quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

João 20 - Comentários selecionados

Caríssimos,
Apesar dos comentários dos capítulos 19 e 20 terem ficado um pouco longos, creio que estes dois capítulos merecem toda a atenção e compreensão, pois serem o ponto alto dos evangelhos.
Que Deus nos dirija e abençoe no estudo e que todos possamos crer, como João.

Jeferson



1-31 Os quatro Evangelhos têm o registro de vários aparecimentos depois da ressurreição; junto com At 1.3-8 e 1Co 15.5-8, há o registro de doze aparições: as primeiras seis ocorreram em Jerusalém, quatro na Galileia, uma no monte das Oliveiras e uma no caminho de Damasco. Bíblia de Genebra.

2 e não sabemos. O plural indica que algumas mulheres estavam ali, como registrado nos outros Evangelhos [Mt 28:1; Mc 16:1; Lc 24:10]. Eram as mesmas mulheres que estiveram ao pé da cruz, talvez com exceção de Maria, mãe de Jesus, que não é mencionada. Bíblia de Genebra.

Nem passava pela mente de Maria a possibilidade da ressurreição. Bíblia de Estudo NVI Vida.

A ressurreição foi uma surpresa para os discípulos. Andrews Study Bible.

3 Foram ao sepulcro. O incidente relatado nos v. 3 a 10 reflete bem o diferente temperamento de Pedro e João. O discípulo amado era tranquilo, reservado e de sentimentos profundos (ver com. de Mc 3:17). Pedro era impulsivo, entusiasta e precipitado (ver com. de Mc 3:16). Após receberem a notícia de Maria, cada um deles reagiu de maneira característica. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 5, p. 1186

Lenço. Do gr. soudarion (ver com. de Jo 11:44). O fato de os lençóis estarem ali cuidadosamente dobrados mostra que não se tratava de um roubo na tumba. Os ladrões não se dariam ao trabalho de dobrar os lençóis que envolviam o corpo de Jesus. CBASD, vol. 5, p. 1187

o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus... estava dobrado. Em ordem, ao contrário do desalinho que teria resultado de um assalto ao túmulo. Bíblia de Estudo NVI Vida.

8. Creu. Isto é, ele creu que Jesus tinha ressuscitado. Sem dúvida, João se lembrou da predição de Jesus sobre a ressurreição. Pedro talvez fosse mais cético, embora Lucas relate que Pedro "retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido" (Lc 24:12). CBASD, vol. 5, p. 1187.

Viu, e creu. João foi o primeiro discípulo a crer na ressurreição de Jesus. Andrews Study Bible.

Cf 20.29; 9:36-41. Não existe fé real sem fatos e acontecimentos reais. O que convenceu os dois discípulos da realidade da ressurreição foram os lençóis (Lc 24.12). Mostram que o corpo transformado de Jesus traspassara o invólucro de linho e aromas (19.40) sem perturbá-lo. O discípulo amado reconheceu o cumprimento das predições específicas de Jesus (Mc 8.31; 9.9, 31; 10.34; Jo 2.19; 10.18). Bíblia Shedd.

9 compreendido a Escritura. Em primeiro lugar, vieram a saber a respeito da ressurreição por meio daquilo que viram no túmulo; foi só depois que a perceberam nas Escrituras. Fica óbvio que não inventaram uma história para se encaixar a um entendimento preconcebido das profecias bíblicas. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Cf Sl 16.8-11; 2.7; At 2.24-31; 13.32-37, 1Co 15.4. O Espírito logo mostraria aos discípulos o significado das passagens da Bíblia que predisseram a ressurreição. Bíblia Shedd.

10. E voltaram [...] para casa . Talvez a mãe de Jesus já estivesse na casa de João, e o discípulo "a quem Jesus amava" (v. 2) compartilharia a notícia com ela. CBASD, vol. 5, p. 1187.

11. Maria , entretanto, permanecia. Maria Madalena havia seguido Pedro e João ao túmulo, porém, com menos pressa. Estava afligida pela dor. Os olhos cheios de lágrimas e a condição emocional a impediram de reconhecer os visitantes celestiais, com novas que amenizariam seu sofrimento. CBASD, vol. 5, p. 1187.

12 dois anjos vestidos de branco. Os anjos geralmente são descritos com este tipo de vestidura (Mt 28:3; Lc 24:4; At 1:10). CBASD, vol. 5, p. 1187.

