sábado, 9 de agosto de 2014

Ezequiel 43 – comentários selecionados

1 este capítulo e o seguinte contém muitos ensinamentos que mostram o significado das medidas dadas nos capítulos anteriores. Bíblia Shedd.

2 do caminho do oriente, vinha. O profeta tinha visto a glória divina sair através da porta leste ou oriental do antigo templo (Ez 10:18, 19; 11:1, 23). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 799.

3 da visão que eu tive. Ver Ez 1:4-28; 3:12, 23; 10:15, 22. As várias revelações da glória de Deus para o profeta tiveram características semelhantes. CBASD, vol. 4, p. 799.
Ezequiel teve três visões da glória de Deus. A primeira lhe foi concedida para vocacioná-lo (1.1) e para fazê-lo obediente à visão celestial mesmo quando alguém não quis ouvi-lo (3.4-11; cf At 26.13-19). A segunda lhe foi concedida para revelar que a glória de Deus não habita com os idólatras (2Co 6.14-18), e que o templo seria destruído (8.1-9.22). A terceira visão revela a restauração desta nação à comunhão com Deus, mediante a revelação de Si mesmo onde Seu povo adora. Bíblia Shedd.

Vim destruir. As visões anteriores anunciavam a destruição de Jerusalém. CBASD, vol. 4, p. 799.

5 enchia o templo. Assim aconteceu quando o templo de Salomão foi consagrado (1 Rs 8.10-11); a mesma glória tinha acompanhado o tabernáculo que Moisés levantou no deserto (Êx 40.34-38). Antes de existir santuário algum, esta glória já apareceu numa sarça no deserto, na hora em que Deus chamou Seu profeta Moisés para libertar o povo de Israel e fazer dele um povo particularmente Seu (Êx 3.1 – 4.17). Esta glória se revela a cada crente em Cristo (Cl 1.26-27) através do Espírito de glória. Bíblia Shedd.

6 ouvi. A voz era, sem dúvida, a de Deus. Ela veio do templo, enquanto o "homem" ficou junto ao profeta no átrio interior. CBASD, vol. 4, p. 799.

7 com as suas prostituições. O templo anterior havia sido contaminado pela adoração a ídolos praticada dentro de seus recintos (2Rs 23:7; 21:4-7) [que poderia inclui a prostituição literal 2Rs 23:7; cf 1Rs 14:24; 15:12]. CBASD, vol. 4, p. 799.

Não contaminarão mais o Meu nome santo ... com o cadáver de seu reis. Não há evidência histórica de que algum rei tenha sido sepultado na área do templo. Vários deles foram sepultados perto dali, na colina a sudeste (ver 1Rs 2:10; 11:43; 22:50; etc.). A LXX [Septuaginta, versão para o grego do AT] diz: "Ou pelos assassinatos de seus príncipes no meio deles", o que talvez reflita o pensamento que o profeta pretendeu transmitir. CBASD, vol. 4, p. 799.

9 Agora, lancem eles para longe de Mim a sua prostituição. Este era um pré-requisito indispensável para que Yahweh habitasse entre o povo. CBASD, vol. 4, p. 799.
Considerando o que foi exposto acima (7-8), vê-se um templo que não dá mais lugar para as coisas profanas sequer ficar perto do recinto sagrado; isto visa especialmente a  remoção par longe da idolatria descrita em 8.7-18 a qual foi a causa imediata da destruição do templo anterior, e que para o profeta é a mais indecente prostituição (cap 23). Bíblia Shedd.

10 filho do homem, mostra à casa de Israel este templo. Deus queria que considerassem cuidadosamente Seu plano, a fim de que isso se tornasse para eles um incentivo para abandonar os maus caminhos e aceitar as novas provisões. CBASD, vol. 4, p. 799. 
Aqui se vê claramente que as medidas do templo seriam compreendidas pelos israelitas como uma mensagem da restauração, de santificação e de glorificação. Bíblia Shedd.

envergonhados. Ou "humilhados". O propósito de mostrar ao povo o projeto do glorioso Novo Templo não era celebrar o retorno do Senhor, mas que eles reconhecessem a sua responsabilidade em Sua partida, se conscientizassem de que eram pecadores e que convidassem a presença de Deus como um ato da graça divina.Um foco equilibrado no santuário leva a uma consciência espiritual de pecado e graça. Andrews Study Bible.

12 Esta é a lei do templo. A "Torah" do Novo Templo. Esta seção [43:12 – 46:24] trata dos vários rituais envolvidos na adoração no templo restaurado, com foco nas modificações do ritual mosaico prescrito no Pentateuco. O retorno do exílio é um novo Êxodo (20:32-44), e Ezequiel é um novo Moisés, mostrando os "requisitos" [padrão] para a construção do santuário (ver Êx 25:9, 40) e a legislação concernente às varias adições e modificações necessárias no ritual do templo e no pessoal para os exilados que retornassem. As maiores aparentes contradições entre as "Torah" de Ezequiel e Moisés, como vigorosamente discutidas mais tarde, entre os rabinos, são encontradas em Ez 44:31; 45:18-20; e 46:6-7. Andrews Study Bible.

Lei do templo. Istp é, a chave do seu significado, que é a santificação, a separação para longe, da impureza (42.20). Bíblia Shedd.

13 altar. O altar (diagrama, Q), que ficava diante do templo, no centro do átrio interior, tinha uma escadaria (Ez 43:17), diferentemente do antigo (ver Êx 20:26). Esta ficava no lado leste, provavelmente para que o sacerdote que fazia o sacrifício ficasse de costas para o sol nascente, a fim de que não pudesse haver qualquer sugestão de adoração ao Sol (sobre a adoração divina à adoração ao Sol, ver com. de Ez 8:16). CBASD, vol. 4, p. 800.
Jesus Cristo é o altar, é o sacrifício, é o sacerdote que faz a oferta pelos pecados. As saliências ou reentrâncias de um côvado eram para os sacerdotes ficarem de pé durante o serviço religioso, visto que a lareira para as ofertas tinha seis metros de altura (13-17). Visto que nossas pessoas e nossos sacrifício não são aceitáveis perante Deus, sem que nossos pecados sejam perdoados mediante o sacrifício de Jesus Cristo, é claro que o altar que o tipifica leve sete dias na cerimônia de consagração (18-27) para fazer a purificação e a expiação (20 e 26). Todos os sacrifícios seriam acompanhados pelo sal, símbolo de preservação contra a corrupção (24). A graça de Cristo é o sal que deve acompanhar toda a nossa vida religiosa (Cl 4.6). Os sacerdotes só podiam ser da ordem de Zadoque (19) que quer dizer "justiça". Todo o significado da obra do sacerdote se resume na pessoa de Jesus Cristo (Hb 7.1-28). Bíblia Shedd.

côvado. Aproximadamente 51 cm (20½"). Um côvado longo é quatro dedos maior do que o côvado hebraico ou egípcio comum, de 45 cm. Andrews Study Bible. [cf tb. CBASD, p. 790].

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