O livro de Filemom é transformador. Esta breve carta de 25 versos pode ser resumida no que pode ser chamado de Princípio de Filemon: "Faça as pazes com Deus e com os outros e faça-o agora".
Filemom é a mais curta das cartas de Paulo e foi escrita de dentro de uma prisão romana (cerca 60 d.C.). Ela desafia dramaticamente Filemom a perdoar seu escravo fugitivo Onésimo. O apelo de Paulo tornou-se mais complicado, pois Onésimo tinha aparentemente roubado objetos de valor quando fugiu (v. 18). Onésimo encontrou Paulo em Roma e foi convertido por ele. Onésimo se arrepende de seus erros. Então Paulo e Onésimo desenvolvem uma estratégia elegante e ética para resolver de forma correta a questão.
Onésimo decide voltar voluntariamente para Colossos com um companheiro de nome Tíquico, levando consigo a carta pessoal para Filemom (Cl 4:7-9). A intenção da carta é apelar para Filemom que se reconcilie com Onésimo, lançando, assim, as bases para o retorno dele para Paulo, presumivelmente livre. Como a carta foi concebida também para ser lida à igreja de Colossos, Paulo praticamente demonstra as relações do perdão que os cristãos devem ter uns com os outros como reflexo do perdão de Deus. Da mesma forma, na mesma carta, embora de forma implícita, Paulo fornece uma base racional para a insustentabilidade da escravidão em um contexto cristão.
Embora a palavra perdão nunca seja mencionada em Filemom, ela está claramente implícita. O livro é envolto por poderosos princípios e é um estudo de caso sobre o tema do perdão. Ele também descreve o modo como o ofensor e o ofendido devem estar relacionados com as questões da restauração e restituição. Cada um dos princípios teológicos implícitos é amparado por uma chamada à ação: o Princípio Filemom.
O Princípio Filemon resulta em mudança de vida tanto agora quanto naquela época.
Delbert W. Baker
Vice-Presidente, Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia
Estados Unidos
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/phm/1/
Texto traduzido por: JAQ/GASQ
Texto Bíblico: Filemon
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