Mt 28.2 registra “um anjo”; Mc 16.5 refere “um jovem”; e Lc 24.4 “dois homens”... Não há necessariamente contradição, uma vez que os anjos devem ter aparecido em forma humana e um deles pode ter se destacado por ser o que falava. Bíblia de Genebra.

14 e viu Jesus em pé. Mateus revela que Jesus já tinha aparecido uma vez a um grupo de mulheres quando iam para Jerusalém, para contar as novas do túmulo vazio (Mt 28.8-10). Bíblia de Genebra.

Não reconheceu. Os olhos de Maria a impediam de reconhecer o Senhor, como os dos discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:16). Provavelmente as lágrimas não lhe permitiam ver claramente. CBASD, vol. 5, p. 1187.

Era Jesus. Esta foi a primeira aparição após a ressurreição (Mc 16:9). CBASD, vol. 5, p. 1187.

15 Se tu O tiraste. O pronome é enfático no grego. Maria não abrigava nenhuma esperança da ressurreição. Sua única preocupação era recuperar o corpo do Senhor. Ela poderia sepultá-Lo no túmulo em que seu irmão tinha estado e que Jesus dali o chamara (Jo 11:1, 38; ver Nota Adicional a Lucas 7). CBASD, vol. 5, p. 1187.

16 Maria! Maria foi incapaz de reconhecer a Jesus pela mudança de Sua aparência e as lágrimas. Chamada pelo nome (10.3) percebeu que era Jesus. Bíblia Shedd.

Evidentemente, Jesus pronunciou o nome dela num tom familiar. Ela foi tomada de intensa emoção ao compreender que o Senhor estava vivo. CBASD, vol. 5, p. 1187.

Disse. Evidências textuais atestam a adição da frase "em hebraico" (ARA; cf. p. 136). CBASD, vol. 5, p. 1187.

Mestre. Do gr. didaskalos, "aquele que ensina". "Raboni", provavelmente, tenha sido a forma habitual de Maria saudar a Jesus (ver Jo 11:28). CBASD, vol. 5, p. 1187.

17 Não Me detenhas. O grego pode ser interpretado com o significado de "pare de me tocar" (o que implicaria que Maria estivesse abraçando Seus pés) ou "interrompa o intento de abraçar". Este último deve ser o significado aqui. A objeção não indica que fosse errado ou pecaminoso o contato físico com o corpo ressuscitado. Há uma urgência na expressão. Jesus não queria ser detido para receber a homenagem de Maria. Ele desejava primeiro ascender ao Pai a fim de obter a certeza de que Seu sacrifício fora aceito (ver DTN, 790). Depois da ascensão temporária, Jesus permitiu, sem protesto, o que pedira a Maria para adiar (ver Mt 28:9). CBASD, vol. 5, p. 1187, 1188.

Meus irmãos. Isto é, os discípulos. CBASD, vol. 5, p. 1188.

Meu Pai e vosso Pai. Não "nosso Pai", talvez com o propósito de mostrar que existem algumas diferenças importantes entre o relacionamento de Cristo com o Pai e o nosso. "Pai" e "Deus" são utilizados aqui como sinônimos. CBASD, vol. 5, p. 1188. 

Não há impropriedade em tocar um corpo ressurreto; no v. 27, Jesus diz a Tomé para toca-Lo (ver também Mt 28.9). Bíblia de Genebra.

19. Ao cair da tarde. O encontro ocorreu depois que os dois discípulos retornaram de Emaús, tarde da noite (ver com. de Lc 24:33). CBASD, vol. 5, p. 1188. 

trancadas as portas da casa. ...ter as portas trancadas para se proteger dos inimigos é perfeitamente compreensível, (cf. DTN, 802). A seguinte tradução ilustra essa relação, entre as frases: "os discípulos tinham fechado as porás do lugar onde se achavam, por medo dos judeus" (BJ). CBASD, vol. 5, p. 1188

pôs-Se no meio. O corpo glorificado de Cristo ressurreto não foi impedido por portas fechadas [ver tb At 12.10]. Bíblia Shedd.

Paz seja com vocês! Poderiam ter esperado repreensão e censura por causa do seu comportamento na sexta-feira anterior; mas Jesus acalmou os seus temores. Bíblia de Estudo NVI Vida.

