No capítulo 42 Jó sente-se confiante de que Deus está do seu lado, trabalhando a seu favor. Jó afirma: "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos Teus planos pode ser frustrado" (v. 2). Ele repete a pergunta que o Senhor lhe havia feito (38:2), pensando em seus amigos: "Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o Meu conselho sem conhecimento?" (v. 3a, NVI).
Então Jó repete o conteúdo da pergunta, mas de um ângulo ligeiramente diferente: "Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber” (v. 3b, NVI). Jó deixa claro que irá falar por si mesmo, não por seus amigos, sem questionar a intenção ou inspiração da fala deles, embora saibamos quem os estava, na verdade, inspirando.
Jó, então reconhece que exigiu indevidamente respostas de Deus, principalmente porque já conhecia a respeito dEle pelo que os patriarcas haviam transmitido e pelo seu relacionamento pessoal com Ele.
Vemos debatidas no livro de Jó questões relativas ao julgamento do "fim dos tempos". Estes assuntos haviam sido revelados a Adão e a Noé, o qual viveu até que Abraão, o primeiro patriarca, tivesse 18 anos de idade. Jó tinha quase em primeira mão informações sobre as condições do ambiente e dos homens antes e depois do Dilúvio. Ele acreditava no conhecimento profético referente ao juízo e a redenção reveladas por Deus a seus antecessores e tinha procurado comunicar esse conhecimento aos seus amigos, mas em vão.
Jó respondeu a Deus: "Eu menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza" (v. 6, NVI). Deus não está mais confrontando a Jó e este não está mais aborrecido com Deus.
O Senhor volta a sua atenção para os amigos de Jó e diz que eles não falaram corretamente, como Jó havia feito (v. 7). A solução para os amigos de Jó é o arrependimento. Num ato de fé, eles deveriam oferecer em holocausto [oferta totalmente queimada] a Deus, sete novilhos e sete carneiros, na presença de Jó. Isto não era uma oferta para Jó, mas para Deus. Então Jó orou por seus amigos, como o Senhor havia instruído, intercedeu por eles e Deus aceitou as suas orações (v. 8).
Os amigos de Jó poderiam ter trazido suas ofertas sem a presença de Jó e orado sozinhos, mas Deus nos incentiva a restaurar relacionamentos quebrados e curar corações feridos.
"Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra" (v. 10). O Senhor também restaurou os relacionamentos de Jó: "Todos os seus irmãos e irmãs, e todos os que o haviam conhecido anteriormente vieram comer com ele em sua casa" (v. 11a, NVI). "E o consolaram por causa do maligno, a quem o Senhor havia permitido que viesse sobre ele" (v. 11b, tradução do autor a partir do original). “Cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro” (v. 11.b). Estas bênçãos vieram de pessoas tocadas pelo Espírito Santo.
Mas o Senhor tinha ainda mais presentes para Jó. Deu-lhe mais do que Jó tinha no início. Dobrou o número de ovelhas, camelos, gado e burros (v. 12, comparar com 1:3). Além disso, ele teve sete filhos e três filhas. As filhas eram lindas e "seu pai lhes deu herança entre seus irmãos" (v. 15).
Jó viveu mais 140 anos, viu seus filhos e filhas e netos até a quarta geração. "E então morreu Jó, em idade muito avançada" (v. 17, NVI).
Se você perder tudo na vida, há um Deus no Céu que acompanha de perto o que está acontecendo nesta terra e no devido tempo irá intervir em benefício dos que o amam e obedecem.
Querido Deus,
Chegamos ao final do livro de Jó e aprendemos mais sobre Ti do que sobre Jó. Passamos a ter uma melhor compreensão do grande conflito a que todos estamos sujeitos. Obrigado porque a história de Jó contribuiu para fortalecer a nossa fé em Ti. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Kyungpook
Sangju, Coreia do Sul
Traduzido e adaptado por JAQ/JDS
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