Comentário devocional:
No capítulo 1, depois de anunciar o poder do evangelho que é para todo aquele que crê, Paulo descreve a depravação total dos ímpios. Porém, aqueles de nós que têm um conhecimento de Deus podem ser tentados a dizer: "Senhor, eu Te agradeço porque não sou como esses pagãos perversos".
No entanto, no capítulo 2 de Romanos, Paulo descreve o pecado dos que têm um conhecimento de Deus. No verso 1 ele mostra que nós, que estamos julgando a maldade dos outros, somos também culpados de pecar. E no verso 3 esclarece que assim como os ímpios serão julgados, aqueles que conhecem a verdade, mas transgridem em algum aspecto não escaparão do juízo de Deus.
Somos lembrados no verso 4 que é a bondade de Deus que nos leva ao arrependimento e é evidente que todos nós precisamos aceitar a Sua bondade.
Ao chegarmos aos versos 10 e 11 vemos que Paulo está a provar que Deus não desculpa os pecados de qualquer classe de pessoas. Não importa se você é judeu ou gentio, cristão ou um não-cristão, a sua profissão de fé não irá te poupar do julgamento.
Paulo então começa a demonstrar nos versículos 17-24 que o nome de Deus é desonrado entre as nações por crentes que pregam e ensinam a lei de Deus, enquanto a quebram ao mesmo tempo. Muitas vezes não percebemos, como cristãos, o quanto o nosso desrespeito pela lei de Deus leva à desonra do Seu nome entre os incrédulos.
Neste capítulo, Paulo mostra que tanto os professos crentes quanto os ímpios precisam do poder transformador do Evangelho. Não importa se alguém é um viciado em drogas sem-teto que vive nas ruas de alguma cidade ou um destacado ministro ordenado de uma igreja cristã todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. E necessitam do poder transformador de Jesus Cristo.
Paulo encerra nos dizendo que a justiça de Deus não é meramente uma experiência legal exterior, mas uma conversão interior, a circuncisão do coração. Isso é o que significa ser um verdadeiro crente, um judeu espiritual da descendência de Abraão. Isso vai ficar mais claro em maiores detalhe em Romanos 4.
Norman McNulty
Neurologista, TN, EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/rom/2/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Romanos 2
Comentário em áudio
Plano mundial de Reavivamento e Reforma, pela leitura devocional de um capítulo da Bíblia por dia. De abril de 2012 a julho de 2015.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Romanos 2 - Comentários Selecionados
1 És indesculpável. Os judeus eram rápidos em condenar os gentios, mas, tendo em vista que, por séculos, os judeus foram tão favorecidos com maior luz que os gentios, eles eram indesculpáveis por cometer os mesmo pecados. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 528.
Praticas. Uma questão comumente observada: aqueles que são rápidos em criticar e acusar os outros são culpados dos mesmos crimes. Ás vezes, as pessoas são particularmente zelosas na oposição a esses delitos que eles mesmos praticam secretamente. CBASD, vol. 6, p. 528.
2 Segundo a verdade. Seu juízo se fundamenta no conhecimento das motivações das pessoas e da verdadeira natureza de sua conduta, e é imparcial. Até os pecados mais secretos são colocados sob Seu escrutínio (Ec 12:14). CBASD, vol. 6, p. 529.
3 Pensas. Em outras palavras, "você acha que, por causa de seu elevado conhecimento da verdade, ou por causa de sua ligação com a ascendência divina, ou com o povo escolhido, ficará livre do juízo?". Essa esperança ilusória de livramento pessoal do juízo é uma forma comum de autoengano. CBASD, vol. 6, p. 529.
4 Longanimidade. Embora Deus odeie o pecado, em Sua longanimidade, Ele não agirá imediatamente para punir o pecado no momento em que é cometido. Ao contrário, Ele poupa as pessoas no dia a dia para lhes dar a oportunidade de se arrepender e ser salvas (2 Pe 3:9). CBASD, vol. 6, p. 530.
5 Coração impenitente. Ou seja, um coração que se recusa a se arrepender. Não havia mudança de atitude no coração. As pessoas continuavam e cresciam voluntariamente no endurecimento do coração, apesar do apelo de Deus. CBASD, vol. 6, p. 530.
9 Sobre a alma de qualquer homem. Ou seja, em cada ser humano. Este versículo tem sido usado para apoiar a ideia de que a alma, e não o corpo, sofrerá a penalidade. No entanto, a palavra "alma" (psuche) frequentemente denota toda a pessoa. CBASD, vol. 6, p. 532.
12 Sem lei. Esta expressão significa, evidentemente, sem lei revelada ou escrita, pois os gentios não estão sem a lei não escrita da consciência. Os gentios não serão julgados por uma lei que não possuem. No entanto, se transgredirem a lei não escrita da consciência, estarão perdidos, assim como os que pecaram contra a luz maior.A falta de mais luz não dá a ninguém o direito de pecar contra a luz menor. Os pagãos que pecaram estarão perdidos, mesmo que não tenham a lei escrita de Deus. Eles pecaram contra a lei que possuem, e a punição segue como consequência inevitável. CBASD, vol. 6, p. 533.
13 Simples ouvidores. Os judeus tinham a oportunidade de ouvir a lei, lida regularmente nas sinagogas. Mas chegaram a supor que o conhecimento teórico da lei, em si, constituía justiça. A vontade de Deus não só deve ser conhecida, mas obedecida. CBASD, vol. 6, p. 534.
16 De conformidade com o meu evangelho. Alguns entendem que isso significa que Paulo estava tão confiante na veracidade de sua mensagem que podia afirmar que seu evangelho seria o padrão no juízo final. No entanto, Paulo pode ter pretendido dizer simplesmente que o fato observado é apresentado no evangelho, isto é, que as pessoas não só serão julgadas, mas que o julgamento será feito por Jesus Cristo. CBASD, vol. 6, p. 536.
19 Estás persuadido. O proposito de Deus era que os judeus fossem testemunhas e mestres da verdade para o mundo. O pecado estava em apenas desfrutar seus privilégios sem cumprir a responsabilidade correspondente. CBASD, vol. 6, p. 537.
21 Pois. Uma vez que os judeus faziam uma profissão tão elevada de piedade e reivindicavam essa superioridade, era certo que se deveria esperar muito deles. Mas Paulo revela a incoerência entre suas reivindicações e sua conduta real. Eles "dizem e não fazem" (Mat 23:3). CBASD, vol. 6, p. 537.
25 Circuncisão. Os judeus davam grande importância ao rito da circuncisão, como se a cerimonia exterior garantisse um favor divino especial. Deus instituiu esse rito como um sinal de Sua aliança com Abraão e seus descendentes. Como marca e memorial dessa relação, a circuncisão poderia ter sido uma benção para os judeus. Mas, visto que, em tão grande medida, eles não tinham conseguido fazer jus ás exigências essenciais da aliança, a circuncisão se tornou em nada mais que uma forma vazia. CBASD, vol. 6, p. 538.
26 Considerada. Ou, "contada". Se um gentio obedece ás exigências da lei, a incircuncisão não torna menos aceitável sua obediência. A circuncisão era um rito simbólico destinado por Deus. Se os gentios, sem o beneficio desse rito simbólico, praticassem as coisas contidas na lei, eles também compartilhariam as promessas feitas aos judeus. CBASD, vol. 6, p. 539.
28 Não é judeu. A mera conformidade exterior com a lei não faz da pessoa um verdadeiro judeu, de acordo com a definição da Bíblia, mesmo que seja descendente de Abraão e tenha sido circuncidado. CBASD, vol. 6, p. 539.
29 Do coração. O rito incluía a renuncia e o abandono de todos os pecados, a separação de tudo que era ofensivo a Deus. Essa obra era claramente "do coração". CBASD, vol. 6, p. 539.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Romanos 1
Comentário devocional:
O livro de Romanos é uma poderosa explicação do evangelho de Jesus Cristo. Ellen White oferece uma melhor visão sobre a grande luz que a epístola de Paulo aos Romanos nos traz: "Com grande clareza e poder ele [Paulo] apresentou a doutrina da justificação pela fé em Cristo. ... A grande verdade da justificação pela fé, como exposta nesta epístola, tem permanecido através de todas as épocas como um poderoso farol a guiar o pecador arrependido pelo caminho da vida. ... Ele tem orientado milhares de almas sobrecarregadas pelo pecado à mesma fonte de perdão e paz. Todo cristão tem motivos para agradecer a Deus por essa epístola à igreja de Roma." (Sketches from the Life of Paul [Lições da Vida de Paulo], pp 187, 188).
Nos primeiros seis versos, Paulo oferece uma breve ideia do que ele irá compartilhar nos primeiros oito capítulos. Ele é um apóstolo, chamado por Deus para pregar o evangelho, que também havia sido compartilhado com Israel nas Escrituras do Antigo Testamento. Esta boa notícia é sobre Jesus Cristo, que, "como homem, era descendente de Davi" (v. 3, NVI). Assim, Jesus veio como um ser humano, o que O qualificou a morrer como sacrifício pelos pecados, para que possamos receber a Sua graça . Além disso, a Sua vida nos capacita a sermos libertos do pecado quando nós O aceitamos como nosso Salvador. Esta é certamente uma ótima notícia!
Após salientar que Deus é contra toda a impiedade, Paulo mostra porque o mundo necessita tanto do evangelho e identifica a maldade dos que não têm parte com Deus (vs. 18-32). No próximo capítulo, ele descreve o pecado dos que afirmam conhecer a Deus e carecem do evangelho tanto quanto os do mundo.
Entretanto, o mais importante do capítulo se encontra nos versículos 16 e 17, onde Paulo descreve o poder do evangelho. A palavra grega para poder é dunamis, de onde veio o substantivo dinamite. O evangelho é poderoso porque nele a justiça de Deus se revela na vida daqueles que creem, o que é evidência da justificação pela fé. Observe como Ellen White conecta a justificação pela fé com a última mensagem ao mundo. Ela diz: "Várias pessoas me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e eu respondi: 'É a mensagem do terceiro anjo, em verdade.’ O profeta declara: ‘E depois destas coisas, vi outro anjo que desceu do céu com grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória’ "(Review and Herald, 1º de abril de 1890).
Em outras palavras, aqueles que experimentam a justificação pela fé revelarão a justiça de Deus e receberão poder e destemor para dar a mensagem do alto clamor ao mundo.
Norman McNulty
Neurologista, EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/rom/1/
Traduzido e adaptado por JAQ/JDS
Texto bíblico: Romanos 1
Comentário em áudio
O livro de Romanos é uma poderosa explicação do evangelho de Jesus Cristo. Ellen White oferece uma melhor visão sobre a grande luz que a epístola de Paulo aos Romanos nos traz: "Com grande clareza e poder ele [Paulo] apresentou a doutrina da justificação pela fé em Cristo. ... A grande verdade da justificação pela fé, como exposta nesta epístola, tem permanecido através de todas as épocas como um poderoso farol a guiar o pecador arrependido pelo caminho da vida. ... Ele tem orientado milhares de almas sobrecarregadas pelo pecado à mesma fonte de perdão e paz. Todo cristão tem motivos para agradecer a Deus por essa epístola à igreja de Roma." (Sketches from the Life of Paul [Lições da Vida de Paulo], pp 187, 188).
Nos primeiros seis versos, Paulo oferece uma breve ideia do que ele irá compartilhar nos primeiros oito capítulos. Ele é um apóstolo, chamado por Deus para pregar o evangelho, que também havia sido compartilhado com Israel nas Escrituras do Antigo Testamento. Esta boa notícia é sobre Jesus Cristo, que, "como homem, era descendente de Davi" (v. 3, NVI). Assim, Jesus veio como um ser humano, o que O qualificou a morrer como sacrifício pelos pecados, para que possamos receber a Sua graça . Além disso, a Sua vida nos capacita a sermos libertos do pecado quando nós O aceitamos como nosso Salvador. Esta é certamente uma ótima notícia!
Após salientar que Deus é contra toda a impiedade, Paulo mostra porque o mundo necessita tanto do evangelho e identifica a maldade dos que não têm parte com Deus (vs. 18-32). No próximo capítulo, ele descreve o pecado dos que afirmam conhecer a Deus e carecem do evangelho tanto quanto os do mundo.
Entretanto, o mais importante do capítulo se encontra nos versículos 16 e 17, onde Paulo descreve o poder do evangelho. A palavra grega para poder é dunamis, de onde veio o substantivo dinamite. O evangelho é poderoso porque nele a justiça de Deus se revela na vida daqueles que creem, o que é evidência da justificação pela fé. Observe como Ellen White conecta a justificação pela fé com a última mensagem ao mundo. Ela diz: "Várias pessoas me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e eu respondi: 'É a mensagem do terceiro anjo, em verdade.’ O profeta declara: ‘E depois destas coisas, vi outro anjo que desceu do céu com grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória’ "(Review and Herald, 1º de abril de 1890).
Em outras palavras, aqueles que experimentam a justificação pela fé revelarão a justiça de Deus e receberão poder e destemor para dar a mensagem do alto clamor ao mundo.
Norman McNulty
Neurologista, EUA
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/rom/1/
Traduzido e adaptado por JAQ/JDS
Texto bíblico: Romanos 1
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A importância de Romanos
Muitos estudiosos destacam a relevância da carta de Paulo aos Romanos em relação aos demais livros da Bíblia. Isto porque nela Paulo descreve como a salvação de Deus, através de Jesus se produz no crente. Ou seja, Romanos nos diz como somos salvos e conseguimos paz de espírito.
Leia esta introdução a Romanos:
"A epístola aos Romanos, a mais longa, a mais sistemática e a mais profunda de todas as epístolas, e talvez o livro mais importante da Bíblia, foi escrito pelo apóstolo Paulo (1.1, 5). Nessa ocasião ele se achava em Corinto (15.26, 16.1, 2). A cuidadosa composição da epístola sugere que após algumas tempestuosas experiências ali, o apóstolo teve um período de tranquilidade, antes de ter levado o dinheiro para aliviar as necessidades dos santos em Jerusalém. Isso situa a data da obra no início de 58 d.C. Diferentemente das outras epístolas, as de Romanos foi escrita a uma igreja que Paulo nunca havia ainda visitado (1.10, 11, 15). Bíblia Shedd.
Se você quiser conhecer mais a fundo a maravilhosa mensagem da Carta de Paulo aos Romanos, você pode consultar esta compilação, feita em 2000, de três importantes obras sobre Romanos: as Lições da Escola Sabatina do 4º trimestre de 1990, o livro Comentário Bíblico Devocional - Novo Testamento, de Frederick Meyer e o fantástico e bem humorado livro Como ser Cristão sem ser Religioso, de Fritz Ridenour, acessável em: http://sermoes.com.br/tdevo3.htm.
