Texto bíblico à Juízes
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Texto de hoje do blog da Bíblia:
Capítulo após capítulo testemunhamos a tolerância e a inércia dos israelitas em fazer algo a respeito de sua condição moral. Juízes
se inicia com a morte de Josué e a apostasia subseqüente de Israel. Desde
então, os filhos de Israel não somente foram oprimidos por causa da sua
infidelidade: eles também se dividiram e chegaram, às vezes, até mesmo a lutar
e matar uns aos outros. Neste capítulo, finalmente vemos o que não havia mais acontecido
desde os dias de Josué: a nação inteira de Israel (exceto os benjamitas) se
ajuntando "como um homem" (v. 8). Reuniram-se para tratar da "maldade" que havia ocorrido entre eles.
Os homens de Israel estavam unidos em sua indignação e
tinham a intenção de eliminar esse mal de Israel, colocando
à morte esses "homens perversos" de Gibeá. Os benjamitas, por outro
lado, estavam determinados a proteger os malfeitores e se recusaram a entregar
os homens maus.
Confrontados com esta resposta, os israelitas foram a Betel (casa de Deus) e
perguntaram não o que eles deveriam fazer, mas quem deveria lutar primeiro
(20:18). Os israelitas já haviam decidido o que fazer. Infelizmente, os
israelitas não buscaram a Deus suplicando por perdão e orientação. Eles não
buscaram a Deus como seu rei e comandante, mas, sim, como se consulta a um
oráculo a respeito de seu destino. É evidente que os israelitas não entenderam
o papel de Deus em tudo isso pelo fato de terem eles trazido a Arca da Aliança
de Siló para que servisse como um amuleto de boa sorte (cf. 1 Sam 4).
Deus responde aquilo que lhe haviam perguntado: Judá deveria
lutar primeiro. Mas não há bênção ou promessa de vitória. Os benjamitas vencem e há uma grande matança.
Desta vez, os israelitas realmente buscam o "conselho do Senhor"
(20:23), mas o Senhor ainda não promete vitória. Somente após mais uma
derrota colossal é que os filhos de Israel se aproximam do Todo-Poderoso da
maneira que deveria ter feito desde o início: eles "jejuaram aquele dia
até a tarde; e, perante o Senhor, ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas."
Só então o Senhor promete entregar os benjamitas em suas mãos (20:26-27).
Então, "o Senhor derrotou Benjamim diante de Israel" (20:35 NVI).
Deus intencionalmente permitiu que Israel fosse derrotado
duas vezes antes de conceder-lhes a vitória. Havia uma importante lição a ser
aprendida sobre como obter a bênção de Deus. Mesmo sendo justa a causa - remover
a iniquidade de Israel -, o Senhor exige arrependimento e humildade,
especialmente considerando que toda a nação era merecedora da ira de Deus. Há
um grande contraste entre o ultraje moral exibido em Gibeá e a completa falta de
preocupação de Israel com todos os anos de aberta idolatria que eles praticaram.
Sua punição contra a Gibeonitas foi a completa destruição de toda a vida e da
propriedade, mas tal julgamento havia sido prescrito apenas para o pecado de
idolatria (Dt 13:12-18)! Na sua hipocrisia, eles não perceberam que haviam sido mais
diligentes na destruição de seus irmãos pelos pecados deles do que foram em buscar expiação pelos seus próprios pecados e extirpá-los do seu meio. Que isso sirva de lição para nós! Antes de corrigirmos a outros devemos corrigir a nós mesmos.
Justo E. Morales
Universidade Adventista do Sul
Trad JAQ - Rev JDS
Crédito mapa: Atlas Bíblico, CPAD.
Very good!
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