sábado, 6 de abril de 2013

A colheita da cruz

A colheita da cruz


Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. João 12:24.

 

Nesta época podemos perceber a necessidade de atrair homens a Cristo. Isto os une naquela confiança, amor a unidade pelos quais Cristo rogou em Sua última oração em favor dos discípulos. Esta unidade era essencial para seu crescimento espiritual. Este mundo é um campo de batalha no qual os poderes do bem e do mal estão em incessante combate.

 

Na ocasião em que a obra de Cristo suportava apenas a aparência de cruel derrota, quando aos discípulos o caso parecia sem esperança, certos gregos vieram aos discípulos dizendo: “Queremos ver Jesus.” João 12:21. Este pedido revelou a Cristo, que estava então à sombra da cruz, que a Sua oferta sacrifical iria trazer todos quantos cressem à perfeita harmonia com Deus. Ao fazer essa propiciação pelos pecados do homem, o reino de Cristo seria aperfeiçoado e estendido por todo o mundo. Ele atuaria como o Restaurador. Seu Espírito prevaleceria por toda parte.

 

Ninguém do povo, nem mesmo os discípulos, compreendia a natureza do reino de Cristo. Pareciam incapazes de crer que Jesus não Se assentaria no trono de Davi, que não tomaria o cetro e nem reinaria como um príncipe temporal em Jerusalém, gloriosamente perante os patriarcas.

 

Cristo ouviu o ansioso e faminto clamor: “Queremos ver Jesus.” João 12:21. Esses gregos representavam as nações, tribos e povos que se despertariam para a sua grande necessidade de um poder exterior e acima do poder finito. Por um momento, Cristo olhou ao futuro e ouviu vozes proclamando em todas as partes da Terra: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” João 1:29. Esta antecipação, a consumação de Suas esperanças, é expressa nas palavras: “É chegada a hora de ser glorificado o Filho do homem.” João 12:23. Mas Cristo não Se esqueceu da maneira e métodos pelos quais essa glorificação devia ocorrer. O mundo podia ser salvo somente por Sua morte. Como o grão de trigo, o Filho do homem devia ser lançado na terra, morrer e ser sepultado fora da vista de todos, porém Ele viveria outra vez!

 

Esta lição do grão de trigo se repete em toda colheita. Aqueles que aram o solo têm sempre diante de si a ilustração das palavras de Cristo. A semente sepultada na terra produz muitos frutos, e por sua vez as sementes desses frutos são plantadas. Assim a colheita é multiplicada. A colheita da cruz do Calvário produzirá frutos para a vida eterna. E a contemplação disso será a glória daqueles que viverão pelos séculos eternos. Cristo liga essa lição ao sacrifício próprio que devemos praticar. — Manuscrito 33, 1897.

 

Este texto vem do livro Olhando Para O Alto por Ellen White. Para mais livros de Ellen G. White, visite www.egwwritings.org


 

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