3 Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou seu moço.
"Após uma vitória completa sobre os profetas de Baal, e uma demonstração de grande coragem, poderia parecer que o profeta de Deus estivesse pronto para encarar qualquer prova de fé. Pode-se supor que Elias, que teve uma evidência tão marcante da presença e bênçãos divinas, jamais permitiria que sua fé vacilasse. Contudo, ele estava sofrendo a reação que com tanta frequência acompanha um êxito notável. Ele esperava que a vitória gloriosa no Carmelo quebrasse a influência que Jezabel exercia sobre o rei. Quando o profeta soube da obstinada resistência da rainha ao novo apelo para reforma, isso foi mais do que podia suportar. Ele não estava preparado para o ódio frio, calculado, determinado da rainha ímpia. Ele só conseguiu pensar em como escaparia das garras de inimiga tão perversa e implacável. Sem pensar nas consequências, fugiu para salvar sua vida.
Elias não fez bem em abandonar seu posto. Ele ainda não tinha terminado sua obra. A batalha estava só começando. Se tivesse resistido valentemente e respondido com uma mensagem para a rainha relembrando-a de que Deus, que tinha lhe dado a vitória sobre os profetas de Baal, não o abandonaria naquele momento, ele teria encontrado anjos prontos para proteger sua vida. Os juízos de Deus teriam caído sobre Jezabel, e isso teria produzido tremenda impressão e uma poderosa reforma se difundiria por todo o país (ver PR, 160). Ao fugir para salvar a vida, Elias se colocou nas mãos do inimigo. A fuga para Berseba teve muita influência em anular a vitória no Carmelo" (Comentário Bíblico Adventista do 7º Dia, vol. 2, p. 905).
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