Texto de hoje do blog da Bíblia:
Nossa primeira impressão de Jefté, o gileadita, não é
positiva. Ele é filho ilegítimo de uma prostituta, um proscrito com uma
história familiar conturbada e o líder de uma gangue de "homens sem
valor." No entanto, este indivíduo aparentemente indigno tornou-se juiz de
Israel por seis anos (12:7), mas antes ele precisaria aprender algumas lições
difíceis ao longo do caminho.
Ao contrário de juízes anteriores, não houve um chamado divino para Jefté liderar. Seu domínio sobre os gileaditas veio como
resultado da negociação junto aos anciãos de Gileade (11:8-10). Apesar disso, no
entanto, não há dúvida de que Deus está guiando os eventos nos bastidores. O
Senhor capacita Jefté para lutar contra os inimigos de Israel (11:29) e entrega
os amonitas em suas mãos (11:32). As livramentos do Senhor favorecem Israel
(11:27), mas não favorecem Jefté.
A história de Jefté poderia muito bem ter terminado aqui, sem
o infeliz voto que ele fez. Mesmo estando claro que Deus o havia ajudado a
combater os amonitas, Jefté sentiu que poderia barganhar com Deus da mesma
maneira que ele fez com os anciãos de Gileade. Imediatamente nós nos chocamos
com a total falta de entendimento do sistema de sacrifícios por parte de Jefté.
A Lei de Moisés claramente especificava que tipos de ofertas eram aceitáveis.
Jefté não tinha permissão para sacrificar a quem primeiro saísse das portas de
sua casa (11:31). No entanto, ele acreditava que Deus podia ser subornado por
holocaustos. Este voto desnecessário traria muita tristeza a Jefté e a sua
filha única.
A narrativa não é clara sobre o que aconteceu com a filha de
Jefté. O voto está redigido de tal forma a dar a impressão de que Jefté se
referia a um sacrifício físico. Mas a Bíblia não diz que ela foi sacrificada.
Em vez disso, nos é dito simplesmente que ela cumpriu a promessa de seu pai e
não conheceu nenhum homem (11:39). Ela lamenta a sua virgindade ao longo da vida
(11:37), e está obviamente preocupada que seu pai a sacrificasse. Sendo que
sacrifícios humanos foram condenados pela Torá (Dt 18:10), a filha de Jefté
deveria viver a vida solitária de um nazireu (Nm 6).
A experiência de Jefté é uma lição bíblica sobre como
devemos ser cuidadosos com o que dizemos. É também um aviso sobre negociar com
Deus, como se o Todo-Poderoso fosse uma divindade pagã, que pode ser
manipulado. Muitas vezes nos encontramos dizendo: "Senhor, se você fizer
isso por mim, então eu vou ser um cristão melhor." Não há nada que o
Senhor queira mais de nós do que a nossa entrega incondicional a Ele.
Deus anseia para regar as nossas vidas com bênçãos, mas
devemos estar dispostos a submeter-nos à Sua vontade em vez de tentar
manipulá-lo com a promessa de boas ações.
Justo Morales
Universidade Adventista do Sul
Trad JAQ - Rev JDS
Trad JAQ - Rev JDS
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