quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A Bíblia e a minha experiência pessoal com ela

por Felipe Lemos


O segundo domingo do mês de dezembro [14 de dezembro, neste ano, 2014] pode não dizer muita coisa para você. Aliás, você sabe que data é essa? É o Dia da Bíblia. A data foi criada em 1549, no Reino Unido, pelo bispo Cranmeer. No Brasil, a comemoração começou em 1850 quando chegaram da Europa e dos Estados Unidos os primeiros missionários evangélicos.

É indiscutível que a Bíblia é um dos livros mais conhecidos do planeta em todos os tempos. O escritor inglês James Chapman reuniu dados de vendas dos últimos 50 anos e fez um ranking  dos livros mais vendidos. Resultado? Estima-se que na última metade do século já tenham sido comercializadas 3,9 bilhões de bíblias no mundo.

Isso é interessante, certo? Mas ainda não significa muito. Continue lendo para entender…

Um pouquinho de história

Talvez você já saiba, mas é sempre bom lembrar que a Bíblia Sagrada do cristianismo é, na verdade, uma coleção de 66 livros escrita por cerca de 40 autores em um período de mais ou menos 1.500 anos dividida basicamente em história, poesia, salmos (músicas), profecias, evangelhos (narrativa da vida de Jesus) e cartas apostólicas (a maioria delas escrita pelo versátil apóstolo Paulo). Foi escrita em pelo menos três idiomas: hebraico e aramaico (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento) e traduzida para mais de duas mil línguas diferentes.

Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Denominada Septuaginta (ou Tradução dos Setenta), essa primeira tradução foi realizada por 70 sábios.

No ano de 382 d.C, o bispo de Roma nomeou Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras. Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Nascia a tradução conhecida como Vulgata, ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus").

E agora?

Tudo muito interessante até agora, correto? Mas nada disso é tão importante quanto ao fato de pensar no que a Bíblia significa para mim, hoje, nesse século em que vivo, no contexto cultural em que estou envolvido, nessa realidade social com diferentes variáveis a me influenciar.

Minha experiência com esse livro faz toda a diferença.

A Bíblia pode ser um incrível registro histórico, ter uma maravilhosa diversidade de estilos literários, ser motivo de guerras, discussões e partidarismos ou mesmo ser citada por milhares de eruditos e pessoas populares.

Mas tudo isso é absolutamente irrelevante se a Bíblia não tiver um significado profundo e real para mim.

Profundo e real!

Quando leia a Bíblia, penso na voz de Deus falando a mim. Isso é Bíblia para mim!

A voz de um Deus que deixou Seus princípios e conselhos atualizados eternamente para que eu tenha uma vida realmente feliz.

Não preciso me preocupar em fazer upgrade da Bíblia. Só das versoes digitais disponíveis nos dispositivos eletrônicos. Porque o conteúdo preservado até aqui (com todos os riscos de alteração que possam ter existido) é totalmente válido hoje para mim.

Não quero encontrar desculpas para viver de qualquer jeito lendo a Bíblia, nem apenas me informar de histórias lindas para reproduzir por aí como se fosse um papagaio.

Quero estudar a Bíblia e ser transformado espiritualmente, fisicamente, emocionalmente.

Porque quero continuar crendo que não é meramente um livro, nem uma coleção de livros.

É Deus falando comigo todos os dias, em todos os momentos, em todas as circunstâncias, com perdão, amor, misericórdia e justiça.

É Deus me amando.

Fico com Dwight Moody que disse: "creio que a Bíblia é inspirada porque ela me inspira".


Veja também:
Curiosidades sobre a Bíblia (http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=69)

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