1 Chegaram os cabeças das casas paternas da família dos
filhos de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, das famílias dos filhos
de José, e falaram diante de Moisés e diante dos príncipes, cabeças das casas
paternas dos filhos de Israel,
2 e disseram: O SENHOR ordenou a meu senhor que dê esta
terra por sorte em herança aos filhos de Israel; e a meu senhor foi ordenado
pelo SENHOR que a herança do nosso irmão Zelofeade se desse a suas filhas.
3 Porém, casando-se elas com algum dos filhos das outras tribos
dos filhos de Israel, então, a sua herança seria diminuída da herança de nossos
pais e acrescentada à herança da tribo a que vierem pertencer; assim, se
tiraria da nossa herança que nos tocou em sorte.
4 Vindo também o Ano do Jubileu dos filhos de Israel, a
herança delas se acrescentaria à herança da tribo daqueles a que vierem
pertencer; assim, a sua herança será tirada da tribo de nossos pais.
5 Então, Moisés deu ordem aos filhos de Israel, segundo o
mandado do SENHOR, dizendo: A tribo dos filhos de José fala o que é justo.
6 Esta é a palavra que o SENHOR mandou acerca das filhas de
Zelofeade, dizendo: Sejam por mulheres a quem bem parecer aos seus olhos,
contanto que se casem na família da tribo de seu pai.
7 Assim, a herança dos filhos de Israel não passará de tribo
em tribo; pois os filhos de Israel se hão de vincular cada um à herança da
tribo de seus pais.
8 Qualquer filha que possuir alguma herança das tribos dos
filhos de Israel se casará com alguém da família da tribo de seu pai, para que
os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais.
9 Assim, a herança não passará de uma tribo a outra; pois as
tribos dos filhos de Israel se hão de vincular cada uma à sua herança.
10 Como o SENHOR ordenara a Moisés, assim fizeram as filhas
de Zelofeade,
11 pois Macla, Tirza, Hogla, Milca e Noa, filhas de
Zelofeade, se casaram com os filhos de seus tios paternos.
12 Casaram-se nas famílias dos filhos de Manassés, filho de
José, e a herança delas permaneceu na tribo da família de seu pai.
13 São estes os mandamentos e os juízos que ordenou o
SENHOR, por intermédio de Moisés, aos filhos de Israel nas campinas de Moabe,
junto ao Jordão, na altura de Jericó.
Texto de hoje do blog
da Bíblia (http://revivedbyhisword.org/en/bible/num/36/):
Algo muito importante na vida é nos certificarmos de que estamos fazendo
as perguntas certas. Caso contrário, as conclusões que alcançarmos talvez não
resolvam os problemas reais em jogo. Qual é o problema real por trás das
perguntas que estão sendo feitas em Números 36 e anteriormente em Números 27?
Em Números 27, cinco irmãs, descendentes de José, vieram perante Moisés e a comunidade para discutir uma questão de propriedade da terra. O que acontece
com a terra de um homem quando ele morre e não deixa herdeiros do sexo
masculino? Não deveriam suas filhas herdar o que por direito pertence à
família? Moisés levou a pergunta a Deus que confirmou que assim eles deveriam
fazer. O princípio aqui era a manutenção da posse da terra.
No entanto, no capítulo 36, o problema se torna um pouco
mais complicado. Muito provavelmente uma ou mais dessas cinco filhas, que se
tornaram proprietárias de terras em resultado da decisão no capítulo 27, falou
sobre seu desejo de se casar. E uma delas, provavelmente, colocou seu olhar em
um certo rapaz de outra tribo, razão pela qual os líderes da meia tribo de Manassés vierem a Moisés com a questão. Se as filhas, que agora são proprietárias, decidirem se casar com
alguém de fora de nossa tribo, a quantidade de terras da tribo será reduzida?
Novamente Moisés busca o conselho de Deus. A resposta dada é
que as mulheres que possuem terra podem se casar com quem desejarem,
desde que se casem com um homem de sua própria tribo.
A liberdade de
escolha sempre vem com condições. Posses também vêm com condições. As questões
levantadas nestes capítulos lidam com questões fundamentais acerca dos direitos
individuais. São os direitos de um indivíduo determinados pela raça, cor ou
sexo? Até que ponto vão os direitos individuais? A liberdade individual é ilimitada?
No céu, uma das acusações de Satanás contra Deus era de que
Ele era injusto em suas relações. Satanás desejava liberdade ilimitada e se sentiu
restringido pela lei do amor. Os pecadores sempre acharão que a atitude e
os métodos de Deus são restritivos, porque o egoísmo nunca se dá por satisfeito.
(Ver Desejado de Todas as Nações, p. 761-764).
A instrução de Deus em Números 27 sinalizou que as mulheres
deveriam ter o direito à propriedade – o que poderia ter sido considerado uma posição
bastante radical em uma sociedade dominada por homens, se você considerar o
contexto cultural daquela época. Mas a resposta de Deus em Números 36 limita os
direitos individuais em favor dos direitos da tribo.
A liberdade tem limites e propriedade da terra tem
condições. Por toda a eternidade sempre haverá limites e condições. A lei de
causa e efeito não irá desaparecer de repente na Segunda Vinda.
Agora, o que aconteceria se nós trouxéssemos esta história para
dentro do ambiente de igreja? Mesmo interpretações teológicas podem ser
influenciadas pelo processo de aculturação e por normas culturais locais. Em
certas partes do nosso mundo, as mulheres (e até raças) são vistos em um nível inferior e seu papel de
liderança nestas cultura não é bem-vindo. A desigualdade em nosso mundo nunca é
correta, mas em um planeta infectado pelo pecado a desigualdade infelizmente
acontece.
Em Números 36, a solução dada a Moisés era que uma mulher
com propriedade deveria permanecer e se casar dentro de sua tribo, para não
perturbar o equilíbrio entre as tribos. A questão para os nossos dias é: Não
deveria nossa denominação manter políticas de forma a não perturbar o
equilíbrio cultural entre as divisões, uniões e associações?
Fred Knopper
Adventist Media Center
Trad. JAQ - Rev. GASQ/JDS
Trad. JAQ - Rev. GASQ/JDS
Good!
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