1 Alguns anciãos. Evidências textuais atestam esta variante. É improvável que o saduceu Ananias tenha levado muitos fariseus do Sinédrio em Jerusalém, pois os fariseus haviam defendido Paulo (At 23:9). Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia,
vol. 6, p. 452.
2 Passou Tértulo a acusá-lo. O discurso de Tértulo, embora iniciado com a adulação exagerada costumeira, era de acusação. Havia o hábito de dar início aos discursos com esse tipo de bajulação. Sem dúvida, o relato do discurso por Lucas é um breve resumo, que só preserva os pontos principais. CBASD, vol. 6, p. 452.
5 Nazarenos. Termo aplicado aos cristãos somente aqui em todo o NT, com o sentido evidente de seguidores de Jesus de Nazaré. Durante o 2 o e 3 o séculos, surgiu uma seita judaico-cristã chamada de "nazarenos", mas a referência aqui é simplesmente aos cristãos, quer judeus, quer gentios. CBASD, vol. 6, p. 453.
7 Com grande violência. O fato é que os próprios judeus foram culpados de violência. Entretanto, nada mais natural do que eles interpretarem qualquer interferência a seus planos como "violência". CBASD, vol. 6, p. 454.
10 Há muitos anos és juiz. E provável que Félix já fosse procurador por seis ou oito anos, mais tempo do que a maioria dos procuradores da Judeia. Além de ter o próprio mandato de governador, Félix deve ter sido coprocurador por algum tempo com Cumano. CBASD, vol. 6, p. 455.
14 Confesso-te. Do gr. homologeõ, "declarar", "professar". Paulo não confessou no sentido de admitir qualquer aspecto da acusação feita contra ele. CBASD, vol. 6, p. 455.
O Caminho. Um termo técnico para o cristianismo. CBASD, vol. 6, p. 455.
Assim eu sirvo. Paulo reconhece que adorava a Deus no "Caminho" dos "nazarenos". Mas não havia, na época, nenhuma lei romana ou judaica contra ser nazareno ou cristão. Os judeus não haviam pedido um veredito com base no fato de Paulo ser cristão. CBASD, vol. 6, p. 455.
17 Trazeres molas. Paulo explica o propósito específico de seu retorno a Jerusalém. Sua visita estava em harmonia com o propósito determinado de servir a Deus e ao próximo. Ele não fora à cidade para fazer mal a seu povo, mas pará beneficiá-lo. CBASD, vol. 6, p. 457.
20 Perante o Sinédrio. O supremo conselho dos judeus não conseguira concordar quanto às acusações contra Paulo. Na verdade, muitos membros do Sinédrio foram favoráveis a ele quase ocasionando um tumulto (At-23:1-10). Se muitos dos líderes judeus julgavam Paulo inocente e se mostraram prontos a usar a força para protegê-lo, que causa judicial os acusadores do apóstolo poderiam apresentar naquele momento diante de Félix? CBASD, vol. 6, p. 457.
22 Adiou. Sem mais informações, Félix não poderia tomar uma decisão inteligente e, assim, dar seguimento ao caso. CBASD, vol. 6, p. 458.
Tomarei inteiro conhecimento. Isto é, descobrirei ou determinarei. CBASD, vol. 6, p. 458.
23 Detido. Do gr. têreõ, "cuidar", "vigiar", "manter". O verbo não significa necessariamente detenção em regime fechado, mas proteção. Parece que Félix tinha uma atitude positiva em relação a Paulo, em parte pelo despertamento de sua consciência, em parte porque esperava receber suborno. CBASD, vol. 6, p. 458.
24 Mandou chamar Paulo. Talvez Félix tivesse a intenção de obter mais informações, para satisfazer a curiosidade de Drusila e para impressionar Paulo com a insinuação de que estava disposto a soltá-lo, por um preço. CBASD, vol. 6, p. 459.
25 Quando eu tiver vagar. Félix silenciou sua consciência ao adiar uma decisão pessoal. Ele não rejeitou o convite do Espírito Santo num primeiro momento. Mas, ao vacilar diante da decisão pelo que era direito, terminou-se a adiar o processo doloroso de colocar em ordem sua vida pessoal. O melhor momento para essa tarefa por vezes desagradável sempre é o presente, mas, para quem tem a consciência culpada, o presente sempre se revela uma ocasião inconveniente e problemática. CBASD, vol. 6, p. 459.
Chamar-te-ei. Félix chamou Paulo varias vezes, mas nunca chegou ao ponto de tomar uma decisão. Ele nunca teve "vagar" de que falou. CBASD, vol. 6, p. 460.
26 Que Paulo lhe desse dinheiro. Félix pensava que se Paulo era importante a ponto de suscitar tamanha oposição dos lideres judeus, sua liberdade devia valer um suborno substancial. Como o apóstolo levara donativos para os judeus de Jerusalém, o político deve ter concluído que Paulo tinha amigos ricos que poderiam comprar sua libertação. Talvez Félix pensasse que, dentre os amigos com permissão para visitar o prisioneiro, houvesse pessoas com condições de fazê-lo. CBASD, vol. 6, p. 460.
27 Dois anos mais tarde. Literalmente, "quando dois anos se cumpriram" ou "se passaram". A expressão parece inferir dois anos completos, não partes de dois anos, por contagem inclusiva. CBASD, vol. 6, p. 460.
Assegurar o apoio dos judeus. Ao deixar Paulo preso, refém da sorte, Félix esperava aliviar as reclamações que os judeus faziam contra ele em Roma. Mesmo em desgraça, jogava com o destino de Paulo para benefício pessoal. CBASD, vol. 6, p. 460.
Encarcerado. Isto é, em cadeias, uma expressão forte, sugerindo que o tratamento indulgente que Paulo recebera a princípio como prisioneiro pode ter terminado por ordem do governador, antes de sua partida. Não há informações do que Paulo fez durante os dois anos em que ficou detido por Félix. CBASD, vol. 6, p. 460.
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