Plano mundial de Reavivamento e Reforma, pela leitura devocional de um capítulo da Bíblia por dia. De abril de 2012 a julho de 2015.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
Jó 35 - Deus é afetado pelo que Suas criaturas fazem?
Jó 35
terça-feira, 30 de julho de 2013
Jó 35 - resumo
Jó 34
Texto bíblico: Jó 34
Jó 34 - resumo
1-9 Eliú condensa os discursos de Jó em duas queixas: a de acusar a Deus de ser injusto por desferir golpes de puro capricho contra um homem justo, (5,6), idéia esta rejeitada por Eliú (7) e de declarar que de nada aproveita ao homem o comprazer-se em Deus (Bíblia Shedd).
10-33 Eliú afirma que Deus é justo, e que colocou o homem num universo moral, no qual colhe o fruto daquilo que semeia, seja coisa boa ou má (10-12). Declara que a autoridade absoluta só pertence a Deus (13-15), e que o domínio de Deus é perpétuo por ser um domínio de justiça (17-19). A onisciência de Deus é outra garantia de Sua justiça (20-18). [Segundo Eliú,] Jó revelara ignorância ao queixar-se de Deus, pois o Deus justo só envia sofrimento para o benefício do homem, motivo para Lhe prestarmos culto (29-33) (Bíblia Shedd).
34-37 Eliú invoca o veredito dos homens de entendimento em relação às palavras rebeldes de Jó, pois considera que sua atitude rebelde é mais terrível do que as próprias tribulações, que decerto continuarão até Jó se arrepender de sua rebeldia (Bíblia Shedd).
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Jó 33
Para quem chegou agora, Eliú é o jovem que saltou para falar depois que Jó terminou seu discurso no capítulo 31. No capítulo 32 como um homem jovem, provavelmente 30 anos de idade, e falando em público pela primeira vez, ele pediu permissão para falar. Neste capítulo, ele começa seu discurso.
Em um longo parágrafo de abertura ele pediu a Jó para ouvir com atenção tudo o que ele tinha a dizer (v. 1). Jó ouvirá agora as palavras e o conhecimento que vêm de sua bocae que vem da retidão de seu coração (versos 2-3). Primeiro, ele concorda com Jó que o "Espírito de Deus me fez" (v. 4). Era comum o orador mencionar o papel do Espírito como Jó o fez em 27:3 ou como Zofar fez em Jó 20:03. Eliú destaca que o seu espírito era de entendimento baseado na razão. Então, convida Jó que o conteste, se sentir que pode fazê-lo (v. 5). E declara que mantém a mesma relação com Deus como criatura vinda do barro [lembrando a criação em Gênesis] (v. 6).
Como Jó pode falar sobre a "formação a partir do barro", declaração que foi registrada por Moisés em Gênesis 2:7, quando Gênesis foi escrito por Moisés, anos mais tarde? Moisés citou Gênesis 1-5 do Livro de Adão (Gênesis 5:1). É possível que, quando Moisés fugiu do Egito na noite em que matou o egípcio, por homicídio culposo, sua mãe lhe tenha dado o Livro de Adão. O manuscrito da criação foi conhecido pelas gerações pré-diluvianas, Noé, e sua posteridade. Adão tivera mais de 900 anos para confirmar este manuscrito, e Matusalém conviveu com Adão e também com Noé, que viveu até Abraão. Não há dúvida de que a Palavra de Deus é certa e possua autoridade.
Eliú reconhece que ele também é humano e seja o que ele disser, isto não será tão pesado para Jó, como se Deus estivesse falando com ele (vers. 7). Mas questiona as palavras que ouvira de Jó (v. 8): "Estou limpo e sem pecado, estou puro e sem culpa. Contudo, Deus procurou em mim motivos para inimizade” (v. 9-10 NVI).
Sabemos que Jó estava certo em proclamar sua pureza, mas Eliú se ofende contra sua afirmação: "Nisto não tens razão " (v. 12). "Por que contendes com Ele?” E afirma que Deus não tem que prestar conta ao homem de tudo o que Ele diz e faz (v. 13).
Então Eliú começa a contestar dois argumentos apresentados por Jó: que é inocente e seu pedido por um juízo investigativo e por um Defensor. Eliú diz que Deus fala com os seres humanos de duas maneiras: em sonhos ou visões da noite (v. 14-15), quando, então, fala aos
homens e lhes transmite instruções (v. 16). A razão pela qual Deus se revela, diz Eliú, é para conter a ação de um homem que pode levar à sua destruição ou a perecer pela espada (versos 17-18).