Leia esta introdução a Romanos:
"A epístola aos Romanos, a mais longa, a mais sistemática e a mais profunda de todas as epístolas, e talvez o livro mais importante da Bíblia, foi escrito pelo apóstolo Paulo (1.1, 5). Nessa ocasião ele se achava em Corinto (15.26, 16.1, 2). A cuidadosa composição da epístola sugere que após algumas tempestuosas experiências ali, o apóstolo teve um período de tranquilidade, antes de ter levado o dinheiro para aliviar as necessidades dos santos em Jerusalém. Isso situa a data da obra no início de 58 d.C. Diferentemente das outras epístolas, as de Romanos foi escrita a uma igreja que Paulo nunca havia ainda visitado (1.10, 11, 15). Bíblia Shedd.
Se você quiser conhecer mais a fundo a maravilhosa mensagem da Carta de Paulo aos Romanos, você pode consultar esta compilação, feita em 2000, de três importantes obras sobre Romanos: as Lições da Escola Sabatina do 4º trimestre de 1990, o livro Comentário Bíblico Devocional - Novo Testamento, de Frederick Meyer e o fantástico e bem humorado livro Como ser Cristão sem ser Religioso, de Fritz Ridenour, acessável em: http://sermoes.com.br/tdevo3.htm.
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O justo viverá pela fé (Rm 1:17)
Porque no evangelho é revelada, a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: O justo viverá da fé. Rm 1:17 (NVI).
Esta frase, citada por Paulo de Hab. 2:4, é tão fundamental para a compreensão de como Deus prove nossa salvação, que vamos ver como é traduzido em outras versões:
ARA: "O justo viverá por fé";
ARC: "Mas o justo viverá da fé ";
BLH: "Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus". (ou: Quem é aceito por Deus, viverá por meio da fé - rodapé);
Bíblia Viva: "O homem que encontra a vida, vai encontrá-la confiando em Deus".
A citação é de Habacuque 2:4. Durante a invasão dos caldeus, Habacuque foi confortado com a certeza de que o justo estaria a salvo (ver com. de Hc 2.4). Um significado semelhante pode ser notado no uso que Paulo fez da citação em Romanos 1:17. A pessoa justa não viverá na dependência de suas próprias obras nem de seus méritos, mas pela confiança e fé em Deus. ... Unicamente a pessoa que é justa pela fé viverá. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 520.
Habacuque provavelmente entendia "viverá" se referindo somente à esta vida. Mas Paulo estende esta declaração à vida eterna. Ao crermos (ou: confiarmos) em Deus, nós somos salvos. Encontramos vida, agora e para sempre. Life Application Study Bible.
A justiça pela fé é um tipo especial de justiça - algo que é sem igual nas religiões comparadas. A justiça pela fé está firmada na fidelidade de Deus. Quando a fidelidade de Deus encontra a resposta de fé da parte do homem, o milagre torna-se possível. Então é manifestada a justiça de Deus.
Sendo que Cristo vive no coração daquele que crê, essa pessoa tem a dádiva da justiça de Cristo e possui o poder para realizar obras agradáveis a Deus. Foi esta compreensão que iluminou, mudou e inflamou a vida de Lutero...
Porque então é tão difícil aceitar a dádiva inapreciável da justiça de Deus?
1) A tentativa de nos tornarmos justos por nossos próprios esforços é uma manifestação natural de independência humana.
2) Aceitar a justiça de Cristo significa a morte para o próprio eu.
3) É mais fácil confiar em nossas boas obras do que confiar em Cristo.
(Comentários baseados nas Lições da ES do 4º trim de 1990, do Dr. Herbert Kiesler).
O professor Pedro Apolinário, em seu livro Explicação de Textos Difíceis da Bíblia, demonstra que a melhor tradução para o trecho fundamental de Romanos 1:17 é: "O homem que é justificado pela fé - viverá". E explica: "A teologia de Paulo nos afiança de que o homem justificado pela fé é o único que possui vida, porque esta vem unicamente de Cristo, recebida através da fé. O grande tema da epístola de Romanos pode ser sintetizado nesta frase: O pecado conduz à morte; a justificação conduz à vida (Rom. 5:17, 21; 8:10)."
Lutero e Romanos 1:17:
"Por uma decretal recente, fora prometida pelo papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a 'escada de Pilatos', que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: 'O justo viverá da fé'. Romanos 1:17. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca dantes a falácia de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe abertos os olhos, e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a igreja papal." O Grande Conflito, p. 122 (p. 77 da edição condensada).
Esta frase, citada por Paulo de Hab. 2:4, é tão fundamental para a compreensão de como Deus prove nossa salvação, que vamos ver como é traduzido em outras versões:
ARA: "O justo viverá por fé";
ARC: "Mas o justo viverá da fé ";
BLH: "Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus". (ou: Quem é aceito por Deus, viverá por meio da fé - rodapé);
Bíblia Viva: "O homem que encontra a vida, vai encontrá-la confiando em Deus".
A citação é de Habacuque 2:4. Durante a invasão dos caldeus, Habacuque foi confortado com a certeza de que o justo estaria a salvo (ver com. de Hc 2.4). Um significado semelhante pode ser notado no uso que Paulo fez da citação em Romanos 1:17. A pessoa justa não viverá na dependência de suas próprias obras nem de seus méritos, mas pela confiança e fé em Deus. ... Unicamente a pessoa que é justa pela fé viverá. CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 520.
Habacuque provavelmente entendia "viverá" se referindo somente à esta vida. Mas Paulo estende esta declaração à vida eterna. Ao crermos (ou: confiarmos) em Deus, nós somos salvos. Encontramos vida, agora e para sempre. Life Application Study Bible.
A justiça pela fé é um tipo especial de justiça - algo que é sem igual nas religiões comparadas. A justiça pela fé está firmada na fidelidade de Deus. Quando a fidelidade de Deus encontra a resposta de fé da parte do homem, o milagre torna-se possível. Então é manifestada a justiça de Deus.
Sendo que Cristo vive no coração daquele que crê, essa pessoa tem a dádiva da justiça de Cristo e possui o poder para realizar obras agradáveis a Deus. Foi esta compreensão que iluminou, mudou e inflamou a vida de Lutero...
Porque então é tão difícil aceitar a dádiva inapreciável da justiça de Deus?
1) A tentativa de nos tornarmos justos por nossos próprios esforços é uma manifestação natural de independência humana.
2) Aceitar a justiça de Cristo significa a morte para o próprio eu.
3) É mais fácil confiar em nossas boas obras do que confiar em Cristo.
(Comentários baseados nas Lições da ES do 4º trim de 1990, do Dr. Herbert Kiesler).
O professor Pedro Apolinário, em seu livro Explicação de Textos Difíceis da Bíblia, demonstra que a melhor tradução para o trecho fundamental de Romanos 1:17 é: "O homem que é justificado pela fé - viverá". E explica: "A teologia de Paulo nos afiança de que o homem justificado pela fé é o único que possui vida, porque esta vem unicamente de Cristo, recebida através da fé. O grande tema da epístola de Romanos pode ser sintetizado nesta frase: O pecado conduz à morte; a justificação conduz à vida (Rom. 5:17, 21; 8:10)."
Lutero e Romanos 1:17:
"Por uma decretal recente, fora prometida pelo papa certa indulgência a todos os que subissem de joelhos a 'escada de Pilatos', que se diz ter sido descida por nosso Salvador ao sair do tribunal romano, e miraculosamente transportada de Jerusalém para Roma. Lutero estava certo dia subindo devotamente esses degraus, quando de súbito uma voz semelhante a trovão pareceu dizer-lhe: 'O justo viverá da fé'. Romanos 1:17. Ergueu-se de um salto e saiu apressadamente do lugar, envergonhado e horrorizado. Esse texto nunca perdeu a força sobre sua alma. Desde aquele tempo, viu mais claramente do que nunca dantes a falácia de se confiar nas obras humanas para a salvação, e a necessidade de fé constante nos méritos de Cristo. Tinham-se-lhe abertos os olhos, e nunca mais se deveriam fechar aos enganos do papado. Quando ele deu as costas a Roma, também dela volveu o coração, e desde aquele tempo o afastamento se tornou cada vez maior, até romper todo contato com a igreja papal." O Grande Conflito, p. 122 (p. 77 da edição condensada).
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Romanos 1 - Comentários de Bíblias de Estudo
1 servo. No original, doulos, do verbo deo (ligar, algemar, aprisionar). Paulo considerava-se algemado no serviço de Cristo. Bíblia Shedd.
A palavra grega assim traduzida significa 1) "escravo", que pertence totalmente ao seu dono e não tem a liberdade de ir embora, e 2) "servo" que voluntariamente opta por servir o seu senhor. Bíblia de Estudo NVI Vida.
apóstolo. Especialmente comissionado por Cristo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
2 outrora, prometido. Indica a necessária relação entre o Velho e o Novo Testamento. Bíblia Shedd.
Sagradas Escrituras - é a primeira vez que esta frase aparece na Bíblia. Bíblia Shedd.
4 o Espírito de santidade. Denota a origem divina de Cristo, em contrário à "carne" do v. 3. A ressurreição revela a identidade de Jesus como Filho de Deus. Andrews Study Bible.
5 fé. A palavra fé aqui não significa o evangelho ou doutrinas mas a própria crença em Cristo. Bíblia Shedd.
7 santos. A ideia básica da palavra original assim traduzida é "santidade". Todos os cristãos são santos no sentido de serem "separados" ... para Deus e, na prática, serem feitos cada vez mais "santos" pelo Espírito Santo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
9-10 Quando você ora continuamente a respeito de alguma preocupação, não se surpreenda pelo modo como Deus responde. Paulo orou para visitar Roma para que ele pudesse ensinar aos cristãos de lá. Quando ele finalmente chegou a a Roma, foi como prisioneiro (ver Atos 28.16). Paulo orou por uma viagem segura e ele chegou com segurança - após ser preso, esbofeteado, naufragado e picado por uma serpente venenosa. Os modos de Deus responder às nossas orações são muito diferentes dos que esperamos. Deus responderá - porém às vezes na hora e do modo que você não espera. Life Application Study Bible.
11-12 Existe uma relação inseparável entre fé, dons espirituais e o compartilhar a fé entre os santos. Ver 12.6n. Andrews Study Bible.
13 fruto. A colheita dos gentios. Paulo está afirmando diplomaticamente que ele é o apóstolo dos gentios. Andrews Study Bible.
14 bárbaros. A palavra provavelmente imitava o som, ininteligível a ouvidos gregos, dos idiomas não gregos. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Para os gregos, todos os não gregos eram bárbaros. Bíblia Shedd.
16 não me envergonho. Confessa abertamente. O evangelho era ridicularizado porque pregava o Messias crucificado. Ver 1Co 1:23. Andrews Study Bible.
o poder. O regenerador impacto transformador de vida da palavra do evangelho, através do Espírito Santo, é algo essencial, devido à servidão da humanidade ao pecado e a Satanás e à debilidade e incapacidade espiritual por causa do pecado (5.6; 8.5-9). Bíblia de Genebra.
17 a justiça de Deus. Essa é a frase chave da epístola aos Romanos (3.21; 5.19; 10.3), regularmente explicada na epístola como "justiça ... através (ou 'da') fé" (3.22; 9.30; 10.6). A justiça de Deus é demonstrada na retidão de Cristo que é imputada ou considerada por Deus como pertencente aos crentes. Bíblia de Genebra.
como está escrito. O trecho de Hc 2.4 provê a base bíblica e o sumário do que se segue, indicando que o modo de vida pela fé já era conhecido no Antigo Testamento. Bíblia de Genebra.
justo. Significa a qualidade de ser justo no sentido de estar bem perante a lei. É um termo forense, que vem dos tribunais e não propriamente relacionado com a moralidade em si. Bíblia Shedd.
viverá. A vida em contraste com a morte espiritual, e a vida no sentido de uma contínua comunhão com Deus. Do princípio ao fim, viver piedosamente significa confiar em Deus e depender de Sua graça. Bíblia de Genebra.
Habacuque pode ter entendido "viverá" tendo em vista a vida presente somente. Mas Paulo estende esta declaração para incluir a vida eterna. Ao crermos em Deus, nós somos salvos; encontramos vida tanto para agora quanto para sempre. Life Application Study Bible.
18-20 Ninguém, nem mesmo quem nunca tenha ouvido falar da Bíblia, nem de Cristo - tem desculpa para não ter Deus na mais alta conta, pois todo o universo criado o revela. Bíblia de Estudo NVI Vida.
18 ira de Deus. Não uma explosão impaciente e insensata de raiva, como a que os seres humanos muitas vezes demonstram, mas uma repulsa santa e justa diante do que contradiz a natureza e a vontade de Deus, a elas se opondo. Bíblia de Estudo NVI Vida.
18-20 Ninguém, nem mesmo quem nunca tenha ouvido falar da Biblia, nem de Cristo - tem desculpa para não ter Deus na mais alta conta, pois todo o universo criado o revela. Bíblia de Estudo NVI Vida.
impiedade. Recusa de adorar a Deus como Criador. Andrews Study Bible.
impiedade e perversão. A ordem das palavras pode ser significativa - visto que a decadência moral segue-se à rebelião teológica. Bíblia de Genebra.
Esta passagem demonstra a culpabilidade do homem fundada na sua pertinaz rejeição da luz fornecida e não em desobediência vinda da ignorância. Bíblia Shedd.
20 atributos invisíveis. O amor, o poder e a ira de Deus. Andrews Study Bible.
22-23 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível. A arrogância intelectual, na presença de Deus, exibe um senso de valores invertido; a adoração a Deus é trocada pela devoção a ídolos feitos por homens e que refletem os homens. O indelével instinto para adorar é pervertido mediante a centralização sobre objetos errados (v. 25). Bíblia de Genebra.
24 Deus entregou tais homens. O julgamento divino envolve a remoção das restrições divinas, tanto sobre os atos pecaminosos como sobre as suas consequências (vs. 26, 28). Bíblia de Genebra.
Os perdidos gozam eternamente da liberdade horrível que demandaram e assim ficam escravizados por si mesmos. Cf vv 26, 28 e At 7.42. Bíblia Shedd.
Deus permitiu, num ato de castigo, que o pecado tivesse seu curso natural. Bíblia de Estudo NVI Vida.
26-27 Estes versos condenam as atividades homossexuais. A sexualidade não natural, contudo, vai além dos comportamentos homossexuais. O NT sanciona apenas o casamento monogâmico entre homem e mulher. Ele condena todas as demais formas de sexualidade, sejam homossexuais ou heterossexuais como pecaminosas. Andrews Study Bible.
28 inconvenientes. Vem da palavra kathekon que era um termo técnico dos estóicos significando aquilo que era conduta digna e conveniente. Cf Ef 5.4. Bíblia Shedd.
32 conheçam. Sua conduta afrontosa não se devia ao desconhecimento total acerca do que Deus exigia, mas à obstinação e à rebelião. Bíblia de Estudo NVI Vida.
aprovam. O cúmulo do pecado é aplaudir os pecados alheios em vez de lastimá-los. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Este é um quadro negro, mas real, do que era o paganismo naquela época. Bíblia Shedd.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Que bênção lermos juntos a carta aos Romanos!