21 Assim como o Pai Me enviou, eu também vos envio. Esta é uma breve afirmação da comissão que Jesus deus aos Seus discípulos. Uma declaração mais completa é encontrada em Mt 28.18-20 e em Lc 24.44-53. Jesus é o exemplo supremo de evangelismo e missão. Bíblia de Genebra.

Recebei o Espírito Santo. Este foi um cumprimento preliminar e parcial  da promessa de João 14:16 a 18; e 16:7 a 15. O derramamento pleno ocorreu cerca de 50 dias depois, no Pentecostes (At 2). CBASD, vol. 5, p. 1188. 

Lembra-nos do começo da vida humana no Éden (Gn 2.7). Vida natural e espiritual dependem do sopro (o Espírito) de Deus. Bíblia Shedd.

23 perdoardes ... retidosSomente Deus pode perdoar pecados (At 8:21-22). Mas é através da pregação do Evangelho que o perdão de Deus é tornado disponível a outros. Rejeição do Evangelho significa rejeição ao perdão de Deus. ver tb 3:16-21; 2Co 2:15-16. Andrews Study Bible.

…de acordo com a aceitação ou rejeição de Jesus Cristo por parte dos ouvintes. Bíblia de Estudo NVI Vida.

25 Se eu não virnão crerei. Uma firme expressão de descrença. Andrews Study Bible.

Deus sempre oferece evidências suficientes para fundamentar a fé, e os que estão dispostos a aceitá-las sempre encontram o caminho da salvação. Ao mesmo tempo, Deus não obriga ninguém a crer contra a própria vontade, pois assim os privaria do direito de usar o livre-arbítrio. Se todas as pessoas fossem como Tomé, as gerações posteriores nunca poderiam chegar ao conhecimento do Salvador. Na verdade, ninguém, exceto as poucas centenas de pessoas que viram o Senhor ressuscitado com os próprios olhos, teria acreditado. Porém, a todos os que O recebem pela fé e acreditam em Seu nome (ver com. de Jo 1:12) o Céu reserva uma bênção especial: "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20:29). CBASD, vol. 5, p. 1189. 

De modo algum acreditarei. Esta expressão é mais enfática no grego. CBASD, vol. 5, p. 1189.

26 Passados oito dias. Isto é, "oito dias", segundo a contagem inclusiva, ou seja, no domingo seguinte ... A nova reunião, de acordo com o cômputo judaico, ocorreu uma semana mais tarde, talvez à noite outra vez ... Alguns atribuem significado especial ao fato de este segundo encontro com os discípulos ter ocorrido no primeiro dia da semana. Insistem que este foi o início da comemoração do dia da ressurreição, ocasião para a santificação e consagração do domingo como dia de culto e adoração. Certamente, se este tivesse sido o objetivo, seria esperada alguma menção a isso. Porém, não há nenhum indício de tal propósito. Por outro lado, a narrativa dá uma razão válida para que a reunião se realizasse: Tomé, o discípulo cético, estava presente, e Jesus queria fortalecer sua fé. CBASD, vol. 5, p. 1189.

Portas trancadas . Provavelmente por medo dos judeus, como na ocasião anterior (ver com. do v. 19). CBASD, vol. 5, p. 1189.

27 Põe aqui o dedo. O Senhor sabia o que Tomé pensava e, assim que chegou, dirigiu Sua atenção ao discípulo. Jesus lhe ofereceu a prova exata que ele esperava, embora fosse irrazoável (ver v. 25). Não se menciona que Tomé tenha aceitado o oferecimento de Jesus. O fato de o Senhor ter lido as dúvidas de seu coração com tanta precisão foi para ele prova convincente da ressurreição. CBASD, vol. 5, p. 1189.

28 Senhor meu e Deus meu. Reconhecer Jesus como Senhor e Deus é o ponto alto da fé. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Por sua confissão, Tomé relacionou quem estava diante dele com o Yahweh do AT. Esta confissão se tornou, mais tarde, uma fórmula padrão de fé (ver ICo 12:3). CBASD, vol. 5, p. 1189. 

Uma perfeita contrapartida do Prólogo do Evangelho (1:1-2, 14), que afirma a divindade de Jesus. Andrews Study Bible.