Eliú acredita que se um homem é forte na fé, Deus então proverá somente sucesso para ele. O homem é disciplinado no leito de dor, afirma ele (v. 19). Em seguida, descreve o que acontece com o doente que é "levado a achar a comida repulsiva e a detestar na alma sua refeição preferida" (v. 20). Sua carne definha, seus ossos aparecem (v. 21) e sente a morte se aproximar (v. 22).
Eliú fala sobre a crença de que um anjo está sobre cada pessoa e se essa pessoa está perto de Deus, ela pode ser declarada redimida e as bênçãos surgirão (v. 23). Deus, que é misericordioso, diz: "Poupa-o de descer à cova; encontrei resgate para ele " (v. 24).
Do seu ponto de vista, Eliú pensa que a pessoa doente, que é inocente e encontrou um intercessor, será curada. A restauração trará jovialidade a ela (versículo 25). Se a pessoa doente implorar a Deus e esconder seu rosto em oração, Deus Se deleitará nela e lhe devolverá a sua justiça (v. 26). O homem então diria que apesar de ter sido punido não o foi quanto o merecia (v. 27), porque Deus impediu que ele descesse à sepultura (v. 28). Eliú sente que Deus faz isso não só uma vez, mas duas e três vezes com o homem (v. 29), trazendo o homem da situação de morte certa para ser iluminado com a luz da vida (v. 30).
Eliú pede a Jó para ouvi-lo bem. Se Jó tiver algo a dizer, ele pode responder. É desejo de Eliú justificar Jó (v. 31-32). Se Jó não tiver resposta, então ele deve manter a calma e Eliú irá ensiná-lo (v. 33).
Querido Deus,
O objetivo de lermos as Escrituras é obter uma compreensão adequada do Seu caráter e personalidade. Protege-nos de nos fixarmos em qualquer doutrina errônea ou que traga luz superficial sobre Seu caminho de salvação. Concede-nos a segurança da nossa salvação por Te conhecer pessoalmente e interagir conTigo. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/GASQ
Texto bíblico: Jó 33
domingo, 28 de julho de 2013
Jó 32
No último verso do capítulo anterior, Moisés, o escritor, deu-nos uma visão de uma perspectiva ampla (de águia) sobre a relação entre Jó e seus três amigos. E no primeiro verso deste capítulo ele escreve: "Então, aqueles três homens cessaram de falar com Jó, porque ele é justo em seus olhos."
Estes três amigos eram mais velhos do que Eliú, o próximo orador. Ele tinha, provavelmente, mais de 30 anos, a idade mínima para poder falar em público. Moisés registra que Eliú estava "vermelho de raiva" (v. 2). "Se acendeu a ira de Eliú porque Jó pretendia ser mais justo do que Deus". Também se acendeu a ira de Eliú contra os seus três amigos, "porque mesmo não achando eles o que responder, condenavam a Jó" (v. 3).
Moisés explica que Eliú havia ficado quieto por ser mais jovem (v. 4). Finalmente, depois de um longo período de silêncio, a ira de Eliú se acendeu, vendo "que os três não tinham mais nada a dizer" (v. 5, NVI).
No estilo típico da Ásia, o jovem manteve-se em silêncio, respeitando a primazia dos mais velhos (v. 6), pensando que a experiência se traduziria em sabedoria (v. 7). Eliú também sabia que nem sempre os mais velhos adquirem e demonstram sabedoria (v. 9).
Então Eliú sentiu que deveria falar (v. 10). Ele havia esperado por suas palavras, ouviu os seus motivos, enquanto pensava no que dizer (v. 11). Quando as pessoas começam a procurar palavras a conversa está perto do fim.
Moisés certamente assistiu a muitas reuniões no palácio de Hatshepsut e sabia muito bem que, quando uma pessoa de importância fala todos se aquietam enquanto ele fala com vigor, mas em um determinado ponto o tom de voz se abaixa assinalando o fim do discurso.
Eliú diz aos seus amigos: "nenhum de vocês demonstrou que Jó está errado. Nnehum de vocês respondeu aos seus argumentos " (v. 12 NVI). E os acusou de reconhecer sabedoria em Jó (verso 13). Enquanto seus amigos se mantinham mudos (v. 15), Eliú continuava esperando por respostas, porém eles se mantinha em silêncio (v. 16). Ele anuncia que também falará (v. 17) e que não consegue se conter (v. 19).