Caríssimos,
O livro de Romanos é, segundo o pastor Carlos Hein, a melhor sistematização da salvação pela graça, através da fé, ou seja, como a salvação de processa, de verdade. Deste modo, um dos livros mais importantes da Bíblia.
Um livro que abalou Lutero e pode, também mexer com as suas estruturas.
Vamos lê-lo juntos?
Introdução ao livro de Romanos
O livro de Romanos é, segundo o pastor Carlos Hein, a melhor sistematização da salvação pela graça, através da fé, ou seja, como a salvação de processa, de verdade. Deste modo, um dos livros mais importantes da Bíblia.
Um livro que abalou Lutero e pode, também mexer com as suas estruturas.
Vamos lê-lo juntos?
Introdução ao livro de Romanos
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Atos 28
Comentário devocional:
Paulo e seus companheiros passaram os três meses de inverno em Malta. Durante esse tempo, Lucas menciona três milagres pelas mãos de Paulo: sacudindo uma cobra venenosa, curando o pai do homem mais influente na ilha, e curando os demais doentes (vv.1-9). Paulo era um homem cheio do Espírito Santo. Somente podemos imaginar o que deve ter passado pela mente de Lucas, o médico, vendo tantos serem curados por Paulo!
Finalmente, eles embarcaram num outro navio que passava por lá e navegaram para Puteoli, o porto próximo de Roma. O centurião, profundamente impressionado com este homem de Deus, permitiu que Paulo e seus amigos se encontrassem com os cristãos daquele lugar por uma semana. A notícia de que Paulo estava para chegar a Roma certamente alcançou os cristãos que moravam em Roma e na região e os crentes vieram até um lugar chamado Três Pousadas (ou Três Vendas), e ao mercado de Ápio, situados na Via Ápia, para recebê-lo e a seus amigos ( v.15). Esses lugares estavam a 33 e 43 quilômetros de Roma, respectivamente.
Ellen White conta-nos mais deste encontro. Paulo, Lucas e Aristarco caminhavam para Roma, guardados por soldados: "De súbito ouve-se um grito de alegria e um homem se destaca da turba que passa, e lança-se ao pescoço do prisioneiro, abraçando-o e chorando de alegria, como um filho que saudasse o pai por muito tempo ausente. A cena se repete muitas vezes à medida que, com a vista aguçada por expectante amor, muitos reconhecem no preso acorrentado aquele que em Corinto, Filipos e Éfeso, lhes havia pregado as palavras da vida ... Os soldados impacientam-se com a demora, mas não têm coragem de interromper essa feliz reunião; pois também eles aprenderam a respeitar e estimar seu prisioneiro. Nessa face macerada e batida pela dor, os discípulos veem refletida a imagem de Cristo. Asseguram a Paulo que nunca o esqueceram nem deixaram de amá-lo; que lhe são devedores pela feliz esperança que lhes anima a vida, e dá-lhes paz para com Deus "(Atos dos Apóstolos, pp.448, 449).
Que recepção! A cidade que Paulo tanto almejava impactar com o evangelho de Jesus, lhe mostra sinais de que Deus tinha ido à frente dele para preparar-lhe o terreno e dar-lhe sucesso, mesmo em cadeias! Assim, o livro de Atos termina dizendo-nos que Paulo ficou "em sua própria sede alugada" (v. 30), desfrutando de uma relativa liberdade, por dois anos. Durante este tempo, embora acorrentado a um soldado, ele se manteve "pregando o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a confiança" (v. 31). De lá, ele enviou trabalhadores para fortalecer as igrejas e plantar novas.
A obra de Deus não pode e não será interrompida. O mundo ouvirá as boas novas de Jesus Cristo. A questão é: você fará parte deste grande empreendimento? Que Deus nos use para a Sua glória!
Ron E. M. Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo NAD
Professor de Ministério e Teologia
Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/28/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Atos 28
Comentário em áudio
Paulo e seus companheiros passaram os três meses de inverno em Malta. Durante esse tempo, Lucas menciona três milagres pelas mãos de Paulo: sacudindo uma cobra venenosa, curando o pai do homem mais influente na ilha, e curando os demais doentes (vv.1-9). Paulo era um homem cheio do Espírito Santo. Somente podemos imaginar o que deve ter passado pela mente de Lucas, o médico, vendo tantos serem curados por Paulo!
Finalmente, eles embarcaram num outro navio que passava por lá e navegaram para Puteoli, o porto próximo de Roma. O centurião, profundamente impressionado com este homem de Deus, permitiu que Paulo e seus amigos se encontrassem com os cristãos daquele lugar por uma semana. A notícia de que Paulo estava para chegar a Roma certamente alcançou os cristãos que moravam em Roma e na região e os crentes vieram até um lugar chamado Três Pousadas (ou Três Vendas), e ao mercado de Ápio, situados na Via Ápia, para recebê-lo e a seus amigos ( v.15). Esses lugares estavam a 33 e 43 quilômetros de Roma, respectivamente.
Ellen White conta-nos mais deste encontro. Paulo, Lucas e Aristarco caminhavam para Roma, guardados por soldados: "De súbito ouve-se um grito de alegria e um homem se destaca da turba que passa, e lança-se ao pescoço do prisioneiro, abraçando-o e chorando de alegria, como um filho que saudasse o pai por muito tempo ausente. A cena se repete muitas vezes à medida que, com a vista aguçada por expectante amor, muitos reconhecem no preso acorrentado aquele que em Corinto, Filipos e Éfeso, lhes havia pregado as palavras da vida ... Os soldados impacientam-se com a demora, mas não têm coragem de interromper essa feliz reunião; pois também eles aprenderam a respeitar e estimar seu prisioneiro. Nessa face macerada e batida pela dor, os discípulos veem refletida a imagem de Cristo. Asseguram a Paulo que nunca o esqueceram nem deixaram de amá-lo; que lhe são devedores pela feliz esperança que lhes anima a vida, e dá-lhes paz para com Deus "(Atos dos Apóstolos, pp.448, 449).
Que recepção! A cidade que Paulo tanto almejava impactar com o evangelho de Jesus, lhe mostra sinais de que Deus tinha ido à frente dele para preparar-lhe o terreno e dar-lhe sucesso, mesmo em cadeias! Assim, o livro de Atos termina dizendo-nos que Paulo ficou "em sua própria sede alugada" (v. 30), desfrutando de uma relativa liberdade, por dois anos. Durante este tempo, embora acorrentado a um soldado, ele se manteve "pregando o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a confiança" (v. 31). De lá, ele enviou trabalhadores para fortalecer as igrejas e plantar novas.
A obra de Deus não pode e não será interrompida. O mundo ouvirá as boas novas de Jesus Cristo. A questão é: você fará parte deste grande empreendimento? Que Deus nos use para a Sua glória!
Ron E. M. Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo NAD
Professor de Ministério e Teologia
Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/28/
Traduzido por JAQ/JDS
Texto bíblico: Atos 28
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Atos 28 - Comentários selecionados
1 Malta. Conhecida por Melita pelos gregos e romanos. Fazia parte da província da Sicília, estando localizada 92 km ao sul dessa grande ilha. Bíblia de Estudo NVI Vida.
2 bárbaros (ARA; NVI: habitantes da ilha). Do gr. barbaroi, palavra originada de uma onomatopéia, aplicada a povos cujo idioma soava como grunhidos rudes aos ouvidos gregos e romanos (ver com. de Rm 1:14). CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 499.
Os gregos davam esse nome a todos os povos que não falavam o grego. Longe de ser membros de tribos sem civilização, eram de antecedência fenícia e falavam um dialeto fenício, mas também tinham sido totalmente romanizados.
A ilha de Malta era governada por romanos desde a Segunda Guerra Púnica (ver vol. 5, p. 13). CBASD, vol. 6, p. 499.
Singular humanidade. Ou seja, com uma humanidade ou gentileza "fora do comum" (ver At 19:11), texto em que a mesma expressão grega é traduzida por "extraordinários". CBASD, vol. 6, p. 499.
estava chovendo e fazia frio. Era fim de outubro ou início de novembro [início do inverno no hemisfério norte]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
3-5 uma víbora prendeu-se-lhe á mão. Por terem sangue frio, as cobras podem tornar-se rígidas e sem movimento no clima frio, e Paulo deve ter pego a serpente junto com os gravetos. Alguns sugerem que a serpente não era venenosa, mas a palavra grega traduzida por "víbora" no v. 4, é usada para designar animais perigosos e cobras venenosas, e há pouca razão para duvidar da identificação dos ilhéus da cobra como sendo venenosa. Bíblia de Genebra.
5 Sacudindo. Paulo permaneceu calmo e sereno diante desse novo perigo. Deus não prometera que ele compareceria perante César? CBASD, vol. 6, p. 500.
6 nenhum mal. Assim foi cumprida a promessa de Cristo em Lc 10.19. Bíblia Shedd.
mudando de parecer, diziam ser ele era um deus. Correspondente à tentativa dos habitantes de Listra de adorar a Paulo e a Barnabé (14.11-18). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Os pagãos na antiguidade atribuíam divindade aos homens com a maior facilidade, muito contrário aos judeus. Bíblia Shedd.
mudando de parecer. Existe alguma ironia na reavaliação que os ilhéus fizeram do caráter de Paulo - de um assassino destinado à morte para o de um deus. Isto relembra os eventos de Listra, onde primeiro o povo aclamou Paulo e Barnabé como deuses e, então, apedrejaram Paulo quase até à morte (14.11-20). Bíblia de Genebra.
7 homem principal. Do gr. protos, "primeiro", isto é, líder. CBASD, vol. 6, p. 500.
A arqueologia confirma que este era o título oficial do governador de Malta. Bíblia Shedd.
11 Passados três meses. Isto é, depois que a temporada de tempestades passou e voltou a ser seguro seguir viagem. CBASD, vol. 6, p. 500.
Foram obrigados a permanecer ali até o início da estação, em fins de fevereiro ou início de março. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Navio alexandrino. Provavelmente, outro navio com grãos egípcios (cf. At 27:6, 38). CBASD, vol. 6, p. 500.
Emblema. Uma provável referência à figura de proa no navio, abaixo do gurupés. CBASD, vol. 6, p. 500.
Dióscuros. Do gr. Dioskouroi, literalmente, os "gêmeos", os lendários filhos de Júpiter [Zeus, para os gregos] e Leda. Os nomes latinos dos dois eram Castor e Pólux, chamados de Gemini. CBASD, vol. 6, p. 500.
Algumas traduções [como a NVI] tem Castor e Polux, adorados como protetores dos marinheiros. Bíblia Shedd.
De sua experiência recente (27:1-44), Lucas conhece muito bem a identidade do Guardião real dos navegantes. Andrews Study Bible.
12 Siracusa. A principal cidade [e porto] da Sicília, na costa sudeste da ilha. No passado, fora uma colônia grega e cenário de um grande desastre naval ateniense durante a guerra do Peloponeso. É provável que o grupo tenha passado três dias ali à espera de ventos favoráveis. CBASD, vol. 6, p. 500.
13 Bordejando. Do gr. perierchomai, literalmente , "ir em volta", "fazer um circuito"; neste caso, uma provável manobra em zigue-zague, a fim de progredir em face de ventos desfavoráveis. CBASD, vol. 6, p. 500.
Vento sul. Era possível singrar para o norte, em vez de fazer movimentos de ziguezague, como fora necessário de Siracusa até Régio. CBASD, vol. 6, p. 500.
Putéoli. Atual Pozzuoli, a quase 320 km de Régio. Estava situada na parte norte da baía de Nápoles, sendo o porto principal de Roma, embora dela distasse 120 km. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Já existia igreja ali. Bíblia Shedd.
15 Tendo ali os irmãos ouvido notícias nossas. Paulo escrevera sua carta à Igreja de Roma uns três anos antes. Conhecidos e convertidos de Paulo também chegaram antes dele (Rm 16). Bíblia Shedd.
A semana de intervalo em Putéoli dera tempo para que a notícia da chegada de Paulo passasse ao conhecimento dos cristãos em Roma. A capital estava em constante comunicação com Putéoli, por causa de seu porto. A chegada de navios era relatada prontamente, com informações tanto da carga quanto da lista de passageiros. CBASD, vol. 6, p. 501.
A Praça de Ápio (Apii Forum) estava a 65 km de Roma e Três Vendas [Pousadas, Tabernas] a 48 km. Paulo muito apreciou o apoio e amizade dos cristãos, assim como nós também deveríamos apreciar. Andrews Study Bible.
Deu origem ao nome da famosa Via Ápia, que levava de Roma a Brindisi. ... Ali uma delegação de Roma aguardava Paulo. CBASD, vol. 6, p. 501.
Dando ... graças a Deus. Todos os cristãos que já passaram por experiências de provação se identificam prontamente com a gratidão de Paulo pela viagem segura. CBASD, vol. 6, p. 501.
sentiu-se mais animado. Paulo era hábil em encontrar motivos para ter grande esperança em meio às circunstâncias mais desanimadoras (ver 2 Co 4:7-10; AA, 449). Era um cristão otimista, convicto e inabalável. CBASD, vol. 6, p. 501.
16 Uma vez em Roma. O leitor do último capítulo de Atos fica com o ávido desejo de que houvesse um relato mais completo da experiência de Paulo e m Roma. Talvez Lucas tivesse a intenção de acrescentar mais detalhes ou de começar um novo livro com a chegada de Paulo à cidade. CBASD, vol. 6, p. 501.
Um dos motivos principais de Lucas é historiar o avanço do evangelho desde Jerusalém até os "confins da terra" (1.8) que seria Roma, uma vez que lá havia representantes de todo o mundo. Bíblia Shedd.
morar por conta própria. "...na casa que havia alugado". Não cometera nenhum crime flagrante, não sendo rival político perigoso. Por isso, foi-lhe permitido ter moradia própria, sempre, porém, com um guarda a acompanhá-lo (Ef 6.20; Fp 1.13, 14, 17; Cl 4.3, 18; Fm 10.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Sem dúvida, consideração demonstrada no tocante à moradia de Paulo se deveu, em parte, ao centurião Júlio, que ainda estava com a custódia do apóstolo quando este chegou a Roma. Paulo fora responsável, em grande parte, pelo sucesso da parada de emergência em Malta, junto com outras evidências de seu caráter nobre, sabedoria assinalada e poder espiritual, isso lhe conquistara o favor e a gratidão do centurião. Sem dúvida, tudo foi incluído no relatório a seu respeito, junto com a declaração enviada por Festo. CBASD, vol. 6, p. 502.
Note que Paulo está preso por cadeias. Andrews Study Bible.
