitos dos utensílios.

Nos versos 59 a 64 encerra-se a longa profecia contra Babilônia. No quarto ano do rei Zedequias, Jeremias confiou o livro (rolo) desta profecia contra a Babilônia ao sumo sacerdote (Jer 52:24) Seraías, pedindo-lhe que a lesse em voz alta quando todos estivessem na Babilônia, amarrasse nele uma pedra e o jogasse no rio Eufrates. Isso significava que Babilônia afundaria “para não mais se erguer” (v. 64 NVI).

Mesmo para Babilônia, a destruição da cidade foi adiada, pois o aviso era condicional. Da mesma forma Deus é clemente e misericordioso para conosco, esperando por nosso arrependimento para nos salvar de nossa condição pecaminosa. 

Deus está sempre desejoso de nos conceder as Suas bênçãos. Existe algo em nós que O impeça de agir assim?

Yoshitaka Kobayashi
Japão



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/51/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Jeremias 51

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Jeremias 50

Comentário devocional:

Os capítulos 50 e 51 de Jeremias são uma profecia contra o Império Caldeu Babilônico. Os caldeus eram os descendentes de Quésede, filho de Naor (irmão de Abraão) e Milca (Gênesis 22:22). Eles viviam inicialmente em Ur dos Caldeus e mais tarde de mudaram para o sul, conquistaram a cidade de Babilônia e fizeram dela sua capital. 

Curiosamente, tanto os babilônios como os israelitas eram descendentes de Eber (Gênesis 10:25) e eram também chamados de "Ibri", "hebreus" (Eber, terminando com i). O Deus da Bíblia é "o Deus dos hebreus" (Gn 14:13; Êxodo 3:18).

A palavra "caldeus" veio do grego chaldaioi. Eles falavam o aramaico que Daniel teve que aprender durante o cativeiro e que Esdras e Neemias falaram quando voltaram para casa na Palestina. 

Na época de Abraão, havia poucos crentes no Deus dos hebreus. Algumas gerações mais tarde, no tempo de Jó, os caldeus saquearam os bens de Jó (Jó 1:17). Eles conquistaram a terra da Mesopotâmia, e fizeram da antiga cidade de Babilônia a sua capital. Eles adotaram a religião da Babilônia e adoraram ao deus "Marduque" (Jeremias 50:2, NVI).

Há uma história interessante sobre o nome da cidade de Babilônia. Quando os sumérios construíram torres e cidades, eles deram a uma cidade que tinha uma torre feita de tijolos o nome de Ka-dingirra que significa "porta de Deus". Mais tarde, os acádios que conquistaram esta cidade a chamaram de Bab-ili, que também significa "porta de deus". Após a confusão da linguagem, esta cidade foi chamada de Babel "porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra" (Gênesis 11:9, NVI). 

O retorno de Israel do exílio babilônico (v. 4) foi profetizado para acontecer após o Império Babilônico cair, conquistado pelos medos e persas. 

Na Bíblia Jeremias usa o nome "Babilônia" mais do que qualquer outra pessoa. Ele fala em nome do Senhor: "Preparei uma armadilha para você, ó Babilônia, e você foi apanhada antes de percebê-lo; você foi achada e capturada porque se opôs ao Senhor" (Jer. 50:24, NVI).

"Babilônia foi conquistada” (v. 2 NVI). Isaías também profetizou a respeito: "Caiu! A Babilônia caiu!" (Isaías 21:9 NVI).  As razões para a queda da antiga Babilônia foi a sua adoração de ídolos (v. 2) e o orgulho acerca do seu poder. A cidade cairia “porque ela desafiou o Senhor, o Santo de Israel” (v. 29 NVI). A profecia de sua queda é repetida no Novo Testamento: "Caiu! Caiu a grande Babilônia!" (Apocalipse 18:2, NVI). A grande Babilônia também caiu pelos mesmos motivos: falsa adoração e orgulho.

Querido Deus, afasta de mim qualquer resquício de orgulho e apego a falsos deuses. Que a minha confiança e a minha alegria estejam somente em Ti. Amém

Yoshitaka Kobayashi
Japão


http://reavivadosporsuapalavra.org/

Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/50/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Jeremias 50 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Jeremias 49

Comentário devocional:

O livro de Jeremias contém muitas profecias. Este capítulo é dirigido a cinco povos que tinham relações com o povo de Judá.