Eliú pede permissão para falar (v. 20), declarando que será imparcial e nem lisonjeará ninguém (v. 21). Ele afirma que se assim procedesse seria levado [morto] pelo Seu Criador. Eliú não aprendera ainda a falar de modo gracioso, porém sem falsidade.
Prezado Senhor,
Participamos muitas vezes de reuniões onde temos de ouvir muitas discussões, muitas delas em Seu nome. Vemos Eliús nestas reuniões, que se ardem por falar e desejam impor suas opiniões. Apesar destes inconvenientes, sabemos que reuniões e debates são Seus modos de resolver problemas, somando sabedorias através de diferentes pontos de vista. Dá-nos compreensão, tato e, se necessário, paciência para aceitar o que não podemos mudar. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
sábado, 27 de julho de 2013
Jó 31
Jó quer tratar aqui de sua inocência. Ele tinha feito um "pacto" com os olhos, "de não olhar com cobiça para moças" (v. 1, NVI). Este texto é suficientemente claro em qualquer versão, dispensando qualquer pesquisa e análise adicional, mostrando que Jó não permitia que seus olhos se demorassem sobre o que lhe pudesse sugerir pensamentos que turbassem sua comunhão com Deus, mantendo seus desejos sob domínio do Espírito. Que porção, portanto, ele poderia esperar receber de Deus se alimentasse uma mente impura? (v. 2). Ele sabe que os ímpios só podem esperar a ruína (v. 3). E que Deus conhece os “caminhos” de sua vida, num testemunho de quem andava nos caminhos de Deus (v. 4).
A partir do versículo 5 em diante, quase quinze vezes, Jó usa uma fórmula que podemos descrever como: Se for encontrado nele algum mau comportamento, que se abata sobre ele uma maldição. Ele defende sua integridade e diz que as acusações de ser falso e enganador (como os amigos repetidamente acusavam Jó) (v. 5) não tinham fundamento e invoca ao próprio Deus que o avalie imparcialmente (pesasse com balança justa), atuando como testemunha em seu favor (v. 6).
Jó continua: Se o seu coração ceder aos seus desejos e persistir de fazer o mal (v. 7), que ele semeie e outro coma (v. 8); Se o seu coração for seduzido por uma mulher casada e ele chegar a espreitar à porta do seu próximo (v. 9), que sua própria mulher se transforme em escrava e concubina de outros (v. 10).
No verso 11, Jó enfatiza que está plenamente consciente de que más ações precisam punição adequada, em especial à cobiça sexual, porque é “fogo que consome até à destruição” (v. 11 e 12).
Caso Jó desprezasse conscientemente o direito de seu servo e serva, criaturas e filhos de Deus como ele próprio, como poderia estar perante Deus, quando Ele se levantar (v. 13-15)? Se Jó ignorou os pobres e necessitados, em especial a viúva, o órfão e o faminto, o que padece com frio, que seu braço, símbolo de sua capacidade de fazer algo, lhe seja arrancado (v. 16-22).
Jó fornece então o maior motivo de sua inocência: ele vivia sempre na consciência da presença de Deus, O amava e reverenciava, com temor (v. 23). Se Jó tivesse colocado acima de Deus suas riquezas (pois tinha muitas posses) ou qualquer outra coisa, incluindo o sol, lua e estrelas (que tanto fascinavam os povos antigos), ele sabe que mereceria a condenação (versos 24-28).
Jó ainda se declara inocente de ter se alegrado com a infelicidade e desgraça de seus inimigos, ou mesmo desejado intimamente este mal (v. 29-30); de ter recusado alimento ou abrigo ao estrangeiro e viajante (v. 31-32) ou cometido qualquer dos pecados que seus amigos falsamente lhe atribuíram. E afirma que nunca deixou de fazer o mal tão somente por temer a voz da multidão ou desprezo das famílias (v. 33 e 34) ou de ter se calado em defesa de uma causa justa.
Nos versos 35 a 37 Jó descreve o quanto almeja que alguém o ouça (v. 35). Moisés, o escritor do livro de Jó também era um profeta e não podemos deixar de relacionar o que disse com as cenas de juízo investigativo de Daniel 7. Ele viu, como Abraão (Jo 8:56), a Cristo como seu Advogado (Heb. 11:26).
Após isto, Jó volta às condições e maldições: se ele tivesse sido desonesto ao adquirir suas propriedades, que seu solo produza, espinhos ao invés de trigo e ervas daninhas em vez de cevada.