Que o guardava. O soldado ficaria acorrentado a Paulo (ver verso 20), com o grilhão indo de um dos pulsos do guarda até um pulso do apóstolo. O apóstolo faz alusões frequentes a estas cadeias nas epístolas escritas durante o período em que ficou preso em Roma (Ef 6:20; Fp 1:7, 13, 14, 16; Cl 4:3, cf. At 28:20). Qual deve ter sido o efeito, sobre um soldado pagão, de ficar acorrentado, hora após hora, ao apóstolo Paulo? Qual seria o efeito sobre um pagão que ficasse acorrentado, desta mesma maneira, a um de nós? À medida que os guardas eram trocados, os efeitos da vida de Paulo sobre eles durante os dois anos de prisão devem ter se difundido amplamente por toda a corporação (ver com. de Fp 1:13). CBASD, vol. 6, p. 502.
17 os principais [NVI: líderes] dos judeus. O decreto do imperador Cláudio (ver 18.2) [anterior a Nero] tinha caído em desuso, e os judeus tinham voltado a Roma com os líderes deles. Bíblia de Estudo NVI Vida.
A regra de Paulo sempre fora "primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16; 2:9; cf. At 13:5, 14, 46; 17:1, 2, 10; 18:4; etc). Então, ele convidou os anciãos dos judeus a ouvirem um relato direto sobre como ele fora parar em Roma. CBASD, vol. 6, p. 502.
irmãos. Epíteto [qualificação] que reconhecia o sangue judaico que Paulo tinha em comum com eles [os judeus]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
18 Quiseram [os romanos] soltar-me. Ou, "colocar-me em liberdade" (comparar com At 25:25; 26:32). Se o corrupto governador Félix houvesse recebido suborno como esperava, sem dúvida teria libertado Paulo (At 24:26). Todos os oficiais perante os quais o apóstolo comparecera tinham certeza de sua inocência, assim como os tribunos da guarda. CBASD, vol. 6, p. 502.
19. Nada de que acusar. Paulo amava o povo judeu (ver Rm 9:1-3; 10:1) e o afeto que sentia por seus compatriotas não diminuíra depois de sofrer nas mãos deles. A despeito da injustiça que enfrentava, Paulo não os culpava. CBASD, vol. 6, p. 504.
Paulo quer que fique bem claro que não apelara para César com a intenção de acusar os dirigente da nação judaica. Bíblia Shedd.
20 esperança de Israel. Isto é, a expectativa da vinda do Messias. Paulo cria que Jesus fora o cumprimento completo desta expectativa. Sua fé era a mesma de todos os judeus. O único e grande problema era a aplicação desta fé a Jesus, o nazareno. CBASD, vol. 6, p. 504.
é pela esperança de Israel que estou preso com esta cadeia. Na verdade, fora sua firme crença no judaísmo que o levara a ser preso. Ele preferia sofrer com as cadeias e até a morte a desistir da esperança de Israel. CBASD, vol. 6, p. 504.
21 Nós não recebemos ... nenhuma carta. Isto não era estranho. Seria improvável que um navio partindo de Cesareia, depois de Paulo apelar a César, chegasse a Roma antes dele. Logo, a mente daqueles judeus não se encontrava cheia de preconceito contra ele. Lucas não dá indícios da chegada de qualquer carta de Jerusalém contra o apóstolo durante os dois anos (v. 30) que ele passou em Roma, nem de providências que os líderes judeus tenham tomado contra ele (cf. AA, 453). CBASD, vol. 6, p. 504.
22 queremos ouvir ... o que você pensa. Os judeus de Roma estavam bem conscientes da controvérsia em torno de Jesus ser ou não o Messias. Queriam ouvir do próprio Paulo, e ele estava bem disposto a fazer sua exposição antes que chegassem as ideias adversas dos líderes judaicos de Jerusalém. Bíblia de Estudo NVI Vida.
a respeito desta seita. Cf 24.5. O cristianismo já chegara em Roma (talvez levado pelos romanos presentes no Dia de Pentecostes, 2.10). A expulsão dos judeus por Cláudio (cf 18.1n) tornou os judeus ignorantes do evangelho de Cristo. É igualmente possível que os líderes não quiseram admitir quanto sabiam de Cristo esperando uma exposição de doutrina pelo grande Paulo. Bíblia Shedd.
por toda a parte, é ela impugnada. Entre os judeus devia haver muitos relatos nada lisonjeiros sobre os cristãos. Tácito escreveu os maiores disparates sobre a nova seita (Annals, xv.44), e Suetônio (Nero, xvi.2) é igualmente condenador. Justino Mártir (morte c. 165 d.C.) falou de calúnias contra os cristãos, provindas, com certeza, de fontes judaicas (Diálogo com Trifo, 17). CBASD, vol. 6, p. 504.
23-29 O segundo encontro, no qual Paulo apresenta e debate sobre Jesus, "desde a manhã até a tarde" (v. 23 NVI). A cena é uma conclusão apropriada para Atos ao ilustrar a estratégia evangelística consistente de Paulo ("primeiro aos judeus e depois aos gregos"; Rm 1:16), sua mensagem consistente (Jesus como Messias e Salvador; ver At 9:22), e a resposta usual (mista; 28:24). Paulo cita Is 6:9-10 (comparar com Mt 13:14-15). Como antes (At 22:21-22), a menção à salvação dos gentios interrompe o encontro (vv 28-29). Andrews Study Bible.
23 Fez uma exposição. Embora preso, Paulo ainda assim conseguiu pregar o evangelho aos ouvintes judeus. Ele deve ter feito uma apresentação teológica bem pensada, comparável à de Estêvão (At 7:2-53) e ao sermão que ele próprio pregara em Antioquia da Pisídia (At 13:14-41). CBASD, vol. 6, p. 504.
Testemunho. Ele testemunhou da esperança messiânica, então personificada em Jesus, e da certeza do retorno de Cristo. CBASD, vol. 6, p. 504.
reino de Deus ... Jesus. A esperança sobre o Reino se baseou na vida do messias conquistador. Através das profecias do AT Paulo tenta corrigir o conceito errado e persuadi-los que Jesus é o verdadeiro alvo da esperança dos judeus. Bíblia Shedd.
Lei de Moisés e nos Profetas. O Antigo Testamento (ver Lv 24.17, 44). Bíblia de Estudo NVI Vida.
24 Alguns ... ficaram persuadidos. Reação costumeira à pregação de Paulo (ver At 14:4; 17:4; 19:9). Na verdade, esta é a experiência de todo evangelista cristão. Ciente de que a consciência de cada ser humano é livre, ele deve dar graças a Deus pelos que creem e nunca se desanimar pelo fato de alguns não crerem. CBASD, vol. 6, p. 504.
25 bem falou o Espírito Santo a vossos pais. Paulo reconhece plenamente a inspiração dos autores humanos das Escrituras, neste caso Isaías. Bíblia Shedd.
26, 27 Esta citação de Is 6.9, 10, utilizada contra os judeus por Jesus (Mt 13.13ss e paralelos; Rm 11.8; Jo 12.39, 40) é frequente. Confirma que a rejeição de Cristo por Israel cumpre as profecias. Bíblia Shedd.
28 esta salvação de Deus é enviada ao gentios. O pensamento principal de Atos. O evangelho é para todos. Bíblia de Estudo NVI Vida.
E eles a ouvirão. Paulo se dirige, em particular, aos judeus que se recusaram a ouvir (ver com. dos v. 24-26). Quando os judeus recusavam a mensagem desta forma, Paulo se voltava para os gentios. CBASD, vol. 6, p. 505.
É notável o fato de que a partir desta data os cristãos se preocuparam muito pouco com a evangelização dos judeus até os nossos dias. Bíblia Shedd.
30 dois anos inteiros. O mesmo termo técnico usado em 24.27. Paulo foi detido pelo período máximo legal, o que sugere que seu caso não foi ouvido pelo tribunal de César (talvez por falta de acusadores). Fm 22 revela a esperança que Paulo alimentava de logo ser liberto. Bíblia Shedd.
Parece que Lucas não foi guiado pelo Espírito ou pela própria inclinação a registrar os acontecimentos desses dois anos. Talvez ele planejasse escrever uma terceira obra para complementar Lucas e Atos. A única informação sobre esses dois anos vem das quatro epístolas do cárcere, as quais devem ter sido escritas em Roma nesse período: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Sabemos que o apóstolo sentiu o preço da prisão, tanto psicológica quanto fisicamente (Ef 3:1; 4:1; Fp. 1:16; Cl 4:18; Fm 1:9, 10). Ele se preocupava com o resultado de seu julgamento (Fp 2:23, 24). Sabemos que Lucas e Aristarco (At 27:2) estavam com ele, assim como Tíquico (Ef 6:21), que levou a epístola a Éfeso e a Timóteo, cujo nome é citado junto com o do apóstolo nas cartas, a Filipos (Fp 1:1), Colossos (Cl 1:1) e ao convertido senhor de escravos, Filemom (Fm 1). Epafrodito levou auxílio a Paulo, de Filipos (Fp 4:18). Onésimo, que fugira de seu senhor Filemom, fizera amizade com o apóstolo enquanto estava em Roma (Cl 4:9; Fm 10). Marcos, parente de Barnabé, e o converso Jesus, conhecido por Justo, além de Epafras de Colosso, também estavam com ele (Cl 4:10-12). Demas também estava lá (Cl 4:14; cf. 2 Tm 4:10). Embora fosse prisioneiro, o testemunho de Paulo foi tão eficaz durante esses anos que, no fim de seu encarceramento, pôde declarar: "as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho" (Fp 1:12). CBASD, vol. 6, p. 505.
Sua própria casa, que alugara. Deve ter chegado apoio financeiro dos amigos de Roma e de outros lugares, em especial de Filipos (Fp 4:18), uma vez que Paulo não podia mais trabalhar manualmente para custear suas despesas pessoais. CBASD, vol. 6, p. 505.
Recebia todos. Paulo desfrutava liberdade de comunicação. CBASD, vol. 6, p. 505.
31 Sem impedimento algum. Nem imperador, tribuno ou guarda, nem judeu proibiram Paulo de proclamar o evangelho. O evangelista estava preso, mas a mensagem do evangelho, não. CBASD, vol. 6, p. 505, 506.
Referentes ao Senhor Jesus Cristo. Este era o centro e o tema das conversas de Paulo. Este é o encerramento da história bíblica da igreja apostólica. Caso Lucas tenha escrito mais um relato, ele não se encontra mais disponível. Durante os anos que se seguiram à libertação de Paulo e em seu segundo período encarcerado, só encontramos pistas nas chamadas epístolas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito) e na tradição da igreja apostólica (ver também p. 88-90, 94, 95). CBASD, vol. 6, p. 506.
Paulo serviu ao Senhor (v. 31) enquanto esperou que seus acusadores levassem adiante o processo em Roma. Há vários indícios de que foi solto desse encarceramento: 1. Atos cessa abruptamente nessa ocasião. 2. Paulo escrevia às igrejas na expectativa de visitá-las em breve, de modo que deve ter previsto sua soltura (v Fp 2.24; Fm 22). 3. Vários pormenores das epístolas pastorais não se encaixam no contexto histórico de Atos. Depois do encerramento desse livro, esses pormenores mostram uma volta à Ásia Menos, a Creta e à Grécia. 4. Reza a tradição que Paulo foi até à Espanha. mesmo que não tenha ido, a própria existência da tradição faz supor um período em que possa ter feito essa viagem. Bíblia de Estudo NVI Vida.
30-31 Atos se encerra triunfantemente. Paulo havia expresso seu desejo, "Eu devo ver Roma" (19:21; Rm 15:23). O caminho foi difícil, mas Deus respondeu às orações de Paulo de ministrar em Roma. apesar de preso, Paulo, no coração do império romano, "ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum" (v. 31 NVI). O evangelho havia penetrado no centro do mundo. Dali, ele se espalharia para todo o mundo. Andrews Study Bible.
De 60 a 62 d.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensinando a qualquer um que quisesse ouvir. Seu assunto pode ser resumido como o reino de Deus e Jesus cristo. No final de Atos, Paulo ainda não tinha sido julgado perante Nero, como o Senhor disse que iria acontecer (27.24). Parece que Paulo esperava ser inocentado e solto (Fp 1.25; 2.24; Fm 22). Isto deve ter ocorrido antes de 64 d.C., quando Nero incendiou Roma e acusou os cristãos desse crime. Quando solto, Paulo parece ter retomado seu ministério, indo até a Grécia (Nicópolis, Tt 3.12; Tessalônica, 2Tm 4.10), Grécia (Tt 1.5) e Ásia Menor (Éfeso, 2Tm 1.18; 4.12; Trôade, 2Tm 4.13; Mileto, 2Tm 4.20). Possivelmente ele foi até a Espanha (Rm 15.23-24, 28), como o escrito do século I de Clemente parece indicar. Em cerca de 67 d.C., Paulo foi preso novamente por Nero e executado. Em 2Tm 4.6-8, Paulo prevê o fim de sua vida. Bíblia de Genebra.
2 bárbaros (ARA; NVI: habitantes da ilha). Do gr. barbaroi, palavra originada de uma onomatopéia, aplicada a povos cujo idioma soava como grunhidos rudes aos ouvidos gregos e romanos (ver com. de Rm 1:14). CBASD - Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 6, p. 499.
Os gregos davam esse nome a todos os povos que não falavam o grego. Longe de ser membros de tribos sem civilização, eram de antecedência fenícia e falavam um dialeto fenício, mas também tinham sido totalmente romanizados.
A ilha de Malta era governada por romanos desde a Segunda Guerra Púnica (ver vol. 5, p. 13). CBASD, vol. 6, p. 499.
Singular humanidade. Ou seja, com uma humanidade ou gentileza "fora do comum" (ver At 19:11), texto em que a mesma expressão grega é traduzida por "extraordinários". CBASD, vol. 6, p. 499.
estava chovendo e fazia frio. Era fim de outubro ou início de novembro [início do inverno no hemisfério norte]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
3-5 uma víbora prendeu-se-lhe á mão. Por terem sangue frio, as cobras podem tornar-se rígidas e sem movimento no clima frio, e Paulo deve ter pego a serpente junto com os gravetos. Alguns sugerem que a serpente não era venenosa, mas a palavra grega traduzida por "víbora" no v. 4, é usada para designar animais perigosos e cobras venenosas, e há pouca razão para duvidar da identificação dos ilhéus da cobra como sendo venenosa. Bíblia de Genebra.
5 Sacudindo. Paulo permaneceu calmo e sereno diante desse novo perigo. Deus não prometera que ele compareceria perante César? CBASD, vol. 6, p. 500.
6 nenhum mal. Assim foi cumprida a promessa de Cristo em Lc 10.19. Bíblia Shedd.
mudando de parecer, diziam ser ele era um deus. Correspondente à tentativa dos habitantes de Listra de adorar a Paulo e a Barnabé (14.11-18). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Os pagãos na antiguidade atribuíam divindade aos homens com a maior facilidade, muito contrário aos judeus. Bíblia Shedd.
mudando de parecer. Existe alguma ironia na reavaliação que os ilhéus fizeram do caráter de Paulo - de um assassino destinado à morte para o de um deus. Isto relembra os eventos de Listra, onde primeiro o povo aclamou Paulo e Barnabé como deuses e, então, apedrejaram Paulo quase até à morte (14.11-20). Bíblia de Genebra.
