Texto de hoje do blog da Bíblia:
Apesar de Deuteronômio 25: 7-10 descrever uma vergonhosa cerimônia envolvendo um parente próximo que não aceita como esposa a mulher de um consanguíneo falecido, as ações de Boaz são gentis. Ele graciosamente pede o sapato do outro homem a fim de selar o acordo. De acordo com as leis da época seria vergonhoso para um “parente próximo” deixar de assumir a viúva de um parente falecido. Tal pessoa passaria a ser chamada de “o descalçado”. No livro de Rute, entretanto, o parente que abriu mão de se casar com ela não é chamado de “descalçado”. Com muito tato, não há menção ao seu nome em reconhecimento à condução de Deus na decisão tomada. A bondade do Senhor não faz mal a ninguém.
A conclusão do livro de Rute é surpreendente por dois motivos. A primeira surpresa ocorre quando o filho de Rute nasce e todas as mulheres felicitam a Noemi. Isso parece estranho, mas somente até nos lembrarmos que a narrativa começou com a amarga desesperança de Noemi. O livro bem poderia ser chamado de “O Livro de Noemi”, pois a história, em grande medida, centraliza-se nela.
A segunda surpresa ocorre no modo como o capítulo termina. Normalmente cada capítulo termina com um padrão rítmico: uma farta colheita de cevada. Agora a colheita é de seres humanos, a linhagem de Davi. Qualquer pessoa que tenha estudado essa profecia sabe que a linhagem conduz a Cristo, o Nosso Senhor. As histórias de amor normalmente terminam com a expressão "e eles viveram felizes para sempre". A história de Rute, diferentemente, convida o leitor pensar na promessa da vinda do Messias. Na literatura mundial, não se conhece nenhuma outra história curta que termine de forma tão empolgante, ou com tal explosão de alegria profética como o livro de Rute.
Jan Haluska
Universidade Adventista do Sul
Trad JDS
Marvelous!
ResponderExcluir