A primeira seção é a profecia contra a capital dos amonitas, que eram os descendentes de Ben-Ami, filho da filha mais nova de Ló. Eles viviam no lado oriental do rio Jordão. Os amonitas tinham seu próprio deus, Moloque, que significa "Rei Divino." No tempo dos juízes os amonitas eram hostis contra os israelitas (Juízes 3:13).  Eles ridicularizavam Israel, dizendo que Israel perdera o domínio da terra que havia sido concedida à tribo de Gade e agora o deus Moloque morava lá (v. 1). Eles trouxeram contra si o desagrado de Deus porque mostraram-se infiéis (v. 4) ao verdadeiro Deus.

A segunda parte deste capítulo é a profecia contra Edom. Os edomitas eram os descendentes de Esaú. Quando os israelitas estavam no Egito, a cidade de Temã, em Edom, era famosa por sua sabedoria. Deus, através do Seu Espírito atuou nas pessoas em Temã enquanto os israelitas estavam adorando ídolos no Egito (Josué 24:14). Infelizmente, Edom acabara se tornando como Sodoma e Gomorra (v. 18) porque os edomitas se deixaram enganar por seu orgulho e coragem (v. 16).

A terceira seção é a profecia contra Damasco, a qual era uma antiga cidade aramaica na beira do deserto que prosperara por causa de seu oásis fértil. Esta cidade teve verdadeiros adoradores de Deus, como Naamã e Hazael, no passado. No entanto, como eles haviam abandonado ao verdadeiro Deus, esta "cidade da alegria" (v. 25 NVI) de Deus seria abandonada.

A quarta seção é a profecia contra Quedar e Hazor. Quedar era filho de Ismael (Gên 25:14). A tribo de Quedar era famosa por suas ovelhas (v. 29) e seus arqueiros hábeis (Isaías 21:17). No tempo dos juízes Israel não foi capaz de conquistar a forte cidade canaanita de Hazor [provavelmente também ismaelita]. Mais tarde, Nabucodonosor, rei da Babilônia, conquistou ambas as cidades. 

A quinta profecia é contra o Elão, terra a leste da Babilônia. Esta profecia foi cumprida quando o Elão tomou o lado dos babilônios, que mais tarde foram derrotados pelos assírios. Se os elamitas tivessem se arrependido, Deus os teria restaurado e os abençoado com prosperidade.

Todas as profecias mencionadas acima eram condicionais. Naquela época, Deus queria que as pessoas - individualmente e como um povo – se arrependessem e retornassem para Deus. Deus tem o mesmo desejo para nós hoje.

Yoshitaka Kobayashi
Japão


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/49/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Jeremias 49 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Jeremias 48

Comentário devocional:

Este capítulo é uma profecia contra os moabitas, que eram os descendentes de Ló (Gên 19:37). Pedro o chama de "justo Ló" (2 Ped 2:7). Os moabitas viveram inicialmente no sudeste da Transjordânia e ocuparam a cidade de Ar, que estava no lado leste do Mar Morto (Deut 2:9).

Quando os israelitas quiseram ir para a terra de Canaã, os moabitas não lhes permitiram passar por suas terras. No entanto, Deus não permitiu que os israelitas lutassem contra os moabitas porque eles eram seus parentes (Deut 2:19).

Antes do tempo de Moisés, os moabitas adoravam o ídolo Quemos. Por causa disso Deus permitiu que os amorreus viessem e tomassem parte de suas terras (Núm 21:26). Mais tarde, no tempo de Moisés, Balaque, rei de Moabe, pediu a Balaão que amaldiçoasse Israel. Isto aconteceu quando os moabitas adoravam Baal-Peor e levaram os homens de Israel a fazer o mesmo (Núm 25:1-3).

Nos dias em que Jorão, o filho de Acabe, era o rei de Israel, Mesa, rei de Moabe se voltou contra Israel. Seu deus era Camos, e ele mesmo ofereceu seu filho a este deus em holocausto (2 Rs 3:27). Na guerra que se seguiu, Mesa, recusou-se a render-se a Israel. Então, Israel continuou a lutar contra os moabitas, e estes estavam em vias de serem exterminados. Foi quando Deus interveio, interrompendo a luta e permitindo que o remanescente dos moabitas retornasse para casa. 

Aparentemente, não havia ainda chegado o momento para Deus exterminar os moabitas, mesmo sendo eles adoradores de ídolos, pois o Senhor queria que eles se arrependessem e voltassem para Ele.

No entanto, algumas cidades moabitas deveriam ser destruídas porque: (1) eles ainda adoravam o deus Camos (Jer 48:13); (2) Gabavam-se contra o Deus de Israel e escarneciam de Judá (v. 27, 29, 42); (3) diziam que o reino de Judá não era diferente de todas as outras nações, porque Judá havia sido destruída pelos babilônios (Ez 25:8), e (4) eles amaldiçoavam o povo de Judá e violavam suas fronteiras de Judá ( Sof 2:8).