7 homem principal. Do gr. protos, "primeiro", isto é, líder. CBASD, vol. 6, p. 500.
A arqueologia confirma que este era o título oficial do governador de Malta. Bíblia Shedd.
11 Passados três meses. Isto é, depois que a temporada de tempestades passou e voltou a ser seguro seguir viagem. CBASD, vol. 6, p. 500.
Foram obrigados a permanecer ali até o início da estação, em fins de fevereiro ou início de março. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Navio alexandrino. Provavelmente, outro navio com grãos egípcios (cf. At 27:6, 38). CBASD, vol. 6, p. 500.
Emblema. Uma provável referência à figura de proa no navio, abaixo do gurupés. CBASD, vol. 6, p. 500.
Dióscuros. Do gr. Dioskouroi, literalmente, os "gêmeos", os lendários filhos de Júpiter [Zeus, para os gregos] e Leda. Os nomes latinos dos dois eram Castor e Pólux, chamados de Gemini. CBASD, vol. 6, p. 500.
Algumas traduções [como a NVI] tem Castor e Polux, adorados como protetores dos marinheiros. Bíblia Shedd.
De sua experiência recente (27:1-44), Lucas conhece muito bem a identidade do Guardião real dos navegantes. Andrews Study Bible.
12 Siracusa. A principal cidade [e porto] da Sicília, na costa sudeste da ilha. No passado, fora uma colônia grega e cenário de um grande desastre naval ateniense durante a guerra do Peloponeso. É provável que o grupo tenha passado três dias ali à espera de ventos favoráveis. CBASD, vol. 6, p. 500.
13 Bordejando. Do gr. perierchomai, literalmente , "ir em volta", "fazer um circuito"; neste caso, uma provável manobra em zigue-zague, a fim de progredir em face de ventos desfavoráveis. CBASD, vol. 6, p. 500.
Vento sul. Era possível singrar para o norte, em vez de fazer movimentos de ziguezague, como fora necessário de Siracusa até Régio. CBASD, vol. 6, p. 500.
Putéoli. Atual Pozzuoli, a quase 320 km de Régio. Estava situada na parte norte da baía de Nápoles, sendo o porto principal de Roma, embora dela distasse 120 km. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Já existia igreja ali. Bíblia Shedd.
15 Tendo ali os irmãos ouvido notícias nossas. Paulo escrevera sua carta à Igreja de Roma uns três anos antes. Conhecidos e convertidos de Paulo também chegaram antes dele (Rm 16). Bíblia Shedd.
A semana de intervalo em Putéoli dera tempo para que a notícia da chegada de Paulo passasse ao conhecimento dos cristãos em Roma. A capital estava em constante comunicação com Putéoli, por causa de seu porto. A chegada de navios era relatada prontamente, com informações tanto da carga quanto da lista de passageiros. CBASD, vol. 6, p. 501.
A Praça de Ápio (Apii Forum) estava a 65 km de Roma e Três Vendas [Pousadas, Tabernas] a 48 km. Paulo muito apreciou o apoio e amizade dos cristãos, assim como nós também deveríamos apreciar. Andrews Study Bible.
Deu origem ao nome da famosa Via Ápia, que levava de Roma a Brindisi. ... Ali uma delegação de Roma aguardava Paulo. CBASD, vol. 6, p. 501.
Dando ... graças a Deus. Todos os cristãos que já passaram por experiências de provação se identificam prontamente com a gratidão de Paulo pela viagem segura. CBASD, vol. 6, p. 501.
sentiu-se mais animado. Paulo era hábil em encontrar motivos para ter grande esperança em meio às circunstâncias mais desanimadoras (ver 2 Co 4:7-10; AA, 449). Era um cristão otimista, convicto e inabalável. CBASD, vol. 6, p. 501.
16 Uma vez em Roma. O leitor do último capítulo de Atos fica com o ávido desejo de que houvesse um relato mais completo da experiência de Paulo e m Roma. Talvez Lucas tivesse a intenção de acrescentar mais detalhes ou de começar um novo livro com a chegada de Paulo à cidade. CBASD, vol. 6, p. 501.
Um dos motivos principais de Lucas é historiar o avanço do evangelho desde Jerusalém até os "confins da terra" (1.8) que seria Roma, uma vez que lá havia representantes de todo o mundo. Bíblia Shedd.
morar por conta própria. "...na casa que havia alugado". Não cometera nenhum crime flagrante, não sendo rival político perigoso. Por isso, foi-lhe permitido ter moradia própria, sempre, porém, com um guarda a acompanhá-lo (Ef 6.20; Fp 1.13, 14, 17; Cl 4.3, 18; Fm 10.13). Bíblia de Estudo NVI Vida.
Sem dúvida, consideração demonstrada no tocante à moradia de Paulo se deveu, em parte, ao centurião Júlio, que ainda estava com a custódia do apóstolo quando este chegou a Roma. Paulo fora responsável, em grande parte, pelo sucesso da parada de emergência em Malta, junto com outras evidências de seu caráter nobre, sabedoria assinalada e poder espiritual, isso lhe conquistara o favor e a gratidão do centurião. Sem dúvida, tudo foi incluído no relatório a seu respeito, junto com a declaração enviada por Festo. CBASD, vol. 6, p. 502.
Note que Paulo está preso por cadeias. Andrews Study Bible.
Que o guardava. O soldado ficaria acorrentado a Paulo (ver verso 20), com o grilhão indo de um dos pulsos do guarda até um pulso do apóstolo. O apóstolo faz alusões frequentes a estas cadeias nas epístolas escritas durante o período em que ficou preso em Roma (Ef 6:20; Fp 1:7, 13, 14, 16; Cl 4:3, cf. At 28:20). Qual deve ter sido o efeito, sobre um soldado pagão, de ficar acorrentado, hora após hora, ao apóstolo Paulo? Qual seria o efeito sobre um pagão que ficasse acorrentado, desta mesma maneira, a um de nós? À medida que os guardas eram trocados, os efeitos da vida de Paulo sobre eles durante os dois anos de prisão devem ter se difundido amplamente por toda a corporação (ver com. de Fp 1:13). CBASD, vol. 6, p. 502.
17 os principais [NVI: líderes] dos judeus. O decreto do imperador Cláudio (ver 18.2) [anterior a Nero] tinha caído em desuso, e os judeus tinham voltado a Roma com os líderes deles. Bíblia de Estudo NVI Vida.
A regra de Paulo sempre fora "primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16; 2:9; cf. At 13:5, 14, 46; 17:1, 2, 10; 18:4; etc). Então, ele convidou os anciãos dos judeus a ouvirem um relato direto sobre como ele fora parar em Roma. CBASD, vol. 6, p. 502.
irmãos. Epíteto [qualificação] que reconhecia o sangue judaico que Paulo tinha em comum com eles [os judeus]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
18 Quiseram [os romanos] soltar-me. Ou, "colocar-me em liberdade" (comparar com At 25:25; 26:32). Se o corrupto governador Félix houvesse recebido suborno como esperava, sem dúvida teria libertado Paulo (At 24:26). Todos os oficiais perante os quais o apóstolo comparecera tinham certeza de sua inocência, assim como os tribunos da guarda. CBASD, vol. 6, p. 502.
19. Nada de que acusar. Paulo amava o povo judeu (ver Rm 9:1-3; 10:1) e o afeto que sentia por seus compatriotas não diminuíra depois de sofrer nas mãos deles. A despeito da injustiça que enfrentava, Paulo não os culpava. CBASD, vol. 6, p. 504.
Paulo quer que fique bem claro que não apelara para César com a intenção de acusar os dirigente da nação judaica. Bíblia Shedd.
20 esperança de Israel. Isto é, a expectativa da vinda do Messias. Paulo cria que Jesus fora o cumprimento completo desta expectativa. Sua fé era a mesma de todos os judeus. O único e grande problema era a aplicação desta fé a Jesus, o nazareno. CBASD, vol. 6, p. 504.
é pela esperança de Israel que estou preso com esta cadeia. Na verdade, fora sua firme crença no judaísmo que o levara a ser preso. Ele preferia sofrer com as cadeias e até a morte a desistir da esperança de Israel. CBASD, vol. 6, p. 504.
21 Nós não recebemos ... nenhuma carta. Isto não era estranho. Seria improvável que um navio partindo de Cesareia, depois de Paulo apelar a César, chegasse a Roma antes dele. Logo, a mente daqueles judeus não se encontrava cheia de preconceito contra ele. Lucas não dá indícios da chegada de qualquer carta de Jerusalém contra o apóstolo durante os dois anos (v. 30) que ele passou em Roma, nem de providências que os líderes judeus tenham tomado contra ele (cf. AA, 453). CBASD, vol. 6, p. 504.
22 queremos ouvir ... o que você pensa. Os judeus de Roma estavam bem conscientes da controvérsia em torno de Jesus ser ou não o Messias. Queriam ouvir do próprio Paulo, e ele estava bem disposto a fazer sua exposição antes que chegassem as ideias adversas dos líderes judaicos de Jerusalém. Bíblia de Estudo NVI Vida.
a respeito desta seita. Cf 24.5. O cristianismo já chegara em Roma (talvez levado pelos romanos presentes no Dia de Pentecostes, 2.10). A expulsão dos judeus por Cláudio (cf 18.1n) tornou os judeus ignorantes do evangelho de Cristo. É igualmente possível que os líderes não quiseram admitir quanto sabiam de Cristo esperando uma exposição de doutrina pelo grande Paulo. Bíblia Shedd.
por toda a parte, é ela impugnada. Entre os judeus devia haver muitos relatos nada lisonjeiros sobre os cristãos. Tácito escreveu os maiores disparates sobre a nova seita (Annals, xv.44), e Suetônio (Nero, xvi.2) é igualmente condenador. Justino Mártir (morte c. 165 d.C.) falou de calúnias contra os cristãos, provindas, com certeza, de fontes judaicas (Diálogo com Trifo, 17). CBASD, vol. 6, p. 504.
23-29 O segundo encontro, no qual Paulo apresenta e debate sobre Jesus, "desde a manhã até a tarde" (v. 23 NVI). A cena é uma conclusão apropriada para Atos ao ilustrar a estratégia evangelística consistente de Paulo ("primeiro aos judeus e depois aos gregos"; Rm 1:16), sua mensagem consistente (Jesus como Messias e Salvador; ver At 9:22), e a resposta usual (mista; 28:24). Paulo cita Is 6:9-10 (comparar com Mt 13:14-15). Como antes (At 22:21-22), a menção à salvação dos gentios interrompe o encontro (vv 28-29). Andrews Study Bible.
23 Fez uma exposição. Embora preso, Paulo ainda assim conseguiu pregar o evangelho aos ouvintes judeus. Ele deve ter feito uma apresentação teológica bem pensada, comparável à de Estêvão (At 7:2-53) e ao sermão que ele próprio pregara em Antioquia da Pisídia (At 13:14-41). CBASD, vol. 6, p. 504.
Testemunho. Ele testemunhou da esperança messiânica, então personificada em Jesus, e da certeza do retorno de Cristo. CBASD, vol. 6, p. 504.
reino de Deus ... Jesus. A esperança sobre o Reino se baseou na vida do messias conquistador. Através das profecias do AT Paulo tenta corrigir o conceito errado e persuadi-los que Jesus é o verdadeiro alvo da esperança dos judeus. Bíblia Shedd.
Lei de Moisés e nos Profetas. O Antigo Testamento (ver Lv 24.17, 44). Bíblia de Estudo NVI Vida.
24 Alguns ... ficaram persuadidos. Reação costumeira à pregação de Paulo (ver At 14:4; 17:4; 19:9). Na verdade, esta é a experiência de todo evangelista cristão. Ciente de que a consciência de cada ser humano é livre, ele deve dar graças a Deus pelos que creem e nunca se desanimar pelo fato de alguns não crerem. CBASD, vol. 6, p. 504.
25 bem falou o Espírito Santo a vossos pais. Paulo reconhece plenamente a inspiração dos autores humanos das Escrituras, neste caso Isaías. Bíblia Shedd.
26, 27 Esta citação de Is 6.9, 10, utilizada contra os judeus por Jesus (Mt 13.13ss e paralelos; Rm 11.8; Jo 12.39, 40) é frequente. Confirma que a rejeição de Cristo por Israel cumpre as profecias. Bíblia Shedd.
28 esta salvação de Deus é enviada ao gentios. O pensamento principal de Atos. O evangelho é para todos. Bíblia de Estudo NVI Vida.
E eles a ouvirão. Paulo se dirige, em particular, aos judeus que se recusaram a ouvir (ver com. dos v. 24-26). Quando os judeus recusavam a mensagem desta forma, Paulo se voltava para os gentios. CBASD, vol. 6, p. 505.
É notável o fato de que a partir desta data os cristãos se preocuparam muito pouco com a evangelização dos judeus até os nossos dias. Bíblia Shedd.
30 dois anos inteiros. O mesmo termo técnico usado em 24.27. Paulo foi detido pelo período máximo legal, o que sugere que seu caso não foi ouvido pelo tribunal de César (talvez por falta de acusadores). Fm 22 revela a esperança que Paulo alimentava de logo ser liberto. Bíblia Shedd.
Parece que Lucas não foi guiado pelo Espírito ou pela própria inclinação a registrar os acontecimentos desses dois anos. Talvez ele planejasse escrever uma terceira obra para complementar Lucas e Atos. A única informação sobre esses dois anos vem das quatro epístolas do cárcere, as quais devem ter sido escritas em Roma nesse período: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Sabemos que o apóstolo sentiu o preço da prisão, tanto psicológica quanto fisicamente (Ef 3:1; 4:1; Fp. 1:16; Cl 4:18; Fm 1:9, 10). Ele se preocupava com o resultado de seu julgamento (Fp 2:23, 24). Sabemos que Lucas e Aristarco (At 27:2) estavam com ele, assim como Tíquico (Ef 6:21), que levou a epístola a Éfeso e a Timóteo, cujo nome é citado junto com o do apóstolo nas cartas, a Filipos (Fp 1:1), Colossos (Cl 1:1) e ao convertido senhor de escravos, Filemom (Fm 1). Epafrodito levou auxílio a Paulo, de Filipos (Fp 4:18). Onésimo, que fugira de seu senhor Filemom, fizera amizade com o apóstolo enquanto estava em Roma (Cl 4:9; Fm 10). Marcos, parente de Barnabé, e o converso Jesus, conhecido por Justo, além de Epafras de Colosso, também estavam com ele (Cl 4:10-12). Demas também estava lá (Cl 4:14; cf. 2 Tm 4:10). Embora fosse prisioneiro, o testemunho de Paulo foi tão eficaz durante esses anos que, no fim de seu encarceramento, pôde declarar: "as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho" (Fp 1:12). CBASD, vol. 6, p. 505.