Estas foram as últimas palavras de lamento e auto defesa de Jó. Ele só voltará a falar após os discursos divinos, apresentando breves palavras de arrependimento (40:4,5; 42:2 a 6).
Querido Deus,
Abraão e Moisés já sabiam que necessitavam de um intercessor no Céu, Alguém que fosse um divino Príncipe da Paz, que tivesse acesso ao próprio Deus. Nós não queremos nada entre nós e nosso Advogado, Jesus Cristo. Nada mesmo. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/GASQ
Texto bíblico: Jó 31
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Jó 30
Este capítulo nos revela mais a respeito de Jó e de sua situação. Ele lamenta que jovens riam de sua doença. Eles não têm nenhum respeito pelos mais velhos e demonstram, pelas suas ações, que seus pais não lhes transmitiram nenhuma formação, tendo, assim, menos valor que os cães pastores de Jó (v. 1).
Aqueles que dele zombam não tem força produtiva (v. 2); são "perdedores", expulsos da sociedade (v. 3). São desabrigados que tem de viver de folhas e raízes silvestres de qualidade inferior (verso 4).
Jó deixa transparecer em seu lamento a dor de ser zombado por pessoas sem valor, a quem provavelmente forneceu ou teria fornecido apoio em forma de trabalho. Estes sem-teto moram em cavernas ou em desfiladeiros sombrios esculpidos pela água ou, ainda, como animais entre os arbustos (versos 6-7).
É destas pessoas sem nenhuma classe, racionalidade ou sensatez, os "escorraçados da terra" (v. 8) que Jó, outrora honrado e reverenciado, recebe zombaria e escárnio. Quando não estão explicitamente evitando a sua presença, chegam a mostrar o seu desprezo cuspindo-lhe na cara (v. 9 e 10).
Jó lamenta não ter nem mesmo forças, que lhe teriam sido retiradas por Deus, para resistir aos maus tratos dos escarnecedores (v. 10). E passa a descrever a intranquilidade da sua vida presente, as aflições da doença que lhe aflige de dia e de noite (v. 16, 17), que afeta até suas vestes, que se tornaram desfiguradas e imundas (v. 18), humilha terrivelmente a Jó (v. 19) e o faz sentir desamparado de Deus (v. 20). Jó, em seu desespero, chega a atribuir seu sofrimento à crueldade divina (v. 21), que o arrasta como um tornado e o rasga como faz um raio (v. 22), não vendo outro destino preparado por Deus para si que não a morte (v. 23).
Jó confirma a sua inocência, desejando que, assim como ele olhou pelos necessitados, Deus dele se lembrasse e lhe desse socorro (v. 24): ele chorou por aqueles que atravessavam dias difíceis, se angustiou pelo necessitado (v. 25).
Ele se declara surpreso porque quando esperava o bem, o mal chegou (v. 26). Dias de angústia tomaram conta dele (v. 27) e a tristeza lhe invade, tornando os seus dias emocionalmente cinzas, sem luz (v. 28). Afastado das pessoas, sente-se como um animal selvagem para a sociedade (v. 29). Sua pele escureceu e sente febre até os ossos. As únicas músicas que refletem suas emoções são músicas fúnebres e de lamento (v. 30).
Querido Deus,
O que podemos aprender com Jó é que ele permaneceu fiel apesar da sua tribulação. Que possamos também permanecer inabaláveis. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Traduzido e adaptado por GASQ/JDS/JAQ
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Jó 28 Onde achar a verdadeira sabedoria
Jó declara que a sabedoria não pode ser encontrada entre os vivos. É natural para as pessoas que não entendem a importância da Palavra de Deus buscarem a sabedoria aqui na terra. Eles buscam filósofos e outros líderes por uma direção para a vida. Entretanto, Jó disse que a sabedoria não é encontrada aqui. Nenhum líder ou grupo de líderes podem produzir suficiente conhecimento ou ponto de vista que explique a totalidade da experiência humana. A interpretação maior [orig: ultimate] da vida, de quem somos e para onde estamos indo, deve vir de fora e acima de nossas vidas mortais. Quando buscando por orientação, busque a sabedoria de Deus como revelada na Bíblia. Para sermos elevados acima e além dos limites da vida, devemos conhecer e confiar no Senhor da vida (Life Application Study Bible Kingsway),
Jó 29
Comentário devocional:
Este capítulo é conhecido como as “Reminiscências de Jó” ou o “Resumo da Defesa de Jó.” É como se alguém estivesse contando histórias de seu passado. O desejo de Jó no capítulo 29 é de "voltar aos bons velhos tempos". E estes dias incluíam a Deus em todas as circunstâncias: "...como nos dias em que Deus me guardava" (v. 2).