A mensagem de destruição de Deus para Moabe era condicional. Ele enviou esta mensagem aos moabitas através de Jeremias para que eles se arrependessem e retornassem para o Senhor. Se os moabitas tivessem se arrependido, Deus os teria libertado da prisão espiritual da adoração de ídolos e restaurado (v. 47).

Muito antes dessa profecia por Jeremias, Rute, uma mulher moabita, creu em Deus, através da influência da vida piedosa de Noemi. Que possamos ser como Noemi e através da nossa vida piedosa influenciar os nossos vizinhos a crerem em Deus e serem fiéis a Ele como aconteceu com sua nora Rute. 

Yoshitaka Kobayashi
Japão



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/48/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Jeremias 48 

terça-feira, 17 de junho de 2014

Jeremias 47

Comentário devocional:

O capítulo 47 é uma profecia contra os filisteus. Originalmente, os filisteus viviam na ilha de Caftor (muito provavelmente a ilha de Creta). E alguns deles se mudaram para a costa da Palestina no Mar Mediterrâneo. Na época de Abraão e Isaque, os filisteus eram poucos em número e chegaram a conhecer o poder de Deus através de Abraão, "o profeta" de Deus (Gn 20:7). Inclusive, Abraão viveu por muitos anos em Berseba, na terra dos filisteus (Gn 21:33,34).

Depois que os israelitas saíram do Egito e se estabeleceram na terra de Canaã, os filisteus tinham crescido muito em número. Muitos dos vários povos do mar também haviam se mudado para a costa oriental do Mar Mediterrâneo. Alguns deles invadiram a Ásia Menor e destruíram o império hitita. Outro grande grupo desses povos do mar tentou invadir o Egito. No entanto, uma vez que a defesa egípcia era muito forte nesta época, desistiram e se juntaram aos filisteus que já estavam estabelecidos na Palestina.

No momento do estabelecimento dos israelitas na terra de Canaã, os filisteus já tinham estabelecido cinco cidades-estado de acordo com a modo grego de formar cidades. Essas cinco cidades tinham seus próprios governantes (Juízes 3:3). Quando a arca de Deus foi capturada pelos filisteus houve vários acontecimentos milagrosos entre eles (1Sm 5 e 6). Deus lhes deu provas suficientes para que cressem nEle como quando guiou as duas vacas que puxavam o carro com a arca para percorrerem o caminho até  a cidade de Bete-Semes (1 Sam 6:12). No entanto, não há registro na Bíblia de que os filisteus tenham se arrependido e crido no Deus de Israel.

Após esta profecia o exército babilônico invadiu o território dos filisteus, vindo do norte, e o tornou uma parte do império babilônico.

Em nossa sociedade, hoje, também vemos pessoas que, à semelhança dos filisteus, recebem muitas oportunidades para acreditar em Deus mas, mesmo assim, recusam-se a acreditar nestas evidências. É difícil para nós conhecermos as razões destas descrenças. Porém se aproveitarmos as oportunidades e conhecimento que o Senhor nos concedeu nestes últimos tempos, podemos, ao demonstrar verdadeiro interesse por eles, testemunhar de nossa fé e de tudo que o Senhor tem feito por nós 

Yoshitaka Kobayashi
Japão


Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/47/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Jeremias 47 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Jeremias 46

Comentário devocional:

Este capítulo dá início a uma nova seção do livro de Jeremias (capítulos 46-51), com declarações proféticas acerca de várias nações e tribos.

Jeremias 46 está dividido em três seções: (1) os versículos 3-12: a palavra profética de Deus a respeito do exército de Faraó-Neco, que foi acampar ao norte junto ao rio Eufrates perto de Carquemis; (2) os versículos 14-24: a palavra profética de Deus sobre o rei babilônico Nabucodonosor, que viria e derrotaria os egípcios; e (3) os versículos 27-28: uma palavra de encorajamento de Deus para o Seu povo Israel.

Olhemos a primeira seção. Aqui Jeremias prediz a derrota do exército egípcio por Nabucodonosor junto ao rio Eufrates. A partir destes versos descobrimos que o exército egípcio incluía tropas mercenárias de Etíopes, Líbios e Lídios (v. 9). O exército era tão numeroso que parecia a inundação do rio Nilo sobre a terra (v. 8). Então o versículo 10 afirma que o próprio Deus iria intervir e ajudaria Nabucodonosor a derrotar o exército egípcio. Haveria tristeza na terra do Egito, porque os poderosos soldados egípcios seriam derrotados e falhariam em sua campanha militar (v. 11, 12). Essa profecia cumpriu-se no quarto ano de Jeoaquim, rei de Judá.