Sua própria casa, que alugara. Deve ter chegado apoio financeiro dos amigos de Roma e de outros lugares, em especial de Filipos (Fp 4:18), uma vez que Paulo não podia mais trabalhar manualmente para custear suas despesas pessoais. CBASD, vol. 6, p. 505.
Recebia todos. Paulo desfrutava liberdade de comunicação. CBASD, vol. 6, p. 505.
31 Sem impedimento algum. Nem imperador, tribuno ou guarda, nem judeu proibiram Paulo de proclamar o evangelho. O evangelista estava preso, mas a mensagem do evangelho, não. CBASD, vol. 6, p. 505, 506.
Referentes ao Senhor Jesus Cristo. Este era o centro e o tema das conversas de Paulo. Este é o encerramento da história bíblica da igreja apostólica. Caso Lucas tenha escrito mais um relato, ele não se encontra mais disponível. Durante os anos que se seguiram à libertação de Paulo e em seu segundo período encarcerado, só encontramos pistas nas chamadas epístolas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito) e na tradição da igreja apostólica (ver também p. 88-90, 94, 95). CBASD, vol. 6, p. 506.
Paulo serviu ao Senhor (v. 31) enquanto esperou que seus acusadores levassem adiante o processo em Roma. Há vários indícios de que foi solto desse encarceramento: 1. Atos cessa abruptamente nessa ocasião. 2. Paulo escrevia às igrejas na expectativa de visitá-las em breve, de modo que deve ter previsto sua soltura (v Fp 2.24; Fm 22). 3. Vários pormenores das epístolas pastorais não se encaixam no contexto histórico de Atos. Depois do encerramento desse livro, esses pormenores mostram uma volta à Ásia Menos, a Creta e à Grécia. 4. Reza a tradição que Paulo foi até à Espanha. mesmo que não tenha ido, a própria existência da tradição faz supor um período em que possa ter feito essa viagem. Bíblia de Estudo NVI Vida.
30-31 Atos se encerra triunfantemente. Paulo havia expresso seu desejo, "Eu devo ver Roma" (19:21; Rm 15:23). O caminho foi difícil, mas Deus respondeu às orações de Paulo de ministrar em Roma. apesar de preso, Paulo, no coração do império romano, "ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum" (v. 31 NVI). O evangelho havia penetrado no centro do mundo. Dali, ele se espalharia para todo o mundo. Andrews Study Bible.
De 60 a 62 d.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensinando a qualquer um que quisesse ouvir. Seu assunto pode ser resumido como o reino de Deus e Jesus cristo. No final de Atos, Paulo ainda não tinha sido julgado perante Nero, como o Senhor disse que iria acontecer (27.24). Parece que Paulo esperava ser inocentado e solto (Fp 1.25; 2.24; Fm 22). Isto deve ter ocorrido antes de 64 d.C., quando Nero incendiou Roma e acusou os cristãos desse crime. Quando solto, Paulo parece ter retomado seu ministério, indo até a Grécia (Nicópolis, Tt 3.12; Tessalônica, 2Tm 4.10), Grécia (Tt 1.5) e Ásia Menor (Éfeso, 2Tm 1.18; 4.12; Trôade, 2Tm 4.13; Mileto, 2Tm 4.20). Possivelmente ele foi até a Espanha (Rm 15.23-24, 28), como o escrito do século I de Clemente parece indicar. Em cerca de 67 d.C., Paulo foi preso novamente por Nero e executado. Em 2Tm 4.6-8, Paulo prevê o fim de sua vida. Bíblia de Genebra.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Atos 27
Comentário devocional:
Poderíamos nos perguntar do porquê de Lucas ter inserido tantos detalhes desta viagem de navio e seu naufrágio, em detrimento aos demais incidentes, presumivelmente mais significativos na vida de Paulo. Lucas utilizou 44 versos para contar esta história – fascinante, com certeza – enquanto que para o ministério em Icônio, Listra e Derbe foram apenas 28 versos, e para o ministério de 18 meses em Corinto foram apenas 17 versos.
Ellen White sugere que a razão para a longa descrição foi registrar como a tripulação e os presos do navio foram capazes de "testemunhar o poder de Deus através de Paulo e que os pagãos também pudessem ouvir do nome de Jesus" (Primeiros Escritos, p. 207). Paulo não estava indo para Roma da maneira que planejara inicialmente, mas Deus esteve com ele por todo o caminho, e isto se tornou claro para os incrédulos. Lucas, o médico amado, acompanhou o homem de Deus, porque a saúde de Paulo havia se deteriorado. No caso de Aristarco, estudiosos sugerem que a única maneira dele poder ter acompanhado Paulo em sua viagem a Roma, foi se houvesse se tornado um escravo de Paulo por sua própria escolha. Uma vez em Roma, Paulo refere-se a este amigo da Macedônia como seu companheiro de prisão (Col 4:10).
Paulo interveio quatro vezes durante a viagem. Sua primeira intervenção foi enquanto estavam ancorados em Bons Portos, na ilha de Creta. Ele foi contrário a navegar para Roma nas condições climáticas do inverno que havia começado. O problema era que o porto não era adequado para se atracar por lá durante o inverno. Uma vez que o navio transportava prisioneiros, o centurião que era o responsável pela viagem, mais do que inclusive o capitão ou o proprietário do barco, decidiu ir em frente. Isto se provou ser um grande erro. Os ventos eram contrários e o medo de naufrágio era tão grande real que tiveram que amarrar cordas em torno do navio para que não se despedaçasse (v.17). As coisas estavam muito ruins e todos perderam a esperança.
Depois veio uma segunda intervenção de Paulo. Ele disse a todos que um anjo de Deus lhe tinha assegurado de que iriam chegar a Roma e não haveria nenhuma perda de vida (vv.21-24). Isto deve ter sido um real encorajamento tanto para a tripulação quanto para os soldados. Isso também mostra que Paulo estivera orando pelas vidas dos que estavam a bordo do navio.
Duas semanas depois, porém, ainda sob tempestade, pareceu que a viagem iria chegar a um fim trágico. Os marinheiros estavam tentando escapar. Então, Paulo interveio novamente. E disse ao centurião que eles precisavam manter os marinheiros a bordo. E que todos deveriam comer para recuperar as forças. Devido à preocupação ou enjoo, ninguém tinha se alimentado adequadamente durante duas semanas. Comer novamente deu-lhes força para aliviar a carga do navio.
A última intervenção de Paulo não foi com palavras. Quando o navio atingiu a costa da ilha de Malta e começou a quebrar-se, os soldados estavam prontos para matar os prisioneiros para que nenhum escapasse, porque eles teriam que pagar por isso com suas vidas. Mas o centurião encarregado determinou-se a salvar a Paulo e, assim, todos os presos foram salvos. A vida de uma pessoa verdadeiramente piedosa pode fazer a diferença de vida ou morte para todos aqueles ao seu redor.
Ron E. M. Clouzet
Diretor de Evangelismo do Instituto NAD
Professor de Ministério e Teologia do Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/27/
Traduzido por JAQ/GASQ
Texto bíblico: Atos 27
Comentário em áudio
Poderíamos nos perguntar do porquê de Lucas ter inserido tantos detalhes desta viagem de navio e seu naufrágio, em detrimento aos demais incidentes, presumivelmente mais significativos na vida de Paulo. Lucas utilizou 44 versos para contar esta história – fascinante, com certeza – enquanto que para o ministério em Icônio, Listra e Derbe foram apenas 28 versos, e para o ministério de 18 meses em Corinto foram apenas 17 versos.
Ellen White sugere que a razão para a longa descrição foi registrar como a tripulação e os presos do navio foram capazes de "testemunhar o poder de Deus através de Paulo e que os pagãos também pudessem ouvir do nome de Jesus" (Primeiros Escritos, p. 207). Paulo não estava indo para Roma da maneira que planejara inicialmente, mas Deus esteve com ele por todo o caminho, e isto se tornou claro para os incrédulos. Lucas, o médico amado, acompanhou o homem de Deus, porque a saúde de Paulo havia se deteriorado. No caso de Aristarco, estudiosos sugerem que a única maneira dele poder ter acompanhado Paulo em sua viagem a Roma, foi se houvesse se tornado um escravo de Paulo por sua própria escolha. Uma vez em Roma, Paulo refere-se a este amigo da Macedônia como seu companheiro de prisão (Col 4:10).
Paulo interveio quatro vezes durante a viagem. Sua primeira intervenção foi enquanto estavam ancorados em Bons Portos, na ilha de Creta. Ele foi contrário a navegar para Roma nas condições climáticas do inverno que havia começado. O problema era que o porto não era adequado para se atracar por lá durante o inverno. Uma vez que o navio transportava prisioneiros, o centurião que era o responsável pela viagem, mais do que inclusive o capitão ou o proprietário do barco, decidiu ir em frente. Isto se provou ser um grande erro. Os ventos eram contrários e o medo de naufrágio era tão grande real que tiveram que amarrar cordas em torno do navio para que não se despedaçasse (v.17). As coisas estavam muito ruins e todos perderam a esperança.
Depois veio uma segunda intervenção de Paulo. Ele disse a todos que um anjo de Deus lhe tinha assegurado de que iriam chegar a Roma e não haveria nenhuma perda de vida (vv.21-24). Isto deve ter sido um real encorajamento tanto para a tripulação quanto para os soldados. Isso também mostra que Paulo estivera orando pelas vidas dos que estavam a bordo do navio.
Duas semanas depois, porém, ainda sob tempestade, pareceu que a viagem iria chegar a um fim trágico. Os marinheiros estavam tentando escapar. Então, Paulo interveio novamente. E disse ao centurião que eles precisavam manter os marinheiros a bordo. E que todos deveriam comer para recuperar as forças. Devido à preocupação ou enjoo, ninguém tinha se alimentado adequadamente durante duas semanas. Comer novamente deu-lhes força para aliviar a carga do navio.
A última intervenção de Paulo não foi com palavras. Quando o navio atingiu a costa da ilha de Malta e começou a quebrar-se, os soldados estavam prontos para matar os prisioneiros para que nenhum escapasse, porque eles teriam que pagar por isso com suas vidas. Mas o centurião encarregado determinou-se a salvar a Paulo e, assim, todos os presos foram salvos. A vida de uma pessoa verdadeiramente piedosa pode fazer a diferença de vida ou morte para todos aqueles ao seu redor.
Ron E. M. Clouzet
Diretor de Evangelismo do Instituto NAD
Professor de Ministério e Teologia do Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/27/
Traduzido por JAQ/GASQ
Texto bíblico: Atos 27
Comentário em áudio
Atos 27 - Comentários Selecionados
1 Navegássemos para a Itália. Finalmente, embora em circunstancias bem distintas das que ele havia pretendido, Paulo estava prestes a realizar seu antigo desejo de "ver [...] Roma". Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia,
vol. 6, p. 479.
2 Adramitino. Adramítio era um porto na costa noroeste da Mísia, na Asia Menor. Era um centro comercial com alguma importância. Seu nome atual é Edremit. Parece que era o porto de origem do navio e seu destino nesta viagem. CBASD, vol. 6, p. 479.
Indo conosco. As palavras subentendem que tanto Aristarco quanto Lucas, o autor da narrativa, estavam na companhia de Paulo. A lei romana estabelecia que os cidadãos romanos viajando como prisioneiros podiam ser acompanhados por um escravo e um médico pessoal. Talvez Aristarco atuasse como servo de Paulo, e Lucas, como seu médico. CBASD, vol. 6, p. 479.
3 Tratando. Paulo deixava uma impressão favorável sobre todos os que entravam em contato com ele. CBASD, vol. 6, p. 479.
7 Navegando vagarosamente. Certamente por causa dos fortes ventos contrários. CBASD, vol. 6, p. 481.
9 Tendo-se tornado a navegação perigosa. O inverno se aproximava. Só se tentava navegar pelo Mediterrâneo em clima favorável. CBASD, vol. 6, p. 481.
11 Dava mais crédito. Literalmente, "era persuadido". Nestas questões, o centurião confiava mais no capitão e no mestre do navio do que em Paulo. Por ser oficial da guarda imperial, o centurião exerceria influência sobre os homens do mar. CBASD, vol. 6, p. 482.
15 Deixando levar. Literalmente, "abrimos caminho e fomos arrastados". Era impossível conduzir o navio. Não havia nada a fazer, a não ser se deixar levar pelo vento, na direção sudoeste. CBASD, vol. 6, p. 483.
20 Alguns dias. Quase duas semanas, conforme os acontecimentos demonstraram. CBASD, vol. 6, p. 484.
23 De quem eu sou. A religião é algo pessoal. Trata-se de consagração, adoração e serviço pessoais prestados a um Deus pessoal. Aos pagãos temerosos na embarcação condenada, Paulo deu um testemunho retumbante. O apóstolo sabia que o Senhor estava prestes a intervir em favor de todos a bordo do navio, pois era o Deus de Paulo e Paulo era dEle na comunhão mútua do serviço. O apóstolo tomou sobre si o jugo do serviço e havia se tornado íntimo daquele com quem dividia o jugo. CBASD, vol. 6, p. 484.
27 Pressentiram os marinheiros. Talvez tenham detectado as gotículas da arrebentação que se chocava contra as rochas. CBASD, vol. 6, p. 485.
29 Lançaram da popa quatro âncoras. A escuridão da noite tornava impossível escolher a melhor parte da praia para ancorar o navio. As âncoras foram lançadas da popa a fim de manter a proa do navio em direção á terra firme. CBASD, vol. 6, p. 485.
33 Que se alimentassem. A nutrição era essencial por causa do esforço e do abandono ás intempéries que todos enfrentariam quando deixassem o navio. CBASD, vol. 6, p. 486.
Estais sem comer. Uma provável referencia a refeições regulares. A rotina da vida a bordo do navio fora completamente alterada e ficara impossível comer mais do que bocadinhos de comida de vez em quando. Além disso, sem dúvida muitos estavam sofrendo com enjoos. CBASD, vol. 6, p. 486.
36 Cobraram ânimo. A esperança, fé e coragem de Paulo eram contagiantes. Todos se animaram a despeito do perigo que os espreitava nas rochas ao longo da praia. CBASD, vol. 6, p. 486.
41 A popa se abria. Ou, "a popa começava a se romper". Com a proa do navio bem segura, as violentas correntes secundárias gradualmente quebraram a popa. CBASD, vol. 6, p. 489.
43 Querendo salvar. Literalmente, "desejando salvar". O centurião tinha grande respeito por Paulo e por seus companheiros de viagem. Ele também reconhecia que todos a bordo deviam a vida ao apóstolo. CBASD, vol. 6, p. 489.
44 Todos se salvaram. Isto é, todos escaparam com segurança, em cumprimento da promessa de Deus a Paulo e da garantia que o apóstolo dera a todos no navio. CBASD, vol. 6, p. 489.
