quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Lucas 16 - Comentários selecionados - atualizado 15h41

1 também. Indica uma conexão com a parábola anterior. Bíblia Shedd.

discípulos. Talvez não só os Doze (v. 6.13; 10.1). Bíblia de Estudo NVI Vida.

Havia um homem rico. Só Lucas registra esta parábola, bem como grande parte do ministério na Pereia. ... As duas parábolas aqui relatadas [administrador infiel e o rico e Lázaro] se referem ao uso das oportunidades presentes levando em conta a vida futura (Lc 16:25-31), sobretudo no tocante aos bens materiais. A primeira parábola se dirigia especificamente aos discípulos, ao passo que a segunda foi proferida principalmente para os fariseus. A primeira ilustra um princípio vital de mordomia: o uso diligente e criterioso das oportunidades terrenas. A segunda aborda a mordomia de um ponto de vista negativo, assim como as parábolas do amigo importuno (Lc 11:5-10) e do juiz iníquo (Lc 18:1-8). Na primeira parábola, Jesus orienta a tirar o pensamento das coisas terrenas e voltá-lo para as eternas (PJ, 366). ... Em geral, os comentaristas acham difícil explicar esta parábola por causa do aparente elogio feito ao administrador infiel (ver v. 8). Tais dificuldade se devem á tentativa de se atribuir significado a cada detalhe, bem como à sugestão de que o "homem rico" representa a Deus. Mas esta parábola não deve ser interpretada de maneira alegórica. Um princípio fundamental na interpretação de parábolas é que não se deve tentar atribuir significado especial a cada detalhe (ver princípios de interpretação das parábolas, nas p. 197, 200 [CBASD, vol. 5]). Jesus contou esta parábola a fim de ilustrar uma verdade específica, mencionada nos v. 8 a 14. CBASD, vol. 5, p. 909, 910.

desperdiçando (NVI). Tinha esbanjado as posses de seu senhor, assim como o filho pródigo, "desperdiçador" (15.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.

8 elogiou o senhor. O homem rico não apoiava a desonestidade do administrador; foi por esse motivo que o dispensou de seus deveres. Mas a astúcia usada para levar a um clímax sua carreira de improbidade administrativa foi tão surpreendente, e ele foi tão meticuloso ao colocar em prática um plano digno de objetivos mais nobres, que o homem rico não pôde deixar de admirar [sua] esperteza e a diligência. CBASD, vol. 5, p. 911.

mais hábeis. As pessoas que vivem para este mundo costumam ser mais ávidas em aproveitar o que ele tem a oferecer do que os cristãos ... para aquilo que Deus tem a oferecer. CBASD, vol. 5, p. 911.

Jesus usa a parábola para ilustrar que os filhos do mundo, frequentemente, usam aquilo que têm para favorecer seus próprios fins terrenos, e o fazem mais sabiamente do que fazem os filhos da luz para favorecer os objetivos inteiramente diferentes do reino de Deus. Bíblia de Genebra.

A sagacidade espiritual é: 1) Prejuízo agora para se obter lucro no céu; 2) Investimento dos bens para ganhar almas eternas (v. 9); 3) fidelidade na mordomia de bens alheios para receber riquezas próprias (v. 12). Bíblia Shedd.

9 fazei amigos. Apesar deste mordomo ser injusto, ele estabelece um exemplo aos "filhos da luz" na diligência na qual ele usou suas posses. Andrews Study Bible.

amigos. Devem ser os discípulos ganhos para Cristo por meio de fidelidade no pouco (10), isto é, utilizando os bens materiais na expressão de amor às almas. Bíblia Shedd.

13 servir. Servo é o escravo da casa. Bíblia de Genebra.

14 Os fariseus ... O ridicularizavam. Ou, "zombavam". Sem dúvida, os fariseus perceberam que Jesus dirigia Seus comentários a eles. ... as parábolas da ovelha, da dracma e do filho pródigo foram dirigidas a eles, ao Jesus justificar Seu interesse pelos "publicanos e pecadores" (ver Lc 15:1-3). CBASD, vol. 5, p. 913.

16 A Lei e os Profetas vigoraram até João. "Até" a pregação do "reino de Deus" por João, os escritos sagrados constituíam o principal guia para a salvação (Rm 3:1, 2). A palavra "até" (do gr mechri) não implica, como alguns pensam, que "a Lei e os Profetas", as Escrituras do AT, perderam força ou valor depois que João começou a pregar. O que Jesus quer dizer é que, até o ministério de João, "a Lei e os Profetas" eram tudo que as pessoas tinham. O evangelho chegou não para substituir ou anular Moisés e os profetas, mas para complementar, reforçar e confirmar esses escritores (ver com. de Mt 5:17-19). O evangelho não assume o lugar do AT, mas soma-se a ele. ... Ao longo do NT, não há nenhuma ocasião em que se diminui o AT de alguma maneira. Pelo contrário, era em textos do AT que os cristãos encontravam as mais fortes confirmações de sua fé. Na verdade, o AT era a única Bíblia que a primeira geração da igreja possuía (ver com. de Jo 5:39). Eles não o desprezavam, como alguns cristãos fazem hoje, mas o honravam e obedeciam. Nesta mesma ocasião, Jesus anunciou que os escritos do AT eram suficientes para guiar a pessoas ao Céu (ver Lv 16:29-31). CBASD - Comentários Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 914.

Lucas aqui indica que o ministério de João Batista assinalou o grande ponto crucial na história da redenção (Mt 11.11, nota). Bíblia de Genebra.

17 til. Não passará da lei a menor parte, pois ela se refere à mensagem de Cristo e cumpre-se no reino de Deus (cf Mt 5.17, 18). Bíblia Shedd.