A luz de Deus brilhava sobre a cabeça de Jó e Ele conduzia Jó através dos tempos de incerteza (“trevas”, v. 3). Jó desfrutava da amizade de Deus (v. 4) e da companhia dos filhos (v. 5). E mesmo dos terrenos rochosos [as dificuldades] as oliveiras lhe concediam abundância de azeite [benefícios e conforto](v. 6).
Ao dizer que possuía um assento na praça da cidade (v. 7), Jó destaca a honra e respeito que lhe concediam. Mesmo os jovens lhe davam lugar e os idosos se levantavam em sua presença (v. 8). Príncipes e nobres ficavam em silêncio em sua presença (v. 9, 10). Os que o ouviam apreciavam suas palavras e os que o viam o elogiavam, prontos a testemunhar de suas boas ações (v. 11). Ele acudia e livrava o miserável, o órfão e a quem mais não tinha quem o socorresse (v. 12); ele era abençoado por aqueles a quem salvava da morte e tornava felizes as viúvas a quem acudia (v. 13). A justiça e o equilíbrio de Jó o cobriam como se delas estivesse vestido (v. 14); Jó ajudava os “cegos” a verem a realidade e ajudava os “coxos” a saírem de situações difíceis (v. 15). Ele era um pai para os necessitados e defendia o direito até mesmo daqueles a quem não conhecia(v. 16). Socorria os inocentes, salvando-os do poder (“seus dentes”) dos injustos (v. 17).
Percebe-se que a motivação de Jó era a voz tranquilizadora do Espírito Santo, que o aconselhava sobre o que era certo e errado. Jó sabe que será abençoado porque morrerá em paz, em sua casa, com longa idade. Ele se fortalecerá como árvore plantada junto a águas (ver Sl 1:3) e que mesmo à noite recebe orvalho (v. 19). A honra de Jó será renovada, assim como sua força, tornando-o novamente capaz de retesar um arco forte e atirar a flecha longe, como antes (v. 20).
Depois de falar sobre a sua maneira de lidar com os outros, Jó retorna à lista de manifestações de consideração e respeito que ele, como um rei, recebia. Todos o ouviam e esperavam até que ele terminasse de falar, aguardando pelo seu conselho (v. 21), sem questionar suas decisões (v. 22), recebendo suas palavras como a terra recebia as chuvas da primavera, que amadureciam os frutos (v. 23).
A apreciação de Jó era muito valiosa para as pessoas que o procuravam: “Quando eu lhes sorria, mal acreditavam” (v. 24, NVI). Como um rei à frente de suas tropas, Jó lhes indicava o melhor caminho a seguir, , confortando os que choravam (v. 25), mostrando força, capacidade de liderança, motivação, com sensibilidade.
Querido Deus,
Teu desejo é que vivamos como Teus filhos e filhas, tendo a certeza do nosso valor como príncipes e princesas do grande Rei. Como Jó, queremos ser bênção aos que nos rodeiam, enquanto trabalhamos para aproximá-los de Ti. Para tua honra e glória. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap JAQ/JDS
Texto bíblico: Jó 29
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Jó 28 - comentários
Jó 28
Neste capítulo Jó quer contrastar tecnologia e sabedoria: tecnologia nos versos 1-11 e sabedoria real, a que importa, nos versos 12-28.
O Homem procura por ouro, prata, diamantes, metais preciosos, ferro e cobre na escuridão dos túneis das minas (versos 1-2), até mesmo à "sombra da morte", pendurado em um poço aberto (versos 3-4). Jó lida com os extremos para mostrar o trabalho do homem, através de sua tecnologia. O homem abre caminhos ocultos aos animais da superfície e do céu (v. 7-8), vai até às raízes das montanhas (v.9) e desvia veios de água subterrâneos para trazer "à luz o que estava escondido". Desenvolve técnicas para obter tesouros, mas não consegue obter o que existe de mais valioso: a sabedoria.
A seguir, Jó muda seu foco da excelência humana para a verdadeira sabedoria. Onde ela está? (v. 12). O homem não sabe o seu valor e não sabe onde ela pode ser encontrada (v. 13). O abismo e as profundezas não podem revelar este precioso tesouro (v.14). A verdadeira sabedoria não pode ser comprada por prata ou ouro (v.15-16).