3 Tratando. Paulo deixava uma impressão favorável sobre todos os que entravam em contato com ele. CBASD, vol. 6, p. 479.
7 Navegando vagarosamente. Certamente por causa dos fortes ventos contrários. CBASD, vol. 6, p. 481.
9 Tendo-se tornado a navegação perigosa. O inverno se aproximava. Só se tentava navegar pelo Mediterrâneo em clima favorável. CBASD, vol. 6, p. 481.
11 Dava mais crédito. Literalmente, "era persuadido". Nestas questões, o centurião confiava mais no capitão e no mestre do navio do que em Paulo. Por ser oficial da guarda imperial, o centurião exerceria influência sobre os homens do mar. CBASD, vol. 6, p. 482.
15 Deixando levar. Literalmente, "abrimos caminho e fomos arrastados". Era impossível conduzir o navio. Não havia nada a fazer, a não ser se deixar levar pelo vento, na direção sudoeste. CBASD, vol. 6, p. 483.
20 Alguns dias. Quase duas semanas, conforme os acontecimentos demonstraram. CBASD, vol. 6, p. 484.
23 De quem eu sou. A religião é algo pessoal. Trata-se de consagração, adoração e serviço pessoais prestados a um Deus pessoal. Aos pagãos temerosos na embarcação condenada, Paulo deu um testemunho retumbante. O apóstolo sabia que o Senhor estava prestes a intervir em favor de todos a bordo do navio, pois era o Deus de Paulo e Paulo era dEle na comunhão mútua do serviço. O apóstolo tomou sobre si o jugo do serviço e havia se tornado íntimo daquele com quem dividia o jugo. CBASD, vol. 6, p. 484.
27 Pressentiram os marinheiros. Talvez tenham detectado as gotículas da arrebentação que se chocava contra as rochas. CBASD, vol. 6, p. 485.
29 Lançaram da popa quatro âncoras. A escuridão da noite tornava impossível escolher a melhor parte da praia para ancorar o navio. As âncoras foram lançadas da popa a fim de manter a proa do navio em direção á terra firme. CBASD, vol. 6, p. 485.
33 Que se alimentassem. A nutrição era essencial por causa do esforço e do abandono ás intempéries que todos enfrentariam quando deixassem o navio. CBASD, vol. 6, p. 486.
Estais sem comer. Uma provável referencia a refeições regulares. A rotina da vida a bordo do navio fora completamente alterada e ficara impossível comer mais do que bocadinhos de comida de vez em quando. Além disso, sem dúvida muitos estavam sofrendo com enjoos. CBASD, vol. 6, p. 486.
36 Cobraram ânimo. A esperança, fé e coragem de Paulo eram contagiantes. Todos se animaram a despeito do perigo que os espreitava nas rochas ao longo da praia. CBASD, vol. 6, p. 486.
41 A popa se abria. Ou, "a popa começava a se romper". Com a proa do navio bem segura, as violentas correntes secundárias gradualmente quebraram a popa. CBASD, vol. 6, p. 489.
43 Querendo salvar. Literalmente, "desejando salvar". O centurião tinha grande respeito por Paulo e por seus companheiros de viagem. Ele também reconhecia que todos a bordo deviam a vida ao apóstolo. CBASD, vol. 6, p. 489.
44 Todos se salvaram. Isto é, todos escaparam com segurança, em cumprimento da promessa de Deus a Paulo e da garantia que o apóstolo dera a todos no navio. CBASD, vol. 6, p. 489.
Atos 27 - Comentários de Bíblias de Estudo
1 A viagem e naufrágio de Paulo neste capítulo nos fornecem um dos melhores exemplos de narrativa descritiva no NT. Bíblia Shedd.
2 navio de Adramitio [NVI]. Porto ao sul de Trôade na costa asiática [costa oeste da atual Turquia]. Bíblia Shedd.
Um porto na costa oeste da Ásia Menor [ atual Turquia], mais de 160 km ao norte de Éfeso [ao sul de Trôade]. Andrews Study Bible.
conosco Aristarco. Pelo menos dois amigos de Paulo o acompanharam na viagem: Lucas e Aristarco, um dos delegados que levou a contribuição aos crentes pobres de Jerusalém (20.4; Cl 4.10 ["prisioneiro comigo"] indica que foi preso com Paulo ou viajou como seu companheiro). Bíblia Shedd.
de partida para costear a Ásia [ARA; NVI: para alguns lugares da Ásia]. Em algum desses portos, Júlio planejava transferir-se para um navio que navegaria até Roma. Bíblia de Estudo NVI Vida.
4 sob a proteção de Chipre [ARA; NVI: ao norte de Chipre]. Buscavam o lado protetor da ilha ao navegar para o norte no lado leste da ilha e depois para o oeste, ao longo do lado norte. Bíblia de Estudo NVI Vida.
por serem contrários os ventos. [Na época] os ventos dominantes provinham do oeste [para onde eles pretendiam navegar]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
6 um navio de Alexandria. Navio egípcio (com carregamento de cereais, v. 38) em viagem para Roma. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Nos fins do verão o vento costumeiro sopra do oeste tornando necessário prosseguir até a Ásia (Mirra) antes de voltar para o oeste. Bíblia Shedd.
Alexandria. Porto principal de exportação de trigo (v. 38) para Roma. Bíblia Shedd.
A maior cidade do Egito, desempenhou papel chave no suprimento de grãos para Roma, um desafio sempre presente para o império. Andrews Study Bible.
8 Bons Portos. Uma baía aberta para o mar, mal protegida. Bíblia Shedd.
9 Dia do Jejum. Refere-se à festa judaica da Expiação, celebrada no dia 10 de Tisri (nesse ano 5 de outubro). Bíblia Shedd.
tendo-se tornado a navegação perigosa e já passado o Dia do Jejum. O Dia da Expiação [Yom Kippur] caía em fins de setembro ou em outubro. ... Os romanos consideravam a navegação após o dia 15 de setembro duvidosa e, após o dia 11 de novembro, suicida. Bíblia de Estudo NVI Vida.
10 vejo. Ou por visão profética ou por sua longa experiência. Bíblia Shedd.
11 o centurião ficou com a decisão sendo que o coméercio de trigo egípcio era monopólio do governo romano. Bíblia Shedd.
14 Eroaquilão [ARA; NVI: nordeste]. Euro - vento do leste; aquilo - vento do norte. Bíblia Shedd.
16 sob a proteção de uma ilhota chamada Clauda. A uma distância de 32 km de Creta. Esta ilha forneceu abrigo suficiente para fazer preparativos contra a tempestade. Bíblia de Estudo NVI Vida.
recolher o bote [ARA; NVI: barco salva-vidas]. Esse barco pequeno estava sendo rebocado atrás do navio. Estava atrapalhando o andamento do navio e o aparelho do leme. É possível que também corresse o risco de ser esmagado contra o navio no vento e nas ondas. Teve de ser recolhido a bordo (v. 17). Bíblia de Estudo NVI Vida.
17 cingir. Amarrava-se o navio com os cabos para evitar desintegração. Bíblia Shedd.
18 já aliviavam o navio [ARA; NVI: começaram a lançar fora a carga]. Ainda conservaram alguns sacos de trigo, entretanto (cf. v. 38). Bíblia de Estudo NVI Vida.
aliviavam. A frase é citada em Jn 1.5. Bíblia Shedd.
19 armação. O mastro principal com a vela quadrada maior. Bíblia Shedd.
20 Sem Sol ou estrelas era impossível determinar a direção. Bíblia Shedd.
A ausência de sol e estrelas significa que o navio não tinha navegação. O desespero crescente culminou em uma total perda de esperança. Andrews Study Bible.
23 de Deus, de Quem eu sou. Paulo deriva confiança de um fato dominante: ele pertence a Deus por compra (1Co 6.20) e por criação (Rm 11.36). Bíblia Shedd.
Sirvo (gr latreuo, "servir", "cultuar"). O "culto racional" (Rm 12.1) é latreia. Cf Fp 3.3; Ap 7.15; 22.3. Bíblia Shedd.
27 Adriático (gr Adria). Para o mundo antigo [se] estendia entre Itália, Malta, Creta, e a Grécia até o norte da África.
pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra. Ouviram a rebentação das ondas na costa de Malta. Navegaram entre Clauda (16) e Malta cerca de 800 km. Bíblia Shedd.
30-31 A confiança de Paulo na revelação de Deus (vv 23-24) não afastou Paulo de tomar medidas preventivas para evitar que a tripulação desertasse. Andrews Study Bible.
31 Se estes não permanecerem a bordo. Se tivessem permitido que os marinheiros abandonassem o navio para se salvar, os passageiros não teriam conseguido levar o navio à praia no dia seguinte. Bíblia de Estudo NVI Vida.
34 segurança (gr soteria "salvação"). Bíblia Shedd.
37 Estávamos a bordo duzentas e setenta e seis pessoas. O número não é extraordinário para a época. Josefo se refere a um navio com 600 a bordo (Vida, 15). Bíblia de Estudo NVI Vida.
38 aliviaram o peso do navio [NVI]. Atiraram ao mar os últimos sacos de trigo (cf. v. 18), os quais provavelmente tinham sido reservados para a alimentação a bordo. Quanto mais leve o navio, tanto mais perto da praia poderia chegar. Bíblia de Estudo NVI Vida.
41 lugar. Provavelmente na baía agora conhecida como a de S. Paulo.34 segurança (gr soteria "salvação"). Bíblia Shedd.
42 Os soldados resolveram matar os presos [NVI]. Se um preso fugisse, a vida do guarda era tomada em seu lugar. Os soldados não queriam correr o risco de fugas. Bíblia de Estudo NVI Vida.
42-44 Exatamente como Deus prometera (vv 22-25), todas as 276 pessoas a bordo (v. 37) sobreviveram ao naufrágio. Andrews Study Bible.,
2 navio de Adramitio [NVI]. Porto ao sul de Trôade na costa asiática [costa oeste da atual Turquia]. Bíblia Shedd.
Um porto na costa oeste da Ásia Menor [ atual Turquia], mais de 160 km ao norte de Éfeso [ao sul de Trôade]. Andrews Study Bible.
conosco Aristarco. Pelo menos dois amigos de Paulo o acompanharam na viagem: Lucas e Aristarco, um dos delegados que levou a contribuição aos crentes pobres de Jerusalém (20.4; Cl 4.10 ["prisioneiro comigo"] indica que foi preso com Paulo ou viajou como seu companheiro). Bíblia Shedd.
de partida para costear a Ásia [ARA; NVI: para alguns lugares da Ásia]. Em algum desses portos, Júlio planejava transferir-se para um navio que navegaria até Roma. Bíblia de Estudo NVI Vida.
4 sob a proteção de Chipre [ARA; NVI: ao norte de Chipre]. Buscavam o lado protetor da ilha ao navegar para o norte no lado leste da ilha e depois para o oeste, ao longo do lado norte. Bíblia de Estudo NVI Vida.
por serem contrários os ventos. [Na época] os ventos dominantes provinham do oeste [para onde eles pretendiam navegar]. Bíblia de Estudo NVI Vida.
6 um navio de Alexandria. Navio egípcio (com carregamento de cereais, v. 38) em viagem para Roma. Bíblia de Estudo NVI Vida.
Nos fins do verão o vento costumeiro sopra do oeste tornando necessário prosseguir até a Ásia (Mirra) antes de voltar para o oeste. Bíblia Shedd.
Alexandria. Porto principal de exportação de trigo (v. 38) para Roma. Bíblia Shedd.
A maior cidade do Egito, desempenhou papel chave no suprimento de grãos para Roma, um desafio sempre presente para o império. Andrews Study Bible.
8 Bons Portos. Uma baía aberta para o mar, mal protegida. Bíblia Shedd.
9 Dia do Jejum. Refere-se à festa judaica da Expiação, celebrada no dia 10 de Tisri (nesse ano 5 de outubro). Bíblia Shedd.
tendo-se tornado a navegação perigosa e já passado o Dia do Jejum. O Dia da Expiação [Yom Kippur] caía em fins de setembro ou em outubro. ... Os romanos consideravam a navegação após o dia 15 de setembro duvidosa e, após o dia 11 de novembro, suicida. Bíblia de Estudo NVI Vida.
10 vejo. Ou por visão profética ou por sua longa experiência. Bíblia Shedd.
11 o centurião ficou com a decisão sendo que o coméercio de trigo egípcio era monopólio do governo romano. Bíblia Shedd.
14 Eroaquilão [ARA; NVI: nordeste]. Euro - vento do leste; aquilo - vento do norte. Bíblia Shedd.
16 sob a proteção de uma ilhota chamada Clauda. A uma distância de 32 km de Creta. Esta ilha forneceu abrigo suficiente para fazer preparativos contra a tempestade. Bíblia de Estudo NVI Vida.
recolher o bote [ARA; NVI: barco salva-vidas]. Esse barco pequeno estava sendo rebocado atrás do navio. Estava atrapalhando o andamento do navio e o aparelho do leme. É possível que também corresse o risco de ser esmagado contra o navio no vento e nas ondas. Teve de ser recolhido a bordo (v. 17). Bíblia de Estudo NVI Vida.
17 cingir. Amarrava-se o navio com os cabos para evitar desintegração. Bíblia Shedd.
18 já aliviavam o navio [ARA; NVI: começaram a lançar fora a carga]. Ainda conservaram alguns sacos de trigo, entretanto (cf. v. 38). Bíblia de Estudo NVI Vida.
aliviavam. A frase é citada em Jn 1.5. Bíblia Shedd.
19 armação. O mastro principal com a vela quadrada maior. Bíblia Shedd.
20 Sem Sol ou estrelas era impossível determinar a direção. Bíblia Shedd.
A ausência de sol e estrelas significa que o navio não tinha navegação. O desespero crescente culminou em uma total perda de esperança. Andrews Study Bible.
23 de Deus, de Quem eu sou. Paulo deriva confiança de um fato dominante: ele pertence a Deus por compra (1Co 6.20) e por criação (Rm 11.36). Bíblia Shedd.
Sirvo (gr latreuo, "servir", "cultuar"). O "culto racional" (Rm 12.1) é latreia. Cf Fp 3.3; Ap 7.15; 22.3. Bíblia Shedd.
27 Adriático (gr Adria). Para o mundo antigo [se] estendia entre Itália, Malta, Creta, e a Grécia até o norte da África.
pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra. Ouviram a rebentação das ondas na costa de Malta. Navegaram entre Clauda (16) e Malta cerca de 800 km. Bíblia Shedd.
30-31 A confiança de Paulo na revelação de Deus (vv 23-24) não afastou Paulo de tomar medidas preventivas para evitar que a tripulação desertasse. Andrews Study Bible.
31 Se estes não permanecerem a bordo. Se tivessem permitido que os marinheiros abandonassem o navio para se salvar, os passageiros não teriam conseguido levar o navio à praia no dia seguinte. Bíblia de Estudo NVI Vida.