19-31 Esta parábola ensina a lição de que a riqueza terrena não é garantia de eterna de bem-aventurança, uma lição que também pode ser encontrada em Moisés e nos Profetas. Jesus utiliza uma estória popular, porém um fábula, sobre Abraão para reforçar seu ponto principal. Andrews Study Bible.

Certo homem rico. Assim como as demais parábolas, a do homem rico e Lázaro deve ser interpretada em harmonia com seu contexto e com o conteúdo geral da Bíblia. Um dos princípios mais importantes de interpretação é que cada parábola é proposta para ensinar uma verdade fundamental e os detalhes não precisam ter significado em si, a não ser como acessório da estória. Em outras palavras, não se deve insistir que cada detalhe da parábola tenha sentido literal e represente uma verdade espiritual, a menos que o contexto deixe claro que esse é o significado pretendido. Desse princípio se origina outro: os detalhes de uma parábola não servem de evidências doutrinárias. Somente o ensino principal da parábola, definido com clareza pelo contexto e confirmado pelo teor geral das Escrituras, junto com os detalhes explicados dentro do contexto, pode ser considerado acessório para uma discussão doutrinária (ver p. 197-200). O argumento de que Jesus tinha a intenção de ensinar com esta parábola, que os seres humanos, tanto os bons quanto os maus, recebem sua recompensa assim que morrem viola ambos os princípios. O contexto ensina com clareza que esta parábola tinha o objetivo de ensinar que o destino futuro é determinado pelo uso que as pessoas fazem das oportunidades da vida presente. Jesus não estava debatendo o estado do ser humano na morte ou o momento em que se recebe o galardão. Ele tão somente estabeleceu uma clara distinção entre esta vida e a futura, mostrando a relação existente entre as duas. Além disso, interpretar que esta parábola ensina o recebimento da recompensa imediatamente após a morte contradiz de forma clara a declaração do próprio Cristo de que "o Filho do Homem [...] retribuirá a cada um conforme as suas obras" quando "vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos" (ver com. de Mt 16:27; 25:31-41; cf. 1Co 15:51-55; 1Ts 4:16, 17; Ap 22:12; etc.). ... Nesta parábola, Cristo simplesmente fez  uso de uma crença popular a fim de deixar clara a lição que desejava plantar na mente de Seus ouvintes. CBASD, vol. 5, p. 916

Este homem é, ás vezes, chamado "Dives", uma palavra latina que significa "rico". Bíblia de Genebra.

20 Lázaro ("Deus ajuda"). Este nome específico talvez indique que Jesus, nesta parábola, conta uma história conhecida. Não deve ser interpretada como fonte de informação sobre a vida do além. 

Este é o único exemplo registrado em que Jesus dá nome a um dos personagens da parábola, recurso necessário neste caso por causa do diálogo (ver Lc 16:23-31). Embora Cristo tenha ressuscitado Lázaro de Betânia algumas semanas depois (ver Jo 11;1-46), não há ligação entre o personagem da parábola e o Lázaro ressuscitado. CBASD, vol. 5, p. 917.

22 seio de Abraão. Expressão judaica típica que significa "paraíso". CBASD, vol. 5, p. 918.

A imagem de "seio" significa ser hóspede de honra num banquete (ver Jo. 13.23). Bíblia de Genebra.

23 inferno. Do gr hades, "sepultura" ou morte" (ver com. de 11:23). Hades é a morada de todos os seres humanos, bons e maus, até a ressurreição. CBASD, vol. 5, p. 918.

tormentos. A ideia de que após a morte, as pessoas vão para um lugar onde sofrem "tormentos" é completamente alheia às Escrituras, que ensinam com clareza que "os mortos não sabem coisa nenhuma" (Ec 9:5; ver com. de Sl 146:4). O próprio Jesus comparou a morte a um sono (ver Jo 11:11, 14). Concluir, com base nesta parábola, que Cristo ensina que os ímpios são levados a um lugar onde sofrem "tormentos" é contradizer Seu ensino claro sobre o assunto em diversas ocasiões, bem como a instrução da Bíblia como um todo. É no inferno de geena [juízo final] que os pecadores passarão por tormentos de fogo )ver com. de Mt 5:22), não no hades. Portanto, ao apresentar o homem rico "atormentado nesta chama" (Lc 16:24) no hades, Jesus está, sem dúvida, usando linguagem figurada, e não há razão em interpretar literalmente Suas palavras. CBASD, vol. 5, p. 918.

29 Moisés e os Profetas. Isto é, as Escrituras do AT. CBASD, vol. 5, p. 920.

31 Se não ouvem. Aqueles que não se impressionam com a declaração simples das verdades eternas encontradas nas Escrituras não teriam uma impressão mais favorável nem mesmo diante do maior dos milagres. Algumas semanas depois de proferir esta parábola, Jesus ressuscitou Lázaro dos mortos, como se desse uma resposta ao desafio dos líderes judeus por uma evidência maior do que tinham tido até então. Mas foi justamente esse milagre que levou os líderes da nação a intensificarem a conspiração contra Jesus (ver com. de Jo 11:47-54). E não apenas isso, eles entendiam ser necessário eliminar Lázaro a fim de resguardar a própria posição insustentável (ver Jo 12:9, 10; DTN, 588). Portanto, os judeus fizeram uma demonstração literal da verdade da afirmação de Cristo, de que os que rejeitavam o AT também rejeitariam uma luz maior, inclusive o testemunho de alguém que ressuscitasse "dentre os mortos". CBASD, vol. 5, p. 921.

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