Na segunda seção, temos uma mensagem de Deus para os judeus que viviam no norte do Egito em lugares como Migdol, Mênfis e Tafnes. O texto original hebraico do versículo 15 pode ser traduzido assim: "Por que o deus Ápis fugiu?" (NVI). O significado é: "Por que o deus-touro egípcio fugiu sem ajudar o exército egípcio?" A seção refere-se ao exército da Babilônia, comandado por Nabucodonosor, como sendo tão poderoso quanto as montanhas de Tabor e Carmel na terra de Israel (v. 18); e se refere ao Egito como uma bezerra que não consegue nem mesmo afugentar moscas que a picam (v. 20). Menciona ainda que o exército babilônico viria contra o Egito com machados, como cortadores de lenha (v. 22, 23).

A terceira seção é uma profecia e um encorajamento aos Judeus que viviam no Egito e aos cativos na Babilônia para que retornassem à sua pátria Israel. Deus diz: "Quanto a você, não tema, meu servo Jacó! Não fique assustado, ó Israel! Eu o salvarei de um lugar distante, e os seus descendentes, da terra do seu exílio. Jacó voltará e ficará em paz e em segurança; ninguém o inquietará" (versículo 27, NVI).

Deus é verdadeiramente o Restaurador da relação de aliança que Ele tem com Seu povo. E como Ele agiu no passado, assim Ele agirá para com o povo de Deus hoje, quando o Senhor voltar e nos levar para casa.

Yoshitaka Kobayashi
Japão



 Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/46/


Traduzido por JDS/JAQ


Texto bíblico: Jeremias 46


domingo, 15 de junho de 2014

Jeremias 44:17 - A Rainha dos Céus

"Esta deusa é normalmente identificada com a Ishtar assírio-babilônica. Dado que havia cerimônias imorais ligadas a essa adoração, ela despertou calorosa indignação em Jeremias, particularmente porque isso parece ter sido uma parte preeminente da idolatria então praticada. A Ishtar assírio-babilônica, a deusa-mãe, era equivalente à divindade conhecida pelos hebreus como Astarote e pelos cananeus como Astarte, cujas estatuetas são encontradas na Palestina. Esta deusa da fertilidade, da maternidade, do amor sexual e da guerra, era adorada em ritos extremamente degradantes e imorais. Era a mesma deusa adorada com muitos nomes e, em vários aspectos, como a mãe-terra, a mãe virgem e é identificada em sentido geral com Atagartis, a "Grande Mãe" da Ásia Menor, Artemis (Diana) dos efésios, Vênus e outras. Vários nomes aplicados à deusa-mãe virgem contém um elemento que significa "senhora" ou "dona", como Nana, Innini, Irnini, Beltis. Algumas das designações eram Belti, "minha senhora" (o equivalente exato do italiano Madonna), Belit-ni, "nossa senhora" e "rainha do céu", o nome com o qual Ishtar era adorada nos telhados como estrela matutina ou vespertina, com uma oferta de bolos, vinhos e incenso. Ishtar também era conhecida como a mãe misericordiosa que intercedia junto aos deuses em favor de seus adoradores. Alguns desses nomes e atributos são aplicados hoje à virgem Maria, e acredita-se que muitos aspectos da devoção dos cultos à virgem Maria no catolicismo sejam vestígios modernos da antiga adoração a essa deusa-mãe do mundo pagão." Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.4, p. 546.

Jeremias 45

Comentário devocional:

O capítulo anterior (Jer. 44) tratava de acontecimentos ocorridos dez anos após a destruição de Jerusalém pela Babilônia (586-576 a.C.). Este capítulo (Jer. 45) está fora de sequência e complementa o capítulo 36, que é um registro da mensagem de Deus que Jeremias deveria entregar ao rei Joaquim de Judá anos antes, em 604 aC. Por alguma razão, Jeremias não pôde ir, então ele pede que Baruque leia a mensagem de Deus ao rei impenitente e aos seus servos. 

Jeremias 45:3 deixa claro que Baruque tinha um medo terrível de executar seu dever: "Ai de mim! O Senhor acrescentou tristeza ao meu sofrimento. Estou exausto de tanto gemer, e não encontro descanso." (NVI). Baruque deve ter desejado alguma palavra de Deus assegurando-lhe Sua proteção contra o ímpio rei Joaquim.

