Comentário devocional:
Este capítulo nos revela mais a respeito de Jó e de sua situação. Ele lamenta que jovens riam de sua doença. Eles não têm nenhum respeito pelos mais velhos e demonstram, pelas suas ações, que seus pais não lhes transmitiram nenhuma formação, tendo, assim, menos valor que os cães pastores de Jó (v. 1).
Aqueles que dele zombam não tem força produtiva (v. 2); são "perdedores", expulsos da sociedade (v. 3). São desabrigados que tem de viver de folhas e raízes silvestres de qualidade inferior (verso 4).
Jó deixa transparecer em seu lamento a dor de ser zombado por pessoas sem valor, a quem provavelmente forneceu ou teria fornecido apoio em forma de trabalho. Estes sem-teto moram em cavernas ou em desfiladeiros sombrios esculpidos pela água ou, ainda, como animais entre os arbustos (versos 6-7).
É destas pessoas sem nenhuma classe, racionalidade ou sensatez, os "escorraçados da terra" (v. 8) que Jó, outrora honrado e reverenciado, recebe zombaria e escárnio. Quando não estão explicitamente evitando a sua presença, chegam a mostrar o seu desprezo cuspindo-lhe na cara (v. 9 e 10).
Jó lamenta não ter nem mesmo forças, que lhe teriam sido retiradas por Deus, para resistir aos maus tratos dos escarnecedores (v. 10). E passa a descrever a intranquilidade da sua vida presente, as aflições da doença que lhe aflige de dia e de noite (v. 16, 17), que afeta até suas vestes, que se tornaram desfiguradas e imundas (v. 18), humilha terrivelmente a Jó (v. 19) e o faz sentir desamparado de Deus (v. 20). Jó, em seu desespero, chega a atribuir seu sofrimento à crueldade divina (v. 21), que o arrasta como um tornado e o rasga como faz um raio (v. 22), não vendo outro destino preparado por Deus para si que não a morte (v. 23).
Jó confirma a sua inocência, desejando que, assim como ele olhou pelos necessitados, Deus dele se lembrasse e lhe desse socorro (v. 24): ele chorou por aqueles que atravessavam dias difíceis, se angustiou pelo necessitado (v. 25).
Ele se declara surpreso porque quando esperava o bem, o mal chegou (v. 26). Dias de angústia tomaram conta dele (v. 27) e a tristeza lhe invade, tornando os seus dias emocionalmente cinzas, sem luz (v. 28). Afastado das pessoas, sente-se como um animal selvagem para a sociedade (v. 29). Sua pele escureceu e sente febre até os ossos. As únicas músicas que refletem suas emoções são músicas fúnebres e de lamento (v. 30).
Querido Deus,
O que podemos aprender com Jó é que ele permaneceu fiel apesar da sua tribulação. Que possamos também permanecer inabaláveis. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Traduzido e adaptado por GASQ/JDS/JAQ
Este capítulo nos revela mais a respeito de Jó e de sua situação. Ele lamenta que jovens riam de sua doença. Eles não têm nenhum respeito pelos mais velhos e demonstram, pelas suas ações, que seus pais não lhes transmitiram nenhuma formação, tendo, assim, menos valor que os cães pastores de Jó (v. 1).
Aqueles que dele zombam não tem força produtiva (v. 2); são "perdedores", expulsos da sociedade (v. 3). São desabrigados que tem de viver de folhas e raízes silvestres de qualidade inferior (verso 4).
Jó deixa transparecer em seu lamento a dor de ser zombado por pessoas sem valor, a quem provavelmente forneceu ou teria fornecido apoio em forma de trabalho. Estes sem-teto moram em cavernas ou em desfiladeiros sombrios esculpidos pela água ou, ainda, como animais entre os arbustos (versos 6-7).
É destas pessoas sem nenhuma classe, racionalidade ou sensatez, os "escorraçados da terra" (v. 8) que Jó, outrora honrado e reverenciado, recebe zombaria e escárnio. Quando não estão explicitamente evitando a sua presença, chegam a mostrar o seu desprezo cuspindo-lhe na cara (v. 9 e 10).
Jó lamenta não ter nem mesmo forças, que lhe teriam sido retiradas por Deus, para resistir aos maus tratos dos escarnecedores (v. 10). E passa a descrever a intranquilidade da sua vida presente, as aflições da doença que lhe aflige de dia e de noite (v. 16, 17), que afeta até suas vestes, que se tornaram desfiguradas e imundas (v. 18), humilha terrivelmente a Jó (v. 19) e o faz sentir desamparado de Deus (v. 20). Jó, em seu desespero, chega a atribuir seu sofrimento à crueldade divina (v. 21), que o arrasta como um tornado e o rasga como faz um raio (v. 22), não vendo outro destino preparado por Deus para si que não a morte (v. 23).
Jó confirma a sua inocência, desejando que, assim como ele olhou pelos necessitados, Deus dele se lembrasse e lhe desse socorro (v. 24): ele chorou por aqueles que atravessavam dias difíceis, se angustiou pelo necessitado (v. 25).
Ele se declara surpreso porque quando esperava o bem, o mal chegou (v. 26). Dias de angústia tomaram conta dele (v. 27) e a tristeza lhe invade, tornando os seus dias emocionalmente cinzas, sem luz (v. 28). Afastado das pessoas, sente-se como um animal selvagem para a sociedade (v. 29). Sua pele escureceu e sente febre até os ossos. As únicas músicas que refletem suas emoções são músicas fúnebres e de lamento (v. 30).
Querido Deus,
O que podemos aprender com Jó é que ele permaneceu fiel apesar da sua tribulação. Que possamos também permanecer inabaláveis. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Traduzido e adaptado por GASQ/JDS/JAQ
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