1 Os capítulos 21 a 24 são uma espécie de apêndice ao livro de Samuel; compõe-se de eventos históricos e complementos poéticos, cuja ordem cronológica é irregular. O trecho de 21.1-14 [vingados os gibeonitas], por exemplo, deve ser colocado cronologicamente, antes do capítulo 9 (Bíblia Shedd).
2 pelos filhos de Israel. Nesta ofensa Saul não estava sozinho. Como rei de Israel, ele estava agindo com o povo e em favor dele. O povo, sem dúvida, o apoiou em sua campanha para exterminar os gibeonitas, e assim, a culpa recaía não só sobre o rei, mas também sobre eles. Isso explicaria por que o Senhor permitiu que a punição pela ofensa de Saul caísse sobre Davi e seu povo. A nação toda estava envolvida na violação do solene juramento feito mais de 400 anos abtes por Josué e pelos príncipes da congregação. Sob a capa do zelo nacionalista de Saul, existia um espírito de egoísmo, orgulho e arrogância que era totalmente estranho à humildade, imparcialidade e ao elevado propósito que Deus exigia de Seus filhos (CBASD-Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 762).
3 que resgate vos darei [...]? Davi devia ter dirigido esta pergunta a Deus, assim como fizera a respeito à causa da fome. O relato não declara que Davi tenha levado o caso ao Senhor, nem afirma que aquilo que os gibeonitas e o que Davi fez em resposta a isso estava em harmonia com o que Deus teria exigido a fim de corrigir a situação. A ação de Saul fora uma representação errônea da religião de Yahweh. Sua atitude provavelmente refletia a dos israelitas em geral, que, após a morte de Saul, continuaram a mostrar hostilidade para com esses estrangeiros que viviam em seu meio e a quem haviam prometido proteger. Era altamente essencial que a religião de Deus fosse vindicada. Não é revelado precisamente o que Deus teria exigido para alcançar esse fim. Um dos principais objetivos de se confessar as faltas para os que foram prejudicados é anular, tanto quanto possível, a má influência do ato errôneo. Pessoas têm ficado completamente desanimadas e têm perdido a salvação como resultado de erros alheios. É dever daquele que foi pedra de tropeço fazer tudo o que puder para tentar remover a causa de ofensa (CBASD, vol. 2, p. 762).
abençoem. Como o juramento feito [em nome do Senhor] a eles tinha sido violado, terim o direito de invocar a maldição divina sobre a terra (Bíblia de Estudo NVI, Vida)
6 Nos deem sete homens, para que os enforquemos. Este castigo (heb yoka) era previsto apenas para os apóstatas (Nm 25.4) e não se aplicava, propriamente, aos descendentes de Saul. Mas os gibeonitas, gente manhosa, já haviam enganado Israel uma vez (Js 9:3-15); e não é de estranhar que, aproveitando-se das circunstâncias a seu favor, repetissem a façanha. Se Davi tivesse consultado somente a Deus e não aos gibeonitas (3, 4), provavelmente a resposta seria outra (Bíblia Shedd).
em Gibeá.Gibeá foi a cidade onde Saul nasceu (1Sm 10.26; 11:44). Parece adequado que a expiação pelo crime de Saul fosse feita em sua cidade natal. [...] Contudo, não há razão para se crer que a execução desses descendentes de Saul fosse considerada como um sacrifício humano expiatório e que, portanto, tivesse de ocorrer em Gibeá, como se fosse mais aceitável ali (CBASD, vol. 2, p. 762).
10 tomou um pano de saco e o estendeu para si. Rispa estendeu o pano de saco como um abrigo do sol forte (Andrews Study Bible).
Desde o princípio da ceifa; que se dava nos meses de abril e maio. Até que sobre eles caísse a água do céu, maias ou menos no mês de outubro (Bíblia Shedd).
15-22 Esta crônica [gigantes mortos pelos homens de Davi] é colocada, por alguns, depois do cap. 5, e, por outros, depois do cap. 12 (Bíblia Shedd).
19 e Elanã ... o belemita, feriu Golias. Davi matou Golias de Gate; este homem, de acordo com 1 Cr 20.5, era um "irmão de Golias..." [Lami] (Andrews Study Bible).
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