Esta é, provavelmente, a mais clara e simples confissão da divindade de Cristo encontrada no Novo Testamento. As duas mais elevadas palavras, “Senhor” (usada na tradução grega do Antigo Testamento para o nome divino “Javé” [Yahweh]) e “Deus” estão juntas e dirigidas a Jesus, em reconhecimento de Sua glória. Jesus aceita este culto sem hesitação. Este é um forte contraste com os anjos que foram erradamente cultuados em Ap 19.10; 22.9. Bíblia de Genebra.

A fé de outras gerações partirá não da vista, mas do testemunho dos discípulos. Bíblia Shedd.

29 Aparentemente Tomé não chegou a tocar as marcas dos pregos e a cicatriz deixada pelo golpe de lança (v. 27). Mas ele queria pelo menos comprovar com os olhos. Ele não estava disposto a  acreditar unicamente pelo testemunho dos outros. Jesus repreendeu sua falta de fé e louvou aqueles que estavam dispostos a acreditar, sem a comprovação dos sentidos. CBASD, vol. 5, p. 1189, 1190.

Bem aventurados os que não viram e creram. Bem-aventurados. Do gr. makarioi (ver com. de Mt 5:3). CBASD, vol. 5, p. 1190.

Aqueles cuja fé não é baseada no contato físico com Jesus. Andrews Study Bible.

Conquanto aceitasse a fé que Tomé demonstrava, Jesus abençoa aqueles que virão a crer pelo testemunho dos discípulos (17.20; cf 1Pe 1.8-9). Esta bênção apresenta a razão para o Evangelho ser escrito (vs 30-31). Bíblia de Genebra.

Essas palavras obviamente, também se aplicam aos futuros crentes em Jesus. Bíblia de Estudo NVI Vida.

30 muitos outros sinais. "Muitos", neste versículo, pode se referir a "outros sinais", com os quais o leitor já estava familiarizado por meio de relatos da vida de Cristo já em circulação. CBASD, vol. 5, p. 1190.

Nenhum dos Evangelhos procura dar um registro completo ou estritamente cronológico, tal como ocorre numa biografia moderna (cf 21.25). Bíblia de Genebra.

31 Estes [sinais] ... foram registrados para que creiais. João tinha escolhido alguns para narrar, no meio de muitos. Bíblia de Estudo NVI Vida.

Esta expressão afirma o propósito deste Evangelho. Através dos sinais narrados, o leitor virá à fé em Jesus, como mais do que um operador de milagres. Ele é o Cristo, a Palavra encarnada, com o Pai e o Espírito, como Deus triúno. Através da fé, encontramos vida nEle, que é a fonte da vida (6.32-58). Bíblia de Genebra.

Manifesta o propósito evangelístico de João. Bíblia de Estudo NVI Vida.

A finalidade do evangelho é dupla: 1) intelectual, i.e., convencer o leitor que Jesus, Homem perfeito, é o Messias que cumpriu as promessas e esperanças de Israel, e o Filho de Deus que cumpriu o destino da humanidade; 2) espiritual, compartilhar por essa fé a vida eterna pelo Seu nome. Bíblia Shedd.

Através do Espírito Santo este livro realizará em nossas vidas tudo o que poderia acontecer se Jesus estivesse conosco na carne. Para mais do papel da Bíblia na vida do cristão, ver Lc 24:44; Rm 15:4; 2Tm 3:15-17. Andrews Study Bible.

E, crendo, tenham vida. Outra expressão de propósito – produzir a fé que leva à vida. Bíblia de Estudo NVI Vida.

João resume o propósito do que escreveu e o plano que seguiu em sua seleção do material. Não era seu objetivo apresentar uma história  completa ou mesmo uma biografia detalhada de Jesus. Escolheu os "sinais" que formavam o fundamento de seu tema e o propósito pelo qual escreveu. CBASD, vol. 5, p. 1190. 

Jesus é o Cristo. Jesus foi o nome de Cristo em Sua humanidade (ver com. de Mt 1:21). Foi Seu nome pessoal, o nome pelo qual Ele era conhecido por Seus contemporâneos. Para muitos, esse nome só identificava o filho do carpinteiro. O propósito de João era demonstrar que o Jesus que as pessoas conheciam era realmente o Messias. "Cristo" significa "Messias" (ver com. de Mt 1:1). CBASD, vol. 5, p. 1190. 

Vida. Do gr. zõê (ver com. de Jo 1:4; 8:51; 10:10); ver Jo 6:47; ver com. de Jo 3:16. 

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