Moisés, o escritor, talvez se lembrasse aqui dos tesouros do palácio de Hatshepsut, e sabia que havia descoberto a verdadeira sabedoria: "considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito" (Hebreus 11:26). Jó está também procurando por esse tipo de sabedoria.
Depois de mostrar que a sabedoria é muito superior a ouro e pedras preciosas, os mais valiosos tesouros terrenos v. 16-19), Jó repete no verso 20 a sua pergunta do verso 12: Onde se pode encontrar a verdadeira sabedoria? Jó reconhece que ela está oculta a todos os seres da terra, mesmo às aves do céu, que podem enxergar longe, do alto (verso 21).
Jó repete no verso 22 sua referência (do v. 14) ao abismo, dizendo que nem ele nem a morte conhecem a sabedoria, apesar de terem ouvido falar dela. Nos lembramos aqui que Satanás (que poderia personificar Abaddon, o abismo, cf Ap. 9:11) e seus anjos, os maiores agentes da morte, ouviram a verdadeira sabedoria em primeira mão, antes de serem expulsos do céu devido à rebelião. E enfatiza, porém, que somente Deus conhece todos os caminhos, inclusive o da morte (v. 23). Jesus é o único que experimentou até hoje a morte eterna e a venceu.
Deus está acima de tudo e vê todos os cantos deste universo em expansão. Ele mede e pesa aspectos da natureza em um equilíbrio perfeito, apesar das mutações e destruições originadas em Satanás. Deus "olhou para a sabedoria e a declarou boa; Ele a confirmou e a testou" (v. 27, NIV). Finalmente, Jó alcança a plena compreensão de sua fé: "Eis que o temor do Senhor é sabedoria e o apartar-se do mal é entendimento" (v. 28).
Querido Deus,
Queremos possuir a fé de Moisés e de Jó. Queremos respeitá-lo e obedecê-lo, afastando-nos do mal, por causa da admiração e amor que temos por Ti. Sabemos que isso é a verdadeira sabedoria e entendimento. Em nome de Jesus oramos. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Traduzido e adaptado por JAQ/JDS
Texto original em: http://revivedbyhisword.org/en/bible/job/28/
Texto bíblico: Jó 28
terça-feira, 23 de julho de 2013
Jó 27 - comentários
Este capítulo pode ser dividido em três partes distintas. Na primeira (v. 1-6), Jó afirma sua integridade e determinação de permanecer fiel até o fim. Na segunda (v. 7-12), ele censura seus inimigos. Na terceira (v. 13-23), considera novamente o modo como Deus trata os ímpios e admite a punição e a destruição final deles. Este discurso toma a forma de uma série de provérbios que Jó cita, um após o outro (CBASD, vol. 3, p. 639).
1 discurso. Do heb. mashal [...] O termo sugere uma nova tendência nas palavras de Jó. As palavras combativas e carregadas de emoção estão dando lugar a uma expressão calculada de opiniões que são fruto de grande reflexão (ver a repetição do termo em Jó 29:1) (CBASD, vol. 3, p. 640).
2 Tão certo como vive Deus. Este é o único lugar em que Jó recorre a um juramento. Diante da solenidade da ocasião, ao exortar pela última vez os amigos, Jó acha que é apropriado iniciar suas observações com um apelo a Deus como sua testemunha [...] Tamanha é a confiança que Jó tem de sua sinceridade, que ele se sente livre para apelar ao Deus que, conforme sua visão humana, o tem tratado como se ele fosse culpado (CBASD, vol. 3, p. 640).
amargurou a minha alma. Tornou minha vida miserável (Andrews Study Bible).
3. sopro. Heb. ruach [...] "vento" (Jó 26:13) e [...] o próprio princípio que anima a vida (Ec 3:19) (CBASD, vol. 3, p. 640).
4 injustiça. Os amigos de Jó tentaram extrair dele uma confissão de culpa. Jó não só permanece firme na consciência de sua integridade, mas faz um compromisso decidido de lealdade futura. A despeito da pressão e da tradição, Jó está determinado a ser honesto (CBASD, vol. 3, p. 640).
5 que eu vos dê razão. Os amigos de Jó afirmaram resolutamente que ele era culpado de algum pecado. Em linguagem forte, Jó se recusa a admitir que eles tivessem razão. Algumas pessoas, sob coerção, confessam faltas que não cometeram. Jó se recusou firmemente a fazer isso (CBASD, vol. 3, p. 640).