Há pelo menos quatro pontos que Deus deixa claro. Em primeiro lugar, Deus iria permitir a destruição de Jerusalém (Jer 36:29). Em segundo lugar, Deus também se sentia triste por destruir o que Ele mesmo tinha construído, e arrancar o que Ele mesmo havia plantado (Jer 45:4). Em terceiro lugar, Baruque não deveria esperar bons resultados nesta tarefa (v. 4, 5). Por fim, Deus garantia a segurança da vida de Baruque após a entrega desta mensagem (v. 5).

De fato, o rei Joaquim queimou o rolo que Baruque escreveu (Jer 36:23) e ordenou aos seus servos que prendessem Baruque e Jeremias, mas Deus os escondeu dos olhos do rei e dos seus servos (Jer 36:26). Após Joaquim queimar o livro, Deus ordenou a Baruque que reescrevesse a mesma mensagem em um novo rolo (Jer 36:28, 32).

Após este incidente, o etíope Ebede-Meleque recebeu uma mensagem divina de incentivo (Jer 39:16-18), assim como Baruque também recebeu (Jer 45:4,5).

O que podemos aprender com este capítulo? "O Senhor não dá lugar na Sua obra aos que têm maior desejo de alcançar a coroa do que de transportar a cruz. Deseja homens que pensem mais em cumprir o dever do que em receber recompensas — homens que sejam mais amantes dos princípios do que de promoção" (A Ciência do Bom Viver, 476.2)

Precisamos orar para sermos como Jeremias e Baruque, cumprindo o nosso dever independente das circunstâncias, sem esperar recompensa.

Yoshitaka Kobayashi
Japão



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/45/

Traduzido por JAQ/JDS

Texto bíblico: Jeremias 45 

sábado, 14 de junho de 2014

Jeremias 44

Comentário devocional:

Os judeus que se mudaram para o Egito se estabeleceram em quatro lugares: Migdol e Tafnes, na fronteira, Mênfis (Baixo Egito) e Patros (Alto Egito). A última mensagem profética de Jeremias para este povo deixava claro que o motivo dos problemas que enfrentavam, entre eles a fome e a destruição de Jerusalém, era a sua adoração de ídolos e por servirem a outros deuses (v. 2-10). Mesmo após a destruição de Jerusalém eles não haviam se arrependido e voltado para Deus.

A mensagem de Deus entregue ao povo de Judá, no Egito, foi uma mensagem de punição. Ali eles não viveriam ilesos como pensavam que seria (v. 11-14).

Mesmo que a mensagem de Deus possa parecer apenas uma mensagem negativa, devemos entender que toda a mensagem de punição é condicional. Por exemplo, a mensagem de Deus ao povo de Nínive era negativa (Jonas 3:4). No entanto, quando o povo se arrependeu, a cidade não foi destruída (Jonas 3:10). Também a mensagem dada a Ezequiel era negativa (Ezequiel 3:18); no entanto, se o ímpio se arrependesse, sua vida poderia ser prolongada (Ezequiel 3:21).

O povo de Judá no Egito respondeu a Jeremias e disse: "É certo que faremos tudo o que dissemos que faríamos — queimaremos incenso à Rainha dos Céus e derramaremos ofertas de bebidas para ela, tal como fazíamos, nós e nossos antepassados ... . Naquela época tínhamos fartura de comida, éramos prósperos e nada sofríamos. Mas, desde que paramos de queimar incenso à Rainha dos Céus e de derramar ofertas de bebidas a ela, nada temos tido e temos perecido pela espada e pela fome” (v. 17, 18 NVI)." 

Jeremias lhes respondeu, dizendo que o que eles e seus antepassados tinham feito era errado e que era por causa deste mau comportamento que eles sofriam e a terra estava desolada (v. 22, 23). Disse-lhes também: “os judeus no Egito perecerão pela espada e pela fome até que sejam todos destruídos... Serão poucos os que escaparão da espada e voltarão do Egito para a terra de Judá" (v. 27, 28).

O nome "Rainha do Céu" é outro nome da deusa assíria relacionada com o planeta Vênus. Em outros lugares da Bíblia ela é chamada Astarote e Anate. Os crentes desta religião adúltera haviam praticado a cerimônia de fertilidade oficiada pelas prostitutas femininas e prostitutos masculinos de seus templos.

O povo de Judá teimosamente afirmou que não iria mais servir a Deus, e violou dois dos mandamentos de Deus: a adoração de ídolos e o adultério. Que tragédia para o povo de Deus cometer tal maldade! Que lição para nós hoje!  

Querido Deus, quando enviares mensagens de advertência e reprovação, mantenha o meu coração sensível a Teus apelos e minha mente disposta a fazer a Tua vontade. Amém.

Yoshitaka Kobayashi
Japão         



Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/44/

Traduzido por JDS/JAQ

Texto bíblico: Jeremias 44