34 segurança (gr soteria "salvação"). Bíblia Shedd.
37 Estávamos a bordo duzentas e setenta e seis pessoas. O número não é extraordinário para a época. Josefo se refere a um navio com 600 a bordo (Vida, 15). Bíblia de Estudo NVI Vida.
38 aliviaram o peso do navio [NVI]. Atiraram ao mar os últimos sacos de trigo (cf. v. 18), os quais provavelmente tinham sido reservados para a alimentação a bordo. Quanto mais leve o navio, tanto mais perto da praia poderia chegar. Bíblia de Estudo NVI Vida.
41 lugar. Provavelmente na baía agora conhecida como a de S. Paulo.34 segurança (gr soteria "salvação"). Bíblia Shedd.
42 Os soldados resolveram matar os presos [NVI]. Se um preso fugisse, a vida do guarda era tomada em seu lugar. Os soldados não queriam correr o risco de fugas. Bíblia de Estudo NVI Vida.
42-44 Exatamente como Deus prometera (vv 22-25), todas as 276 pessoas a bordo (v. 37) sobreviveram ao naufrágio. Andrews Study Bible.,
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Atos 26
Comentário devocional:
Paulo nunca poderia arranjar um encontro com o governador e o rei para lhes apresentar o evangelho. Mas Deus pode qualquer coisa. O rei Agripa estava bem informado sobre todas as questões judaicas, então Paulo poderia ter falado aberta e diretamente sobre as questões jurídicas que supostamente o trouxeram a julgamento. Mas em vez disso, Paulo contou sua história de conversão desde que era um membro do Sinédrio, enviado para caçar e destruir os cristãos, até se tornar um apóstolo de Jesus, comissionado a buscar e salvar o que estava perdido.
Paulo procurou impressionar o rei e os presentes mostrando a mudança radical de um homem que uma vez estava cheio de ódio hipócrita para alguém cujos olhos se abriram ao vasto oceano do amor de Deus. Os presentes tinham ouvido falar de Jesus e de Seus seguidores, mas nunca tinha ouvido uma história que os deixasse extasiados como esta, da mudança radical na vida de um homem. Uma luz mais brilhante que o sol? Uma Voz se dirigindo a ele pelo nome? Uma ordem para alcançar os gentios, “para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé” em Cristo? (v. 18 NVI) Que história notável!
Então, Paulo chegou ao ápice do seu discurso. "Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial" (v. 19 NVI), disse ele. Após receber a visão, Paulo começou a compartilhar Jesus imediatamente, onde quer que fosse. É por isso que os judeus queriam vê-lo morto. Mas tudo o que ele fez foi ajudar a cumprir aquilo que "o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, proclamaria luz para o seu próprio povo e para os gentios" (v 23 NVI). Em outras palavras, Paulo não havia inventado tudo aquilo. Séculos antes Deus já tinha planejado que a história de Cristo fosse contada ao redor do mundo, para que todas as pessoas "se arrependessem e se voltassem para Deus" (v.20 NVI).
No crescente da oratória e apelo de Paulo, Festo interrompeu, provavelmente um pouco envergonhado pelo poder deste prisioneiro de dominar a atenção de todos. Paulo educadamente disse ao governador que o que estava dizendo era "verdadeiro e de bom senso" (v.25). Então, Paulo, voltando-se para o rei, fez seu último apelo: "Rei Agripa, crês nos profetas? Eu sei que sim"(v. 27 NVI). Quando o rei disse que Paulo quase o fizera um crente em Jesus, o apóstolo, com genuína paixão, articulou seu desejo de que todos dentre seus ouvintes daquele dia, se tornassem tão livres e alegres em Cristo como ele era, apesar de suas correntes.
O rei Agripa II foi o último da dinastia dos Herodes [e aparentemente não aceitou a Cristo como seu salvador pessoal]. Nunca mais um rei judeu teve a grande chance de se arrepender.
Jesus certa vez disse: "vocês serão levados à presença de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios. Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês"(Mt 10:18-20 NVI). Isto é o que aconteceu naquele dia.
Ron E. M. Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo NAD
Professor do Ministério e Teologia
Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/26/
Traduzido por JAQ
Texto bíblico: Atos 26
Comentário em áudio
Paulo nunca poderia arranjar um encontro com o governador e o rei para lhes apresentar o evangelho. Mas Deus pode qualquer coisa. O rei Agripa estava bem informado sobre todas as questões judaicas, então Paulo poderia ter falado aberta e diretamente sobre as questões jurídicas que supostamente o trouxeram a julgamento. Mas em vez disso, Paulo contou sua história de conversão desde que era um membro do Sinédrio, enviado para caçar e destruir os cristãos, até se tornar um apóstolo de Jesus, comissionado a buscar e salvar o que estava perdido.
Paulo procurou impressionar o rei e os presentes mostrando a mudança radical de um homem que uma vez estava cheio de ódio hipócrita para alguém cujos olhos se abriram ao vasto oceano do amor de Deus. Os presentes tinham ouvido falar de Jesus e de Seus seguidores, mas nunca tinha ouvido uma história que os deixasse extasiados como esta, da mudança radical na vida de um homem. Uma luz mais brilhante que o sol? Uma Voz se dirigindo a ele pelo nome? Uma ordem para alcançar os gentios, “para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé” em Cristo? (v. 18 NVI) Que história notável!
Então, Paulo chegou ao ápice do seu discurso. "Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial" (v. 19 NVI), disse ele. Após receber a visão, Paulo começou a compartilhar Jesus imediatamente, onde quer que fosse. É por isso que os judeus queriam vê-lo morto. Mas tudo o que ele fez foi ajudar a cumprir aquilo que "o Cristo haveria de sofrer e, sendo o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, proclamaria luz para o seu próprio povo e para os gentios" (v 23 NVI). Em outras palavras, Paulo não havia inventado tudo aquilo. Séculos antes Deus já tinha planejado que a história de Cristo fosse contada ao redor do mundo, para que todas as pessoas "se arrependessem e se voltassem para Deus" (v.20 NVI).
No crescente da oratória e apelo de Paulo, Festo interrompeu, provavelmente um pouco envergonhado pelo poder deste prisioneiro de dominar a atenção de todos. Paulo educadamente disse ao governador que o que estava dizendo era "verdadeiro e de bom senso" (v.25). Então, Paulo, voltando-se para o rei, fez seu último apelo: "Rei Agripa, crês nos profetas? Eu sei que sim"(v. 27 NVI). Quando o rei disse que Paulo quase o fizera um crente em Jesus, o apóstolo, com genuína paixão, articulou seu desejo de que todos dentre seus ouvintes daquele dia, se tornassem tão livres e alegres em Cristo como ele era, apesar de suas correntes.
O rei Agripa II foi o último da dinastia dos Herodes [e aparentemente não aceitou a Cristo como seu salvador pessoal]. Nunca mais um rei judeu teve a grande chance de se arrepender.
Jesus certa vez disse: "vocês serão levados à presença de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios. Mas quando os prenderem, não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês"(Mt 10:18-20 NVI). Isto é o que aconteceu naquele dia.
Ron E. M. Clouzet
Diretor do Instituto de Evangelismo NAD
Professor do Ministério e Teologia
Seminário da Universidade Andrews
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/act/26/
Traduzido por JAQ
Texto bíblico: Atos 26
Comentário em áudio
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Atos 26 - Comentários Selecionados
1 Estendendo a mão. A menção a este gesto espontâneo sugere que Lucas pode ter sido uma testemunha ocular. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia,
vol. 6, p. 470.
Defender-se. Isto é, fez sua defesa. Ao se defender perante Agripa, Paulo se dirigiu a alguém que era nominalmente judeu, embora não parecesse hostil a ele. Confiante de que seria mais bem compreendido, falou com mais liberdade e talvez com mais detalhes do que nas audiências anteriores diante de Félix e Festo. CBASD, vol. 6, p. 470.
23,3 A Apologia Pro Vita Sua é o clímax dos discursos de Paulo em Atos. Começa com a costumeira introdução retórica (captatio benevolente) perante um juiz. Há fortes indicações que Lucas estava presente. Bíblia Shedd.
3 Mormente. Esta palavra provavelmente se refere à felicidade de Paulo de contar tudo a Agripa, não por Agripa ser superior a todos os judeus preeminentes e bem informados. CBASD, vol. 6, p. 470.
Versado em todos os costumes e questões ... entre os judeus. Como bisneto de Herodes, o Grande, e filho de Herodes Agripa I, que tinha perseguido a igreja (12.1-3), Herodes Agripa II (27-100 d.C.) conhecia intimamente as questões judaicas, pois tinha autoridade política para designar o sumo sacerdote. Agripa II não era popular entre os judeus por causa de sua relação incestuosa com sua irmã Berenice (25.13, nota). Bíblia de Genebra.
5 Seita. A palavra pode significar "heresia" ou "seita". Neste caso, designa os fariseus como uma seita. CBASD, vol. 6, p. 471.
vivi fariseu ... seita mais severa. Conhecendo o passado de Agripa, Paulo enfatizou sua dependência no Deus de seus pais (cf 24.14) e seu vínculo com os fariseus (Fp 3.5-6), para mostrar a legitimidade de seu judaísmo. Paulo argumentou que Deus havia prometido a ressurreição do corpo. Embora esta fosse a crença dos judeus em geral e dos fariseus em particular, estava sendo usada como base das acusações contra ele. Bíblia de Genebra.
6 Os fariseus, partido popular dos judeus, aceitavam a plena inspiração dos livros proféticos (do AT). O cerne da mensagem profética é a esperança do messias e a ressurreição dos mortos. Bíblia Shedd.
10,11 Santos. Nome preferido de Paulo para os crentes (9.13). Dn 7 usa este nome para os verdadeiros israelitas. Aqui percebemos que a perseguição inicial (At 8.1-4) foi muito séria, com outros mártires além de Estêvão. Bíblia Shedd.
Blasfemar. Dizer "Anátema Jesus" seria equivalente a negá-lo publicamente (cf 1Co 12.3). Bíblia Shedd.
Cidades estranhas. Cidades fora da Palestina. Bíblia Shedd.
14 Recalcitrares contra os aguilhões [ARA; NVI: "Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!". Provérbio grego, "Não vale a pena resistir; senão sofrerá". Bíblia Shedd.
Você está somente machucando a si próprio!". Life Application Study Bible.
Parece que este era um provérbio grego bem conhecido, que devia ser comum em meio a qualquer povo agrícola, até entre os judeus. A imagem é extraída do costume dos camponeses orientais de usar um aguiIhão de ferro para apressar o ritmo lento dos bois. É possível que esta cena estivesse ocorrendo de verdade junto à estrada de Damasco e que o Senhor a tenha usado como uma ilustração útil de Sua mensagem ao perseguidor. CBASD, vol. 6, p. 473.
19 A visão celestial. Não foi um sonho. Saulo literalmente encontrou o Senhor na estrada de Damasco e O conheceu pessoalmente, em certo sentido, de maneira ainda mais pessoal do que aqueles que O conheceram em carne. Para Paulo, essa visão se manteve como uma realidade viva. Ele sabia em quem cria (2Tm 1:12). CBASD, vol. 6, p. 474.
20 praticando obras dignas. Não salvam; expressam o caráter mudado pelo Espírito Santo. Bíblia Shedd.
22 Socorro de Deus. Aos olhos humanos, foram Lísias e seus soldados que resgataram Paulo, mas ele sabia que Deus enviara a ajuda (At 23:11). CBASD, vol. 6, p. 475.
23 Cristo devia padecer ... ressurreição dos mortos. Os judeus tinham dificuldade para aceitar a ideia de que o Messias iria sofrer e morrer. Jesus e Seus discípulos ensinaram esta doutrina a partir das Escrituras (17.2-3; Lc 24.27; 1Co 15.3-4) e ainda assim os judeus a rejeitaram, prenderam Paulo e queriam matá-lo. Bíblia de Genebra.
24 louco. Não pretende ofender. Pensava-se na antiguidade, que [o louco] era inspirado de espíritos misteriosos (16.16; Mc 3.21; Jo 10.20). Bíblia Shedd.
Paulo estava arriscando sua vida por uma mensagem que era ofensiva aos judeus e inacreditável aos gentios. Jesus recebeu a mesma resposta à Sua mensagem (Mc 3:21; Jo 10:20). Life Application Study Bible.
É provável que Félix acreditasse com sinceridade que a obsessão de Paulo com temas celestiais havia afetado sua mente. Aquilo que Agripa tinha condições de entender estava muito além do alcance do romano Festo. CBASD, vol. 6, p. 476.
27 Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Agripa estava diante de um dilema; se dissesse não, iria enraivecer os judeus; se dissesse sim, iria perder prestígio, porque Paulo pediria a ele que cresse no evangelho. Bíblia de Genebra.
28 Por pouco me persuades a me fazer cristão [ARA; NVI: "em tão pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?"]. O contexto indica que Agripa falou com ironia talvez em forma de pergunta. Paulo não estaria pensando que logo converteria um rei, que na realidade tem outros interesses na vida. Bíblia Shedd.
O rei estava usando uma tática para retardar, argumentando que um discurso de meia hora era insuficiente para torná-lo um cristão. No século I, "cristão" (cf 11.26) era provavelmente um termo de desprezo (1Pe 4.16). Biblia de Genebra.
29 Deus permitisse... No original refere-se a uma oração que Paulo fez em favor da conversão de Agripa. Bíblia Shedd.
Por pouco ou por muito. Fazendo um jogo de palavras "Com poucas palavras ou muitas" ou "Com facilidade ou com dificuldade..." Transparece o zelo cristão de Paulo. Bíblia Shedd.
O coração de Paulo se revela aqui nestas palavras: ele estava mais preocupado com a salvação daqueles estrangeiros do que em remover suas próprias algemas. Peça a Deus que lhe dê um desejo ardente de ver outros vindo a Cristo - um desejo tão forte que sobrepuje os seus problemas. Life Application Study Bible.
Estas algemas. Paulo ainda estava acorrentado como prisioneiro. Bíblia de Estudo NVI Vida.
30, 31. Agripa, Berenice e os altos funcionários se retiraram sem desejarem se comprometer com Cristo. Agripa acrescentou sua valiosa opinião à de Festo e Félix afirmando categoricamente a inocência de Paulo (cf Lc 23.14, 15). Bíblia Shedd.
30 Levantou-se o rei. A audiência terminou sem resultados visíveis após a apresentação breve e competente de Paulo e seu apelo fervoroso. Só podemos imaginar a decepção que o apóstolo deve ter sentido. CBASD, vol. 6, p. 477.
31 Nada tem feito passível de morte. Paulo podia ser "louco", mas não era perigoso. Parece que Festo e Agripa estavam dispostos a admitir que o prisioneiro era sincero, esclarecido e cheio de zelo e fervor por Deus. CBASD, vol. 6, p. 477.
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