6 à minha justiça me apegarei. Uma pessoa pode perder propriedades, famílias, amigos, saúde; mas ainda pode ter uma infalível fonte de consolo: a consciência limpa (ver At 23:1; 24:16; 1Co 4:3,4; 2Tm 1:3; 1Jo 3:21) (CBASD, vol. 3, p. 640).
9 tribulação. A hipocrisia consciente e a constante impiedade separam a pessoa de Deus e, freqüentemente, tornam impossível que Ele atenda as orações. Os amigos de Jó fizeram declarações semelhantes, aplicando-as a ele (CBASD, vol. 3, p. 640).
10 invocará a Deus em todo o tempo? O ímpio ora apenas em ocasiões extraordinárias; não habitualmente. Ele permite que suas ocupações interrompam o tempo destinado à oração, negligencia a devoção particular pelo menor pretexto e logo acaba abandonando-a por completo (CBASD, vol. 3, p. 640).
18 traça.Um símbolo da fragilidade, impotência e decomposição (CBASD, vol. 3, p. 641).
choça. Frágil habitação, feita para a época da vindima ou da ceifa, que se desfaz ao ser abandonada, no fim do serviço (Bíblia Shedd).
19 já não a vê. O homem acorda e se vê arruinado ou na mão de assassinos, ou então acorda e descobre que sua riqueza se foi (CBASD, vol. 3, p. 640).
23 batem palmas. O ímpio é objeto de zombaria (CBASD, vol. 3, p. 641).
Jó 27
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Jó 26 - comentários
Jó 26
Traduzido e adaptado por JDS
Texto original em: http://revivedbyhisword.org/en/bible/job/26/
Texto bíblico: Jó 26
domingo, 21 de julho de 2013
Jó 25 - comentários
2 o domínio. Jó reconhecera plenamente a sabedoria de Deus (Jó 23:13). Contudo, Bildade podia fazer estas declarações facilmente porque não estava passando por uma experiência de sofrimento. Jó estava passando por um teste pessoal de sua confiança em Deus (CBASD, vol. 3, p. 635).
4-6 As novas provas pedidas por Jó (24.25) não foram alistadas (Bíblia Shedd).
4 Como, pois, seria justo[...]? Nem Bildade, nem seus amigos, nem Jó podiam responder a esta pergunta. Somente no tempo do evangelho é que os seres humanos receberam plena elucidação do princípio da justificação pela fé (ver Rm 3:23-25; Cl 1:25-27) (CBASD, vol. 3, p. 635).
5 não tem brilho. Bildade acredita que tanto a lua quanto as estrelas são imperfeitas quando contrastadas com Deus, o criador delas. Se assim é, quão pequeno deve parecer o homem! O que Bildade não sabia é que o ser humano, a despeito de sua fragilidade, é infinitamente mais precioso aos olhos de Deus do que as obras inanimadas da criação (CBASD, vol. 3, p. 635).
6. que é verme. Ver Jó 7:5. Estas palavras têm o objetivo de humilhar a Jó e de impressioná-lo com sua pequenez. Jó precisava ser encorajado, não ser conscientizado de sua fraqueza. Dessa forma, os amigos terminam sua defesa da tradição: falando de vermes! Em seu zelo por defender uma ideia, falharam em compreender a Deus e em solidarizar-se com o amigo que sofria (CBASD, vol. 3, p. 635).
Jó 25
Bildade retorna à fala sem responder aos argumentos de Jó nem trazer nada de novo. Ele acerta em destacar a posição elevada de Deus, tanto em poder como em santidade e pureza (v 2,3). Também acerta em afirmar que o homem, por si só, não pode alcançar justiça e pureza diante de Deus (v. 4). Mas erra ao afirmar que o homem é somente como vermes e larvas (v.6) [destacando o que afinal sobra do homem após sua vida].
Um enfoque exagerado na grandeza e soberania de Deus pode levar a um equívoco bíblico a respeito da posição do homem. Biblicamente os fiéis são "filhos e filhas de Deus", "escritos nas palmas das mãos", "a menina dos seus olhos" e defini-los como "vermes e larvas" está fora de sintonia com o conceito elevado da humanidade perante Deus.
Bildade mostra uma visão teológica incorreta ao demonstrar não entender corretamente a mensagem de esperança e restauração dada aos primitivos pais em Gên 3:15. Tampouco compreende o valor que o homem tem aos olhos de Deus. Somente após a vida de ministério de Jesus estas afirmações equivocadas de Bildade puderam ser refutadas com maior clareza.
Jó, porém, tinha um relacionamento com Deus que o permitia manter sua esperança num Salvador e no seu valor perante o Eterno. Ele só não sabia como este conhecimento prático e real se encaixava com seu quadro atual de sofrimento.
Querido Deus,
Os seres humanos são a coroa de sua criação, vermes de desgraça por causa de Adão, mas são Teus filhos por causa de Sua aceitação de Cristo, o segundo Adão. Obrigado por isso. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Livremente adaptado por JAQ/JDS
Texto original em: http://revivedbyhisword.org/en/bible/job/25/
Texto bíblico: Jó 25
sábado, 20 de julho de 2013
Jó 24 - comentários
Jó 24
Jó deseja levar seus três amigos ao cerne da questão: este mundo e seus eventos não durarão para sempre; os maus serão destruídos nos últimos dias; não importa o sucesso que possam alcançar na vida. Resumidamente, este é o tema do capítulo.
Jó começa o capítulo perguntando porque Deus não estabelece períodos de julgamento e retribuição. Por que aqueles que conhecem e amam a Deus não poderiam ver esses julgamentos em seus próprios dias? Por que eles devem ver todo o sofrimento? (v. 1).
Então Jó identifica o ímpio, numa lista extensa e bem detalhada: São eles quem removem fronteiras [grileiros] (v. 2); roubam os rebanhos e os tomam para si (v. 2), levam o jumento do órfão (v. 3), tomam o único boi da viúva em penhor (v. 3), fazem com que os pobres tenham de sair da estrada e se esconder em busca de segurança (v. 4).
Jó, a seguir, descreve os efeitos da opressão realizada pelos ímpios, através da geografia do sofrimento dos necessitados e oprimidos: Nos lugares ermos como asnos selvagens à procura de pão (v. 5), no campo, tentando, em vão, achar algo deixado quando da colheita nos campos e vinhas do ímpio (v. 6); sem roupa e sem cobertores, sofrem pelo frio, não tendo onde se abrigar (v. 7-8), tendo os seus próprios filhos arrancados de seu peito como penhor (v. 9), e, para sobreviverem e por conta de suas dívidas com o perverso, são forçados a, vestidos de andrajos, trabalhar pesado, carregando feixes de cereais (v. 10), espremendo azeite e uvas, mas sofrendo de fome e sede (v 10, 11).
Jó se revolta com esta condição social de exploração e sofrimento, relatando os gemidos e clamor dos feridos e oprimidos, desejando que Deus interrompa logo esta situação, dando aos ímpios a sua paga (v. 12).
Moisés, o escritor, podia bem identificar-se com esta acusação de Jó contra os ímpios e o sofrimento dos oprimidos, especialmente quando ele, enquanto relata a história de Jó, se lembra de seus parentes, amigos e demais hebreus tão oprimidos após a morte de José.
As más ações dos ímpios nos dias de sofrimento dos hebreus no Egito eram as mesmas que aconteciam nos dias de Jó.
A vida dos ímpios não possui dimensão espiritual. Eles “são inimigos da luz" e não reconhecem os caminhos de Deus (v. 13). Eles roubam, assassinam em plena luz do dia, e matam os pobres (v. 14). O adúltero usa o crepúsculo da noite para cobrir seus pecados (v. 15). Eles invadem casas (v. 16), e se escondem de dia porque nada tem a ver com a luz (v. 17).
Após descrever a atuação dos perversos (v 13-17), Jó relembra a teoria do castigo imediato sustentada pelos seus amigos (v 18-21), e diz que (v. 22-24), na realidade, as coisas não ocorrem desta maneira, pois Deus permite que eles sejam “exaltados por breve tempo”, mas serão, ao final, colhidos, como todos, pela morte, como são cortadas as pontas das espigas (v. 24)
Jó descreve a atuação dos ímpios, mas destaca que o poder deles é passageiro, restritos a uma vida, deixando implícita a idéia de julgamento e retribuição divinas posteriores. Ele termina sua exposição desafiando seus amigos a desmenti-lo ou a mostrar a invalidade de seus argumentos; se alguém acha que ele é um mentiroso, que prove que ele está errado (v. 25).
Querido Deus,
Nós também vivemos nesse ambiente hostil cercado por todos os tipos de maldade. Proteja-nos neste dia com a Sua graça sustentadora. Amém.
Koot van Wyk
Kyungpook National University
Sangju, Coreia do Sul
Trad/Adap GASQ/JAQ/JDS
Texto bíblico: Jó 24